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sexta-feira, 23 de abril de 2010

VENDEDOR DE SONHOS

Autor: Carlos Augusto Machado

Há fatos que por serem misteriosos tornam-se fascinantes, assim é o cérebro humano. Nosso encéfalo comporta e processa muitas informações, sua estrutura, seus neurônios e escaninhos são os precursores dos modernos hardwares e softwares da informática.

Assim ainda temos um vasto campo neurológico a ser desvendado. Em nossas memórias residem experiências, emoções e acontecimentos depositados como um arquivo. São músicas, paixões, idéias, opiniões, e sonhos.

É inegável a sensação de que muitas das convicções e valores foram construídos na juventude. E com este espírito, de idealismo, certo ar de descompromisso, mas muitas rebeldia, podemos discorrer ao ilustre paulistano o porquê de termos a pretensão de compararmos alguns governos e sua política voltada à segurança urbana.

De imediato, desde a criação das jovens corporações municipais, há uma enorme demanda por serviços que muitas vezes apesar de extrapolar suas atribuições constitucionais são satisfatoriamente atendidos, desde que se tenha recurso humano motivado. E a incidência deste atendimento ocorrer e mais comum do que se imagina.

A despeito de existirem políticas voltadas à segurança local difundidas com muito alarde, porém o que temos é a pouca efetividade. Bem como a aprovação no âmbito legislativo de normas que não só atrofiam o crescimento da corporação, elevada recentemente ao status de essencial, mas que na prática sofre apenas o repúdio das autoridades.

A lembrança é muito importante, sobretudo em quem votamos, ou seja aquele que escolhemos para nos representar, o(s) mandatário(s), o nosso eleito, estribado em propostas e compromissos assumidos junto a sua base eleitoral. O pressuposto e que a base deva ser honrada, atendida, incentivada e ampliada. Não somente em quantidade, mas também na qualidade de seus eleitores, que apontaram as demandas a serem solucionadas.

No momento do sufrágio houve a opção por um nome de menor rejeição, oriundo de nosso meio, um guarda. O critério adotado foi simples e prosperou . No entanto apesar de ser o mais votado entre os candidatos do quadro, não atingiu o coeficiente eleitoral, e em suma não foi eleito.

Muito se disse nos pleitos e gestões anteriores, como o nosso infortúnio e mesmo a proximidade da extinção. Não creio que esta hipótese ou teoria vingue, pois ainda dispomos de muita lenha, e resistimos bravamente. Nosso mister sempre possuiu características intrínsecas, essenciais. Trata-se do caráter pro societa, ou seja, a proximidade com a comunidade. Por vezes alvo de tentativas de distorções. Cabe mencionar não só o lema: aliada, protetora e amiga.

O que vemos inclusive em esquadrões especiais, como a Guarda Ambiental, é o espírito de mediação e pacificação. Reputo que as Guardas Civis se não forem as instituições mais antigas, porém devam ser aquelas que melhor retratam o ideal de cidadania.

E em alguns momentos achamos estar perto do fim. Entretanto, o que houve foram pequenos avanços. Quando não eram tímidas melhorias salariais foram recursos técnicos. Ambos ao mesmo tempo era ser muito utópico.

Sabemos que o mandatário não é um ser onisciente quanto as necessidades e prioridades do munícipe. O gargalo foi localizado, pois a política de segurança local não é prioritária.

Trata-se de uma competência que vem sendo interpretada como exclusiva. A destarte, a Constituição Cidadã não trata dessa forma permitindo uma exegese ampliativa, frisando-se como uma responsabilidade de todos e “um dever do Estado”, certamente entendido lato sensu.

Nas próximas eleições será conveniente ponderarmos sobre nossos objetivos, a difundida valorização profissional, e evitarmos o voto em candidatos aventureiros que brincam não somente com sonhos, mas com vidas. Lembrem-se a cada ano são poucos os políticos que se reelegem, não podemos ficar à mercê de oportunistas que aviltam nossa dignidade.

12 comentários:

  1. Parabéns pelo seu texto, brilhamte, a reflexão eleitoral deve ocorrer de imediato, podemos conseguir um presságio de melhora futuro se demonstramos força nesse momento tão insólito.

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  2. Parabéns, vossas sabias palavras nos levam a refletir, vislumbrando uma saída para o labirinto no qual nos perdemos buscando soluções temporárias.

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  3. Texto escrito, não com palavras, mas com sabedoria, mostrando a necessidade de união e luta parra que nossos ideais sejam alcançados.
    Referente a extinção, ela está em nós, somente acontecerá se acreditarmos na possibilidade ou pedirmos por ela. Lembrando da fala de nosso grande amigo Pereira, "isso muito me preocupa", pois, motivados pelos fatos que abalaram nossa ideologia, abatendo aquilo que construimos, nossa filosofia, mostramos-nos desnorteados, com falas e posicionamentos contrários às nossas convicções, apresentados pela mentira travestida de verdade, dando a entender que estamos no caminho certo.

    Somos aquilo que acreditamos ser!

    Grande abraço aos meus amigos Machado e Pereira.

    Saudações a todos,

    Gonçalves

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  4. Parabéns, palavras belas(tive que usar um Aurélio para acompanhar o texto) e o mais importante, com conteudo, sabias, refletindo o passado, presente e nos fazendo refletir sobre o futuro.

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  5. Perdemos tempo preciosos ao longo desses anos como propostas falaciosas dos vendedores de sonhos, evoluímos cometemos muitos erros, mas estes devem servir de experiência para que não os cometamos novamente.

    Muitas vezes o questionamento é interpretado como insubordinação dentro de uma cultura marcial militar, porém nos faz refletir se estamos preparados para responder tais indagações.

    Ter companheiros como Machado e Goncalves só facilita a luta que travamos diariamente para demonstrar que somos uma alternativa concreta que nós podemos fazer a diferença.

    Continuaremos lutando e nunca nos renderemos!!!!

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  6. Muitas vezes esperamos um salvdador,ja que ele não vem ,criemos um!tornemos nosso sonho realidade,parabens Machado...

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  7. Carlos Augusto,

    Parabéns por sua abordagem, realmente temos que estar atentos aos vendedores de sonhos, que quando entregam o pedido, vemos que fomos enganados e na verdade era um pesadelo.

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  8. Parabéns pelo texto!!!!!!!

    Chega de sermos enganados, não há salvadores, apenas nós, pena que na maioria das vezes sejamos nossos maiores inimigos

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  9. Oportunismo é o que não falta em nossa história, falsas lideranças é o que mais temos, porém a cada dia no senso crítica fica mais aguçado para essas tormentas.

    Belíssima abordagem, parabéns.

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  10. ainda há esperança, não podemos desistir, não podemos permitir que esses vendedores de sonhos continuem a nos tratar com insignificância ou como fantoches.

    Carlos Augusto Machado acredito que você seja um dos focos de resistência, se fortaleça e agregue a cada dia mais pessoas a luta, depende somente de nós.

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  11. Caro cd Pereira e colegas,

    orgulho-me da perseverança de todos ao ler as mensagens, mas alerto, estamos realmente próximos do fim.
    Não será uma "canetada", apenas a vida de todos nós será cada vez mais insuportavelmente difícil e assim nós sairemos por "vontade própria".
    Não tenho a menor dúvida de que as coisas podem piorar.

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  12. muito bem machado palavras de sabedoria chega de aceitar este vendedores de falsas lideranças
    e de praticar efeito placebo com nossa gcm

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