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sábado, 31 de julho de 2010

Minha Maioridade

Autor: Carlos Eduardo Ribeiro da Costa

Parece que foi ontem, mas no próximo 31 de julho completo 18 anos de serviço prestados á municipalidade, e me orgulho em exaltar que foram 18 anos bem trabalhados sem falsa modéstia, construí meu nome nesta instituição e contribui para que ela seja o que é hoje.

Prestes a adquirir a maioridade, e acompanhando a maioridade adquirida da nossa corporação, acompanho a evolução do tempo e das pessoas que passam a fazer parte dela.

Lembro que ao ingressar, me achava diferente dos “antigões” e tinha uma certa inveja deles, pois eles eram os “linhas de frente” os “polícias pra c...” e tinha uma grande vontade de fazer parte daquele seleto grupo de homens e mulheres que faziam a diferença e espalhavam o nome e a moral da GCM onde iam.

Era muito raro as coisas darem erradas para eles, parece que tinham olho clínico para as coisas, sabiam onde se metiam e mesmo que algo saísse um pouco fora do “script” eles sabiam “arredondar” para que elas voltassem aos eixos, ou seja, a seu domínio.

É lógico que a época era outra, outra forma de pensar dos ingressantes, outros chefes, outra legislação, outra filosofia ... sinto saudades de algumas coisas, daquele afã de produzir algo, a disputa sadia em busca de ocorrências, e éramos estimulados por nossos comandantes a produzir, ganhávamos respeito, e quanto maior fosse o respeito conquistado, melhor era sua ocupação...uma questão de reconhecimento, você sabia desenvolver o serviço logo iria para o lugar onde tinha serviço, onde precisava de pessoas com desenvoltura, com garra, com amor, determinação, enaltecer ainda mais o nome da nossa pequena, mas grande GCM...
.
Fiz parte da, para alguns, saudosa ROMU, não me adaptei, mas aprendi muito lá, fui para a IR-SÉ, muita política, e mesmo assim o pessoal trabalhava, vestia a camisa, mas acabei retornando a área sul, minha origem, minha escola, meu calvário, meu édem.

Lá eu fui forjado, e tal qual o aço, tive que resistir a diversas situações até ficar moldado ao que sou hoje. Reconheço, tive excelentes mestres na arte do policiamento e até os péssimos me deixaram alguma coisa.

Sinto falta dos que foram por diversos motivos e infelizmente não fazem parte de nossas fileiras, falo dos bons, dos que ajudaram a construir o nome e a moral desta corporação. Sinto falta dos que agora estão adormecidos, me lembro de alguns quando eles eram “linhas de frente” e hoje, a fera está enjaulada no interior, talvez aguardando o momento oportuno de despertar, análogo a Fênix mitológica...

Lembro que recentemente, conversando com um “recém chegado” (recruta), na companhia de mais um antigo, conversávamos sobre um colega, mais antigo que nós, como ele era e que agora, devido “ás forças do além”, ele está digamos “bem mais calmo”, o recém chegado não acreditava que aquele “antigão”, que só reclamava e fazia o estritamente necessário já havia sido por muitos anos um “linha de frente”, um “polícia pra c...” e que tinha muito a ensinar á grande maioria.

É com uma certa tristeza n’alma e no coração que sinto a nossa GCM perder sua identidade, os novos nem de longe lembram a nós na nossa assunção. A história mudou muito, e em muitos aspectos, para pior. Talvez eu seja um saudosista, talvez este “velho lobo das estepes” não tenha se adaptado aos novos tempos.

Mas no próximo dia 31 de Julho eu juro que comemorarei, em silêncio, na solidão de meu coração e minha alma, comemorarei a maioridade e por ter conseguido chegar tão longe... se penso em chegar mais longe? Não sei, tudo vai depender de “n” fatores, mas uma coisa é certa, somos seres vivos e racionais e sempre buscamos a nosso modo, a evolução.

Quero deixar aqui, o meu mais sincero agradecimento a todos aqueles, que de alguma forma ajudaram a forjar o aço do meu ser e até hoje me ajudam. Nenhum ser é uma estrela solitária, temos momentos de solidão em nosso íntimo, mas vivemos em sociedade no exterior. Meu mais puro e sincero agradecimento.

Que o Grande CRIADOR nos ilumine sempre e permita nos superar e com isso, possamos superar todas as dificuldades que surgirem em nosso caminho e, quando chegarmos ao fim de nossa caminhada, possamos olhar para trás e vermos que o nosso legado valeu a pena, não foi em vão e a nossa corporação, a qual dedicamos grande parte de nossas vidas, cresceu e se firmou, sendo independente.

Possamos nos orgulhar de ter colocado um pequeno tijolo na grande edificação.

Que ELE esteja sempre conosco em nossos corações.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Blog do GCM Nascimento

Autor: Juarez Moreira Nascimento Junior


“Primeiro levaram os jornalistas. Mas não me importei com isso. Eu não era jornalista. Em seguida levaram alguns estudantes. Mas não me importei com isso. Eu também não era estudante. Depois prenderam os empresários. Mas não me importei com isso. Porque eu não sou empresário. Depois agarraram uns intelectuais, cineastas, compositores, blogueiros. Mas, como tenho meu emprego, também não me importei. Agora estão me levando. Mas já é tarde. Como não me importei com ninguém, ninguém se importa comigo”.

Esse texto não passa de uma paródia. Inspirada em três versões famosas do Poema da omissão. Esses versos de resistência à repressão são atribuídos ao poeta russo Vladimir Maiakóvski, ao dramaturgo Bertolt Brecht e ao pastor Martin Niemöller. Inimigos da liberdade podem ser comunistas, fascistas ou nazistas. Na primeira noite, colhem uma flor em nosso jardim. Na segunda, matam nosso cão. No fim, nossa voz é arrancada da garganta. E, porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Para quem ainda acha que ditaduras de uma cor são mais aceitáveis que outras..., há quem ainda ache que deve ser punido com prisão o delito de opinião ou que a liberdade de se expressar é um bem supérfluo.

Tenho 29 anos. Guarda Municipal de Ilhéus desde Agosto de 2009 e Cursando o 5º Semestre do curso de Administração Geral de Empresas. A criação do meu Blog pessoal é um grande sonho.

Apaixonado por política não poderia deixar de informar, e fazer chegar com a maior das isenções e imparcialidades, os fatos políticos, administrativos e institucionais da Guarda Municipal de Ilhéus.

Trabalhei no Censo de 2000, como Recenseador, através de Concurso Público temporário realizado pelo IBGE. Trabalhei na Prefeitura Municipal de Itabuna nos anos de 2003/2004, fui Assessor Parlamentar do Vereador Antonio Edson/CARANHA entre 2005 e 2008. Na Câmara Municipal de Ilhéus também prestei serviços por dois anos como Diretor Adjunto de CPD (Centro de Processamento de Dados).

Editor do Blog Sou Concursado Quero Trabalhar (Foto ao lado), ingressei na GCM de Ilhéus em Agosto de 2009, após uma longa e dolorosa batalha política travada com a Prefeitura Municipal de Ilhéus em busca de fazer valer o direito adquirido através do Concurso Público.

Quero dedicar este Blog ao meu Deus. Ontem, hoje e sempre na minha vida, meu pilar e razão das minhas forças para sobreviver às adversidades. Também dedico aos meus pais, irmãos, sobrinhos, tios, tias, amigos e minha querida e amada esposa, pessoas que a amo demasiadamente.

Quero por último, fazer uma homenagem a um homem íntegro, puro e que faz da ajuda ao próximo a sua alegria, o bem estar e a maior razão do seu viver, falo de meu eterno vereador e amigo Antonio Edson/CARANHA.

O meu obrigado a todos por acessarem o nosso Blog. Saibam que nele, vocês terão não apenas informações sobre a Guarda Municipal de Ilhéus, e sim, muito conteúdo de notícias feitas por gente do povo, para o povo e como realmente gosta de ser informado.




quarta-feira, 28 de julho de 2010

Amigo de Verdade



Convivência sadia Acariciar um cão pode trazer importante efeito ao sistema imunológico das pessoas

Os benefícios da presença de um animal de estimação em casa não se restringem às alegrias que ele proporciona a toda família. Esta convivência também pode contribuir, além do bem-estar psicológico, na prevenção e no auxílio ao tratamento de várias patologias.

Um levantamento de estudos nacionais e internacionais sobre o tema, encomendado pela Comissão de Animais de Companhia (Comac), integrante do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan), para um grupo de pesquisa do Departamento de Psicologia Experimental da Universidade de São Paulo (USP), liderado pelo professor César Ades, reuniu uma série de estudos que confirma esta contribuição à saúde das pessoas proporcionada pelo convívio com os animais de estimação. Entre algumas das observações, pode-se destacar a melhora da imunidade de crianças e adultos, redução dos níveis de estresse e da incidência de doenças comuns, como dor de cabeça ou resfriado.

REFORÇO. De acordo com o levantamento, os benefícios independem da idade. Os pesquisadores da USP citam um trabalho que identificou vários benefícios aos bebês que convivem com cães, já que certas proteínas que desempenham um importante papel na regulação do sistema imunológico e das alergias aumentam significativamente em bebês de um ano de idade, quando expostos precocemente a um cão, conferindo um importante papel destes animais à saúde humana.

Segundo a pesquisadora Carine Savalli Redígolo, este trabalho mostra que o convívio possibilita aos bebês ficarem menos suscetíveis às alergias e dermatites tópicas. "Também foi observada a redução de rinites alérgicas aos quatro anos de idade e aos seis a sete anos, devido à redução da imunoglubina E - um anticorpo que quando em altas concentrações sugere um processo alérgico", acrescenta. Os pesquisadores alertam que este contato não significa que seja isento de possíveis efeitos negativos para a saúde, porém, é possível discutir com mais equilíbrio os prós e contras de possuir um cão. Porém, muitos pais desconhecem estes benefícios.

De acordo com a pesquisa do Radar Pet, ainda há resistência dos casais que possuem filhos pequenos terem um animal de estimação: 44% das residências que têm pelo menos um pet são de casais com filhos jovens ou adolescentes; este número cai para 16% quando se trata de casais com filhos pequenos (até 9 anos).

Um gesto simples pode trazer importantes efeitos ao sistema imunológico de pessoas de qualquer idade. "Acariciar um cão pode elevar os níveis de imunoglobulina A, um anticorpo presente nas mucosas que evita a proliferação viral ou bacteriana, sendo importante na prevenção de várias patologias. Este resultado se deve, possivelmente, ao relaxamento que o contato com o animal proporciona", explica Carine.

BENEFÍCIOS AO CORAÇÃO. Outros estudos identificados pelos pesquisadores da USP também avaliaram as taxas de sobrevivência, no ano posterior a um infarto agudo do miocárdio, em donos de cães, gatos e outros animais de estimação e em pessoas que não possuíam bichos. Segundo os pesquisadores, depois de determinado período, verificou-se que a posse de um cão contribuiu significativamente para a sobrevivência dos pacientes, pelo menos no ano seguinte ao incidente.

Já no controle de hipertensão arterial, os estudos apontam benefícios também neste sentido. Profissionais que viviam em condições de estresse e faziam controle do problema com medicação, foram divididos em dois grupos: os que possuíam um cão ou gato e os que não possuíam animais. A pesquisadora Maria Mascarenhas Brandão afirma que, seis meses depois do início do monitoramento, um dos trabalhos constatou que as taxas de pressão diminuíram para ambos os grupos. Entretanto, nas situações geradoras de estresse a resposta foi melhor para os donos de cães. "Além disso, este grupo aumentou significativamente suas taxas de acertos em contas matemáticas, em relação àqueles que não possuíam os animais", acrescenta. Esta situação mostrou a diminuição dos níveis de estresse, obtidos com o contato com os pets.

Algumas outras situações também trazem efeitos muito positivos à saúde e ao convívio social: os pesquisadores da USP citam que a duração das caminhadas é maior para aquelas pessoas que estão acompanhadas por um cão. "Além disso, nestes passeios, os animais ajudam na integração social, contribuindo para o início de uma conversa com outras pessoas, por exemplo", confirma Maria.

Ainda segundo uma destas pesquisas, pessoas com problemas simples de saúde, como dores de cabeça, problemas estomacais, gripes, dentre outros, que adotaram pela primeira vez um animal de estimação, apresentaram redução significativa desses problemas menores de saúde, em relação a pessoas sem animais.

O artigo "Amigo de Verdade" foi extraído do Blog Guarda Civil de São Paulo - Canil


terça-feira, 27 de julho de 2010

18 anos.........

Autor: Wagner Pereira

Hoje completo 18 anos de serviço na Guarda Civil Metropolitana e fico feliz por continuar nessa luta tão árdua que é promover segurança pública na Cidade de São Paulo.

Os obstáculos são inúmeros e apoio quase nenhum, mas nos adaptamos e com determinação superamos um a um.

Ao ingressar na Guarda Civil Metropolitana em 1992 não imaginava que nosso relacionamento durasse por tantos anos, continuamos brigando muito, ela insiste em me contrariar, mas não vivemos um sem o outro.

Conhecemos pessoas maravilhosas, tivemos momentos inesquecíveis, vimos tanta coisa acontecer, nossa Base 27 com seus defensores Palacianos e Retortianos já não existe mais, quanta saudade.......


Estamos envelhecendo juntos, ficamos cada vez mais ranzinzas, estamos intolerantes, não queremos continuar sendo maltratados, exigimos respeito e dignidade.


Não se esqueçam continuaremos zelando pela sua segurança, somos seu aliado, protetor e amigo.


Aos amigos da Turma 25, que igualmente comemoram 18 anos nos meses de junho, julho e agosto, deixo como presente as ilustrações desse artigo, que foram criadas com muito amor e carinho pelos meus filhos Wagner e Valdir.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

O desarmamento e a segurança dos bandidos

Autor: Archimedes Marques
Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe
email: archimedes-marques@bol.com.br

Vivemos em um país em que muitas vezes os valores se invertem e, nessa espécie de guerra urbana e social contra a violência diária, contra a marginalidade que cresce assustadoramente, contra a criminalidade que aumenta gradativamente a todo tempo em todo lugar, comprova-se que o Estado protetor mostra-se ineficiente para debelar tão afligente problemática e por isso teima em produzir programas emergentes que surgem e insurgem sem atingir os seus reais objetivos. Um deles, pelo menos até agora, ao invés de proteger a sociedade deu maior segurança aos bandidos, ou seja, inverteu os seus valores.

O projeto desarmamento estudado e executado pelo Governo Federal desde 2003, contra a vontade popular, demonstra ser no âmago do seu curso uma ação derrotada e inócua que age infrutuosamente na tentativa de reduzir a criminalidade no país e deixa cada vez mais a população órfã de proteção.

Enquanto a população brasileira foi literalmente desarmada por conta do Estatuto do Desarmamento, a bandidagem está cada vez mais armada. Enquanto foi tolhido o direito do cidadão de se defender do bandido com a proibição de sequer possuir uma arma de fogo em sua própria casa sem passar por extrema burocracia, o bandido por sua vez, facilmente consegue armas até mesmo com alto poder de fogo, para se defender da Polícia, atacar o povo e ferir a ordem do país.

É fato presente que o chamado crime organizado, pernicioso organismo que alimenta o tráfico de drogas, criminosos perigosos e contumazes, quadrilhas de assaltantes, consegue transitar e abastecer a marginalidade com armamento privativo das forças armadas, tais como: Metralhadoras, fuzis, bazucas, morteiros, granadas, ou mesmo outras mais usadas a exemplo das escopetas, pistolas e revolveres. Essas armas provindas de diversas nacionalidades ingressam pelas nossas gigantescas e mal guarnecidas fronteiras e chegam às mãos dos bandidos de maneira inexplicável.

Retirar as armas de fogo das pessoas de bem foi muito fácil, pois essas pessoas, não sendo marginais, logo cumpriram a Lei e depuseram suas armas com a esperança de que a violência fosse realmente estancada, contudo ainda não foi, muito pelo contrário, aumentou substancialmente, pois o desafio da Polícia em desarmar os bandidos parece ser intransponível. Quanto mais se prendem os marginais armados mais armas aparecem em poder de outros e até dos mesmos quando são postos em liberdade pela Justiça.

Os fatos violentos e corriqueiros ocorridos nos quatro cantos do país demonstram que os discursos e as noticias desarmamentistas para justificar o suposto sucesso do plano e iludir o povo parecem ser apenas meras cortinas de fumaça, tendo na linha de frente a diminuição dos homicídios eventuais por desavença ou domésticos, perpetrados nas comunidades por meio de arma de fogo a querer encobrir o recrudescimento da criminalidade dos outros tipos penais. Vale lembrar também que apesar de ter diminuído os índices de homicídios cometidos via arma de fogo nos casos citados, aumentou substancialmente os índices do mesmo crime perpetrados por arma branca ou outros meios, comprovando então, que o cidadão quando quer, mata o seu desafeto de qualquer jeito.

Assim, o povo vive acuado, desarmado e preso por grades, cercas elétricas, alarmes, nas suas próprias residências e, os diversos criminosos andam soltos nas ruas a caça das suas vítimas, aumentando de forma geométrica o número de latrocínios, roubos e sequestros em todos os lugares.

A Polícia por mais diligente que seja, em virtude da falta de contingente adequado, de uma maior estrutura, de uma melhor organização, de um verdadeiro incentivo com salários condizentes aos seus membros, não consegue romper tais obstáculos e sempre é considerada culpada erroneamente por inoperância pela nossa sociedade como se fosse a única responsável por tal situação.

Atacam-se carros blindados com armamento potente, derrubam-se helicóptero com tiros de fuzis ou metralhadoras antiaéreas, inúmeros assaltos se valem de armas de guerra no país inteiro, policiais são frequentemente mortos no labor das suas funções por criminosos possuidores de armas poderosas adquiridas no câmbio negro do crime organizado.

O cidadão nas ruas literalmente virou um alvo em determinados locais. Um alvo que tem que ser um maratonista, velocista, contorcionista, trapezista e até mágico para se esquivar das balas perdidas. Um alvo que tem que optar por dar apoio aos traficantes de drogas sob pena de morte. Um alvo no seu veículo ultrapassando os sinais de transito e recebendo multas para não ser seqüestrado ou assaltado e morto.

Um alvo desarmado sem direito a defesa própria contra o marginal sempre bem armado. Um alvo que tem que contratar segurança particular para sobreviver.

Um alvo que ainda tem que agradecer ao criminoso por apenas lhe levar seus bens materiais. Um alvo esperando sempre que apareça algum policial para lhe salvar.

O desarmamento veio para o seio da sociedade brasileira como uma ação insidiosa de tirar-lhe o direito de defesa própria e da sua família ao mesmo tempo em que deu total segurança ao bandido de fazer o que quiser com a sua vulnerável vítima.

O estatuto de Desarmamento não deu e não dará certo enquanto não tivermos uma séria e efetiva política de combate ao crime organizado, enquanto não colocarmos atrás das grades os grandes traficantes de armas e drogas, enquanto não prendermos as pessoas inescrupulosas que dão suporte e proteção aos traficantes e enriquecem sob o julgo desse crime, enquanto não consigamos enfim proteger as nossas fronteiras desses criminosos fazendo com que não mais entre armas no nosso país.

Enquanto isso não acontece, para concluir o texto, faço minha as sábias palavras do Ministro aposentado do Superior Tribunal Militar, FLÁVIO BIERREMBACH, hoje advogado e escritor:

“Desarmar as vítimas é dar segurança aos facínoras”...

"O cidadão de bem tem o direito de possuir uma arma para se defender dos criminosos"...

"Os bandidos já se sentem muito mais seguros para atacar os pobres, os trabalhadores e os homens de bem, porque sabem que provavelmente irão enfrentar pessoas desarmadas"...

“Uma sociedade em que apenas a polícia e os facínoras podem estar armados não é e nem será uma sociedade democrática"...

sábado, 24 de julho de 2010

A gente não quer só comida...

Autor: Sérgio Luiz Pereira de Souza

Escrevi aqui sobre os dezoito anos de minha carreira como Guarda Civil Metropolitano parabenizando a todos aqueles que junto comigo passou por bons momentos e cresceu com essa que é uma família para nós, no entanto não foram só alegrias, sofremos muitas agruras e ainda passamos por maus bocados, sobretudo na questão de valorização do nosso profissionalismo, pois somos profissionais e responsáveis por manter viva nossa instituição.

Nessa caminhada nos mostramos capazes de manter o brio, atendendo ao chamado quando necessário da população paulistana, cada qual prestando o serviço conforme sua capacidade, muitas das quais conseguidas com méritos próprios, se aperfeiçoando, buscando melhorias para si e as usando em prol da carreira escolhida.

Dentre nós existem aqueles que se doam no dia a dia para manter viva nossa GCM.

Às vezes somos depreciados por pessoas que desconhecem o valor do nosso trabalho, ignoram que por vezes é difícil manter o lema que é o alicerce, ainda acredito nisso, de nossa instituição, “Aliada, Protetora e Amiga”.

Podemos suportar isso com trabalho árduo e persistente, mas é desagradável lembrar que ainda vivemos sob desvalorização daqueles que tem em mãos o poder para senão deixar que cresçamos pelo menos manter um padrão que possa satisfazer nossas necessidades profissionais e por que não pessoais para que possamos viver com a mínima dignidade.

Não é justo que alguém que tenha cumprido por anos suas responsabilidades possa viver sob a expectativa frustrada de pelo menos ter como é de direito as reposições salariais para que com isso possa arcar com o equilíbrio em suas dívidas rotineiras, aquelas que ele não tem como excluir para cortar gastos e conseqüentemente serem obrigados a suportar um serviço extra, deixando de lado sua família, sobretudo os filhos que cobram sua presença e não entendem que sua ausência se faz precisa para suprir as necessidades básicas do lar.

Às vezes nem essas consegue manter em padrão aceitável para sua sobrevivência.

A cada dia uma informação de “acerto” e a velha frustração ao saber que os valores no “contracheque” são exatamente o mesmo do mês anterior.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

De Olho nas Contas da Atividade Delegada

Autor: Wagner Pereira


A Gratificação por Atividade Delegada criada no final de 2009, através da Lei nº 14.977, regulamentada pelo Decreto nº 50.994, que remunera os Policiais Militares e Civis do Estado de São Paulo por atividades referentes a delegação de competência de polícia administrativa da Prefeitura do Município de São Paulo, foi tema das matérias “Com R$ 8 mi, PM não inibe camelôs” e “Polícia e Prefeitura não Falam”, publicadas no Portal Agora SP.

Segundo a matéria a Prefeitura, através da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, repassou à Polícia Militar, no período de Fevereiro a Julho, aproximadamente 8,6 milhões de reais para o pagamento de 1.270 Policiais Militares pela realização da atividade delegada para a fiscalização do comércio ambulante.

Ao analisarmos os números apresentados observamos que foram pagos mensalmente em média R$ 1.128,00 por 96 horas trabalhadas para cada Policial Militar.

A conta aumenta a cada mês e nesse ritmo serão aplicados até o final do ano aproximadamente 17 milhões de reais para o pagamento da atividade delegada.

Não podemos esquecer o planejamento e logística aplicada na realização da Atividade Delegada realizada nas Regiões da Rua 25 de Março e do Brás, muito bem elaborada pela Polícia Militar.

Turnos de trabalho reduzidos, agentes de apoio, reforma da Base Lucrecia, caminhões, guinchos, ações integradas com os Distritos Policiais das regiões, que garantiram num primeiro momento o sucesso e aprovação do trabalho.

Entretanto, a matéria destaca que não foi coibido totalmente o comércio irregular, apesar do aumento do efetivo da Polícia Militar.

No Diário Oficial da Cidade de 20/07/2010, pag. I, foi publicada a matéria “Prefeitura destrói 2 milhões de CDs e DVDs ilegais apreendidos desde abril" como resultado da Atividade Delegada, confirmando que são empregados aproximadamente 1.300 Policias Militares.

Porém, na matéria “GCM apreende mais de 30 mil CDs pirateados na Zona Sul de São Paulo”, publicada no Portal Folha.com demonstra que no dia 27/06/2010 a Guarda Civil Metropolitana apreendeu quase 1,5% do total apreendido pela ação dos envolvidos na Atividade Delegada desde abril, sendo que na operação com certeza não tinha um efetivo de 1.300 homens.

O artigo "Atividade Delegada em Expansão" também está disponível no Blog "Fiscalização e Legislação"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fênix ou Pedras Preciosas

Autor: Alírio França Vilas Boas

A fênix é um pássaro da mitologia grega e egípcia que quando morria entrava em auto-combustão e passado algum tempo renascia das próprias cinzas.

Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em vôo cargas muito pesadas.

Já o garimpeiro quando consegue uma pedra preciosa, nem sempre ela apresenta de imediato o seu real valor, só após várias lapidações e preparos é que a mesma começa a mostrar sua verdadeira qualidade.

Mal comparando a uma ave ou garimpo, as Guardas Civis Municipais, hoje estão rejuvenescidas e lapidadas como uns verdadeiros diamantes, tendo o início de sua trajetória confundida com a própria história do homem, no sentido de guardar bens próprios ou alheios.

Ressurgida na gestão do prefeito Jânio da Silva Quadros, através da Lei Municipal 10.115 de 15 de setembro de 1986, como uma corporação armada e uniformizada, tendo como competência legal a proteção dos bens públicos municipais (logradouros, parques, prédios públicos e monumentos) e a colaboração na segurança pública.

Hoje as Guardas Civis do Brasil inserem-se nos municípios como membros ativos no quesito segurança urbana. As cidades que já as possuem, sentem o seu verdadeiro espírito colaborador, em qualquer missão que lhe é atribuída.

O atendimento de um Guarda é caracterizado pela dedicação, humildade, solidariedade, benevolência, cordialidade, devoção ao bem servir. Proporcionam uma melhor qualidade de vida a todos indistintamente, sem o intuito de reconhecimento.

Passam-se gerações, anos, governos e o cidadão fardado, continuam a exercer um fascínio, noção de segurança e imagens que ali está um ser, diferente dos demais capaz de dar proteção.

O agente responsável pela segurança urbana deve ser uma pessoa equilibrada, calma, consciente da sua função, não se deixando levar para o lado do capricho, da vaidade, da ignorância, da leviandade, da truculência ou mesmo da corrupção.

O povo brasileiro necessita de Guardas Civis Municipais de qualidades morais que os recomendem em qualquer situação e principalmente dotados de boa vontade para servir ao próximo. Aos verdadeiros baluartes da ordem e segurança nos municípios brasileiros, a minha saudação em azul marinho.

Acessem o Portal Segurança Urbana - Gestão Municipal

terça-feira, 20 de julho de 2010

Blog Villas Boas CD

Autor: Wagner Pereira

Nas atividades do serviço público há uma série de leis, decretos, portarias, ordens internas que regulamentam a ação dos seus profissionais, porém encontramos algumas dificuldades em ter o conhecimento pleno dessas normativas.

No novo conceito de multifuncionalidade característico do modelo de segurança urbana adotado na Cidade de São Paulo, aumentou drasticamente à legislação pertinente as atribuições da Guarda Civil Metropolitana.

No início de 2010, numa parceria entre Wagner Pereira e Francisco Feliciano Feliciano foi criado o Blog Fiscalização e Legislação, que seria um indicador das principais normas sobre fiscalização do espaço público na Cidade de São Paulo.

A meta é o desenvolvimento profissional dos Guardas Civis Metropolitano no exercício de suas atividades e na realização do poder de polícia administrativa conferido ao município.

Ao longo dos anos, Ricardo Villas Boas Pereira vem realizando este trabalho através da comunidade Villas Boas CD, uma rede de informações que atualizam constantemente seus membros, porém é destinada somente aos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo.

Este trabalho agora passa estar disponível no Blog “Villas Boas CD”, que disponibiliza um belo acervo de legislações que irá auxiliar não somente aos Guardas Municipais de todo país, como a toda população interessado em se atualizar sobre algumas leis.

O Blog é um espaço destinado expor Legislações pertinentes de interesse dos Profissionais da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo, visando unicamente o aprimoramento profissional dos se interessados, revertendo assim, numa prestação de serviço de melhor qualidade à população do município de São Paulo (Villas Boas).

Ricardo Villas Boas Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

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Blog: http://cdvillasboas.blogspot.com/
Site público EM CONSTRUÇÃO: http://www.cdvillasboas.com/
Grupo destinado aos GCMs de São Paulo:

Nome do grupo: CD Villas Boas (Contamos com 4135 Membros)

Descrição:
Guardas Civis Metropolitanos da cidade de São Paulo, interessados em
receber mensagens de conteúdo profissional, semear o conhecimento e
divulgar informações.

Endereço do grupo na web atual:
http://groups.google.com.br/group/cd-villas-boas

Participe conosco, pois...
"a informação deve ser hágil, para ampliar o conhecimento e amparar as decisões"

Observação:
O seu endereço de email, não ficará exposto aos demais participantes e todos os envios de mensagens para o grupo, necessitam da aprovação do autor.

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Grupo destinado aos GCMs do Brasil
Nome do grupo: GUARDA UNO BRASIL (Contamos com 252 Membros)

Descrição:
GUARDAS MUNICIPAIS DO BRASIL, INTERESSADOS EM FORTALECER A CATEGORIA...

A COMUNICAÇÃO TEM UM CARÁTER PRIMORDIAL PARA A NOSSA REALIDADE.

MANTEREMOS CONTATO PARA QUE O CONHECIMENTO DA REALIDADE E A
MOBILIZAÇÃO DA CATEGORIA, SEJA UNA, DENTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL.

Endereço do grupo na web atual:
http://groups.google.com.br/group/guarda-uno-brasil

Observação:
As Mensagens são enviadas para este Grupo, da maneira que o autor
postar, sem qualquer monitoramento.
Para tanto, solicitamos cautela nas postagens.

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Gratificação não é salário.

Autor: Wagner Pereira

A matéria “Servidor municipal deverá ganhar gratificação” publicada no Portal do Jornal Agora SP, no dia 17/07/10, informa que o Executivo Municipal da Cidade de São Paulo pretende criar gratificação de desempenho aos servidores de nível básico e médio, não divulgando novamente valores, base cálculo ou percentual.

No final de novembro de 2007, fora instituído Prêmio de Desempenho e o Bônus Especial aos servidores municipais, em decorrência da edição da Lei nº 14.590, entretanto não há notícias de seu efetivo pagamento, provavelmente pela argumentação da falta de disponibilidade orçamentária e financeira.

As gratificações geralmente são incompatíveis entre si, destacamos a Gratificação de Desempenho de Atividade Social, instituída pela Lei 15.159, que veda seu acúmulo ao Prêmio de Desempenho, Bônus Especial e Prêmio Educacional.

O novo projeto terá uma amplitude maior sobre o quadro de servidores da Prefeitura, pois atinge sua maior concentração que são os cargos de nível básico e médio, porém não há garantias do seu efetivo pagamento, devido algumas regras impeditivas como disponibilidade orçamentária e financeira, que as despesas com pessoal e respectivos encargos não ultrapasse o limite de 40% da média das receitas correntes.

Em sua maioria as gratificações buscam amenizar a defasagem dos vencimentos dos servidores imposta pela ausência de uma política salarial mínima, permitindo que o processo inflacionário destrua o poder de compra desses salários.

Alguns aspectos negativos das gratificações são sua não incorporação, não ser base de calculo de férias, 13º salário e previdência (não tendo impacto para fins de aposentadoria), além de não possuir caráter salarial ou remuneratório.

O anúncio da valorização da Carreira da Guarda Civil Metropolitana publicado no Blog Oficial da Secretaria Municipal de Segurança Urbana da Cidade de São Paulo, consiste no envio de 4 (quatro) projetos de lei para a criação de gratificações, que não foi considerada como valorização profissional pela categoria de classe, conforme publicação no Portal do Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo – SINDGUARDAS .

O estudo realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo – SINDSEP aponta uma defasagem de 22,95%, no período de 2005 à 2009, num comparativo ao salário mínimo, que com certeza não será reposta com gratificações.

A tabela de vencimentos dos Profissionais da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo em seu cargo inicial tende a ser inferior ao salário mínimo nacional em 2011, além de estar no limbo das tabelas de nível básico e médio dos demais servidores municipais, embora seja exigido nível médio de escolaridade para ingresso na carreira, sua remuneração inicial é inferior ao dos profissionais de nível médio.

Recentemente li a frase: “nós da Guarda Civil Metropolitana não somos do básico, do médio e muito menos do superior, somos indesejáveis no corpo”, triste, mas até quando esperar?

sábado, 17 de julho de 2010

Redenção

Autor: Carlos Augusto Machado

Um sujeito ao matar outro o crime tipifica-se em homicídio, art. 121 do Código Penal, há ainda as agravantes, as atenuantes, qualificadoras e excludentes. Tema recorrente na doutrina e no cotidiano. Devemos estar preparados para o momento: defender a vida de outrem. Há lemas e casos que reforçam este espírito de dedicação.

"Despojado de sua família, seus amores se foram, seu destino a um fio, seu futuro. Restara sua honra, princípios e valores. Houve quem o considerou um incapaz, um idiota armado, um desqualificado, subestimando o profissional. O ébrio nas horas de folga. Envergonhou-se diante das filhas. A mulher já o apresentou assim: '_ Ele não prende bandidos, não é policial' ruborizou, amarelou, engoliu a seco. Talvez teimoso, obstinado diriam. Um familiar confundiu sua instituição com uma marca americana de montadora de carros, desculpou-a. Pobre coitada." de desconhecido autor, talvez influenciado pelo espírito noir do romancista Dashiell Hammett.

Da ficção a realidade, concordamos que na ânsia em ajudar o próximo, arriscamo-nos. Prender o homicida é um evento raro. Sem ostentação, em muitas outras incorremos em riscos. Felizmente muitos acertos, porém algumas vezes tristemente faltaremos.

Certa ocasião, num beco, uma vítima de roubo, tratava-se de um investigador, soube-se depois que era detetive particular. Após troca de tiros, no revide atingimos quem delinqüiu. Quem está surpreso alegando que o fato é incomum esta certo, pois não querem que seja comum. Assim, viola-se o princípio de segurança ao cidadão, responsabilidade de todos. Ademais, estará sempre na iminência e na memória do autor do delito. E o flagrante conceitua-se assim: "PEGA LADRÃO", "AQUELE SUJEITO ACABOU DE ATIRAR NESTE FULANO" ... está crepitando, latente, acabou de acontecer como recorda Tourinho Filho.

Ao longo dos anos forma-se a consciência de que a satisfação, quando há, será breve. Logo após, a vida continua e novos desafios se sucedem. É a profissão escolhida. Ossos do ofício. Mas que ofício detratores e céticos questionarão. Temos crenças, rituais, jargões, gritos de guerra, nomes, personificações, humores, amores e ideais, sim. É necessário ser coerente e cauteloso não compactuando qualquer conduta ilícita e irregular. Não desejamos jamais prejudicar e sim orientar e agir quando necessário. Aplicadores da lei imparciais e dotados de controle emocional. Capazes de sermos firmes sem perder a decantada ternura. Devemos ter orgulho que nosso caráter social, no período pós-ditadura, irreal, hoje é fato e serve de referência.

Querem saber mesmo o que sentimos, não existe meio policial, ou é ou não é, e simplesmente respiramos este ambiente. Nossas utopias transparecem aos liderados, ou melhor, nossos companheiros, parceiros e ao povo. Haverá decepção quando expectativas se frustrarem. Quando não se vislumbrar melhorias, ou nos subjugarem, por tudo que já passamos. Na dicotomia de vitórias e derrotas, somos otimistas e reputo que aquelas são mais freqüentes. Deveras às vezes somos quixotescos, abraçando moinhos de vento. Sem recursos, sem efetivo, mas com muita vontade em colaborar.

Quanto a fórmula de desmonte ela é simples: tire a perspectiva deste profissional em ascender, digo, subtraia seus sonhos. Deixe de valorizá-lo, transforme falácias em verdades sempre que puder, repita que sua função exercida com dedicação, apesar das adversidades é irrelevante. E por último forneça ferramentas melhores, mais caras e em grandes quantidades, e o dobro do seu salário a outrem para realizar a mesma tarefa que você outrora fazia com esmero a despeito das limitações, a virtude está no equilíbrio in médio virtus já falava Aristóteles.

Além de aliená-lo como, na alegoria da caverna de Platão, estará traindo todo o cidadão que acreditava que os impostos arrecadados implicam num mandato. Em ouvir sua voz cidadã conferida a alguém que de fato e de direito representasse seus interesses. Em alusão temos a gênese do princípio da legalidade no taxation without representation, recomendaria observarem este aspecto na classe política, se não a encontrarem lá vejam a película Robin Hood.

Com mais de 6 (seis) mil votos diretos somente na capital. Reitero a idéia de que devêssemos escolher um candidato único e cada eleitor compromissar-se em gerar os votos necessários para sua eleição, tarefa que poderia ser catalisada pelas forças sindicais e associativas em conjunto. Tarefa difícil, mas necessária e imediata diante dos desdobramentos atuais.

Sabemos que podemos semear a esperança também em novos profissionais, sermos transparentes e firmes sem perdermos a vocação. Nossa identidade intrinsecamente está associada aos anseios de cidadania e democracia. Esta característica é nossa maior virtude e será nosso trunfo rumo à sensibilização de nossa nobre missão social e valorização.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Desilusão...

Autor: Sérgio Luiz Pereira de Souza

Até quando vamos ter que “engolir”?

Nasci junto com a ditadura, em 1964, claro que os porões dela já existiam para que o acontecimento se desse naquele ano.

Ali eram tramados e traçados os planos para a derrubada e tomada do poder.

Filho de retirante analfabeto, mas sábio, como muitos nordestinos que aprenderam com a vida e com as dificuldades que ela os impôs vivi sob minha adolescência a ditadura.

Nesse período bordões eram de praxe, o mais famoso: “Brasil, ame-o ou deixe-o”. Como criança amava-o porquê era brasileiro, era um pequeno patriota na ignorância infantil.

Na escola tomava posição para louvar a pátria, nas filas das turmas da escola, mão no peito e o hino a bradar, imposto, mas com prazer.

Àquela época já se fundia as glórias do futebol a política, usando nossa paixão maior como combustível para manter o povo sofrido e apaixonado com esperanças de que o sucesso de uma levaria ao sucesso da outra e acreditávamos nisso.

Mesmo com os tropeços pós 1970 com a glória alcançada pela nossa seleção “Canarinho”- “Noventa milhões em ação, prá frente Brasil...”

E o Brasil ia prá frente, mesmo que aos trancos e barrancos, como a seleção que como sempre não aceitava os percalços, sendo considerada pelos seus comandantes como campeã moral em 1978, como uma das melhores seleções em 1982 que culminou na tragédia de Sarriá. “O sonho não acabou”.

Chegavam os anos finais da busca da liberdade com as “Diretas já!” Onde eu e milhões de brasileiros teríamos a oportunidade de colocar alguém de “nossa escolha” no poder, da nação.

Depois com as frustrações em seqüência deu-se o advento do culpado, sempre escolhemos um, eu tenho os meus e todos têm o seu, na política a culpa é sempre do antecessor.

Não vem ao caso.

A vida é composta de situações diversas onde cada uma gera influencia na outra, não se pode viver emoções sem que isso não se reflita em nossas atitudes, personalidade, em nosso dia a dia, no decorrer de nossa existência, tudo deixa uma marca.

Nelson Rodrigues que intitulou o Brasil de “A pátria de chuteiras” também afirmou que já era tempo de deixarmos de nos sentir “vira-latas” e posso compreender o que ele queria com isso.

Como disse um dia meu amigo Nildo, cearense que por ter desembarcado por essas bandas tornou-se para a turma, “baianinho”: “Nós não acreditamos em nosso potencial” e essas duas colocações parecem ter se encarnado em nossos jogadores, de novo, como em 1998 na França que na iminência de vencer e seguir rumo ao título desabou.

Nesse ínterim foi anunciado o “Espetáculo do crescimento” que ainda esperamos tanto um quanto outro, que como nossa seleção deixou o espetáculo em nossa lembrança, mas que quanto à pátria mantém o crescimento em nossos sonhos...

“Navegar é preciso”.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Atividade Delegada em Expansão

Autor: Wagner Pereira

A Atividade Delegada instituída pela Lei nº 14.977/09, se fortalece a cada dia na Cidade de São Paulo, sua expansão é vertiginosa pelas ruas e avenidas são mais 1.250 Policiais Militares empenhados em seu horário de folga para realizar o poder de policia administrativo delegado pela Prefeitura, conhecido como bico oficial abrange agora Vila Mariana (zona sul); Lapa e Pinheiros (zona oeste) e Casa Verde (zona norte), conforme noticiado na matéria “Santana ganha reforço para coibir camelôs" do Portal Jornal da Tarde.

Os especialistas defendem que o comércio ambulante é coisa de polícia, pois sofre forte influência do crime organizado, porém, é necessário o Município estabelecer um convênio com o Estado para combater o crime na ruas?

Quantas apreensões e prisões foram realizadas desde o início do convênio em dezembro de 2009?

Qual o valor repassado ao Estado?

Quantos policiais estão envolvidos?

Os convênios entre Prefeitura e Secretaria Estadual de Segurança Pública estão fortalecidos com fortes investimentos são R$ 6.085.900.000 (Decreto nº 51.604/10) para o Programa de Ações Integradas de Segurança Pública (Equipamentos e Material Permanente) e parceria para aquisição de helicóptero (Convênio GSSP/ATP – 102/10 - despacho publicado Diário Oficial da Cidade - 13/07/10 - pag. 1).

Estes mesmos especialistas, que divagam tanto sobre planejamento, estão seguros que a parceria atual será mantida no próximo governo estadual, ante os números das pesquisas para o pleito deste ano, porém pouco explicam sobre uma eventual mudança no Executivo Municipal em 2012.

Numa previsão otimista, o comércio ambulante deixará de ser influenciado pelo crime organizado e o Município, através da Guarda Civil Metropolitana, poderá retomar tranquilamente a labuta na fiscalização do comércio ambulante por seus bairros.

O artigo "Atividade Delegada em Expansão" foi Extraído do Blog Fiscalização e Legislação

terça-feira, 13 de julho de 2010

A segurança pública e a sociedade

Autor: Archimedes Marques
Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe
email:
archimedes-marques@bol.com.br

Um dos problemas mais afligente do Brasil de hoje é sem sombras de dúvidas, a questão da segurança pública que deixa a desejar aos anseios da população, pois em todos os lugares a violência e a criminalidade crescem em proporções imensuráveis e de maneira incontrolável pelo poder público.

Aos olhos do povo, parece ser a Polícia a única responsável pela segurança da sociedade, quando em verdade tem essa instituição somente a função mais árdua de todas, vez que atua na linha de frente em prevenção ao crime ou na garimpagem de criminosos e na execução das leis penais, a fim de torná-las efetivas ao exigir o cumprimento das regras sociais e solucionar os seus conflitos.

Assim, durante muito tempo a problemática da segurança pública foi vista apenas como questão de ordem absoluta da Polícia, regida e orquestrada pelos governos estadual e federal, sem participação alguma de qualquer segmento da sociedade.

Agora que a epidemia da insegurança se alastrou por todo o Brasil a própria sociedade se mostra preocupada com o problema e até já comunga com o preceito constitucional de que a segurança pública é responsabilidade de todos, e com isso já se formam movimentos diversos que objetivam maior interatividade com a Polícia para uma conseqüente união de forças de combate ao crime.

As associações de moradores e os conselhos de segurança dos Estados, bem como, as diversas organizações não governamentais já se conscientizam e devem se fortalecer cada vez no sentido de ajudar a Polícia, na sua árdua missão de combater o mal e resgatar a ordem ferida.

Entretanto, essa necessária e importante interação ainda aparece de maneira emperrada, pois existe a tradição arraigada no seio de grande parte da sociedade em generalizar, colocando-se com regra ao invés da exceção, que a Polícia é ineficiente e criminosa, que todo policial é ignorante, arbitrário, violento e irresponsável, quando em verdade, de uma maneira geral, tais entendimentos não passam de pensamentos ilógicos e insensatos, vez que é dever e obrigação de todos os nossos componentes, acima de tudo, valorar e guardar as leis do país e, em assim sendo, não é uma minoria desvirtuada que deve superar a grande maioria dos nossos valorosos policiais que trabalham com amor a causa.

Aliados a tais pensamentos insensatos que menosprezam as nossas classes, os governos ao longo dos tempos pouco investiram ou investem nas suas Polícias. A segurança pública sempre foi esquecida e sucateada através dos anos. As Polícias sempre foram relegadas ao segundo plano, principalmente no que tange a valorização profissional dos nossos membros. Com raras exceções, poucas conquistas foram alcançadas pelas classes policiais em alguns Estados da Nação.

Assim, as várias culturas negativas que cresceram no âmago do povo através das eras relacionadas a tais questões pejorativas em desfavor dos policiais, fazendo com que a sociedade tema a Policia ao invés de respeitá-la como aliada, urgem em ser desclassificadas e ao mesmo tempo revistas para o bem geral da nação brasileira.

A eficiência do trabalho policial está intimamente ligada ao bom relacionamento entre cidadãos e policiais. Um deve ver e sentir o outro no valor da amizade, como elemento de apoio, de confiança nos seus recíprocos atos. Os policiais dependem da iniciativa e da cooperação das pessoas e estas dependem da proteção dos policiais.

Havendo mudanças nessas concepções errôneas para que haja uma maior união e interatividade entre o povo e a sua Polícia. Para que haja confiança do cidadão nas ações da Polícia.

Para que a sociedade tenha a Polícia como sua amiga, como sua aliada no combate ao crime e no cumprimento das leis.

Para que a própria sociedade reconheça e se engaje na nossa luta pelo resgate da dignidade perdida, relacionada principalmente a salários condizentes com a importância da árdua missão policial e então estimular ainda mais o bom profissional, teremos enfim, uma segurança pública mais real, mais eficaz e satisfatória aos anseios da própria população.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

CAPACITAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

A Comissão Municipal de Direitos Humanos da Cidade de São Paulo - CMDH promove a 2ª Edição do Curso de Formação em Conselheiros em Direitos Humanos.

Curso está voltado exclusivamente para servidores e funcionários da Prefeitura Municipal de São Paulo e será totalmente a distância pela internet.

A partir de 13 de julho estão abertas as inscrições para a 2ª edição do Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos. Trata-se de iniciativa da Comissão Municipal de Direitos Humanos em parceria com a Escola do Servidor Público Municipal e a PRODAM, voltada para promover e divulgar os Direitos Humanos no Município de São Paulo através da capacitação e do aprimoramento de servidores públicos municipais no campo dos direitos humanos, bem como o ao cumprimento da Meta 42, da Agenda 2012. Os servidores que passarem por esta capacitação poderão participar, caso seja de seu interesse, da implementação da Meta 42, que estabelece a criação de conselhos de direitos humanos nas 31 subprefeituras da cidade de São Paulo.

Atenção: as vagas são limitadas, serão aceitas as primeiras mil inscrições. Sendo atingida esta cota de mil inscritos, as inscrições estarão encerradas.

Todo o curso, bem como os procedimentos para as inscrições serão feitos on line (veja abaixo os procedimentos). Assim como a edição anterior ao realizar este curso o aluno contará com o apoio de tutores (motivacionais, conteudistas e supervisores), que vão esclarecer e orientar os estudantes sobre os aspectos técnicos, motivacionais e de conteúdo.

Aula inaugural

O início da capacitação vai acontecer em 9 de agosto em aula inaugural presencial ministrada pelo professor Guilherme Assis de Almeida (Prof. Dr. da USP e Prof. Titular Pleno da FAAP). O local dessa aula será o Memorial da América Latina - Auditório da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 564 - Portão 10 - 1º andar, Barra Funda - São Paulo – SP), das 10 às 12 horas. Uma vez inscrito, o aluno poderá se inscrever para essa aula, não obrigatória.

Conteúdo

A capacitação será composta de três módulos a serem realizados ao longo de quatro meses, onde o servidor vai obter conhecimento sobre: Direitos Humanos (Fundamentos e história dos Direitos humanos; Declaração Universal dos Direitos Humanos e os Sistemas Internacionais de Proteção de Direitos Humanos; Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos; Pactos Internacionais; Convenções Internacionais de Direitos Humanos; Direitos Humanos na Constituição Brasileira de 1988; Direitos Fundamentais;Direitos Sociais, Econômicos e Políticos; Novos Direitos e novos desafios; Garantias Constitucionais; o Papel da Secretaria Especial de Direitos Humanos); Conselhos (Participação e controle social na garantia dos Direitos Humanos;A Constituição de 1988 e a democracia participativa; Controle social e Conselhos de Direito no Brasil; Natureza jurídica dos Conselhos e a legislação complementar; Caracterização dos conselhos em nível nacional, estadual e municipal; Atribuições e poderes dos conselhos nacionais, estaduais e municipais; Princípios norteadores dos Conselhos; Papel, função pública e a ética dos conselheiros; Representatividade, perfil e habilidades essenciais dos conselheiros; Empoderamento: um desafio a ser enfrentado; Ações básicas para uma atuação mais efetiva dos conselheiros; Articulação entre conselheiros e integração das ações; Promoção da igualdade e valorização da Diversidade: Combate ao preconceito e à discriminação; Instrumentos de apoio à promoção de direitos; Construção de Redes de Proteção dos Direitos) e Direitos Humanos e Conselhos no Município de São Paulo (Direitos Humanos na Cidade de São Paulo; Comissão Municipal de Direitos Humanos; Conselhos Municipais Coordenadorias Municipais; Ouvidoria Municipal).

Avaliação

A realização do Curso prevê acesso a todas as aulas de cada módulo, além de realizar os questionários propostos. A cada questionário realizado será auferida uma nota de 0 a 10, sendo que a média final deverá ser igual ou superior a 7,0.

Como parte das atividades, o aluno deverá também interagir com os colegas no Ambiente Virtual do curso, através dos fóruns e chats (bate-papos).

Ao final, o aluno deverá entregar uma tarefa, a ser especificada ao longo do curso, que será avaliada pelos tutores supervisores e referendada pela assessoria técnica da Comissão Municipal de Direitos Humanos.

Ao final do curso os participantes que realizaram todas as atividades satisfatoriamente receberão um certificado de conclusão.

Inscrições

As inscrições serão realizadas a partir do dia 13 de julho de 2010 pelo site:

http://ead.prodam.sp.gov.br/course/view.php?id=25

Todo o procedimento das inscrições, bem como o curso, será realizado diretamente no ambiente moodle.

Veja como fazer:
1- Preencha o campo denominado RF com os sete primeiros dígitos do Registro Funcional;
2 - Preencha o campo denominado senha com a senha: prodam (em letras minúsculas).
3 – Após ter efetuado a sua inscrição você, participante inscrito, vai receber uma confirmação em seu e-mail cadastrado no SIGPEC (e-mail funcional da PMSP).

Observação: caso não tenha seu e-mail cadastrado no SIGPEC, no ambiente de inscrição será aberto um perfil para que informações adicionais sejam preenchidas e se cadastre o e-mail.

O Poder de Coerção das Guardas Municipais

Autor: Ricardo Franco de Melo
Inspetor da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo

Muito se questiona acerca do poder que têm as Guardas Municipais. Alguns entendem que é polícia de fato e de direito, outros, que não é por aí. Seguem as discussões, e quem sai perdendo sempre é a sociedade.

Há dúvidas até com relação da necessidade de ser editada uma lei federal para regulamentar as ações das Guardas Municipais por causa do texto contido no Artigo 144,§ 8º, que diz: “Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.” Grifei.

Vou discorrer as questões levantadas nos dois parágrafos anteriores começando pelo segundo.

A que lei se refere o texto constitucional?

A criação de Guarda Municipal está baseada em um princípio institutivo permissivo, pois não obriga os municípios à criação dessas instituições, mas faculta. Ocorre que uma vez criada pela lei municipal, não poderá ter suas atribuições extrapoladas pelos limites constitucionais, e essa, por enquanto, é a regra.

Sendo assim, penso que a “lei” a que se refere o § 8º do art. 144 é a própria lei municipal que cria a Guarda Municipal. Essa “lei” não poderá atribuir funções que não estejam ligadas à proteção dos bens, serviços e instalações; sob pena de ter sua constitucionalidade questionada, como já ocorreu com uma lei da cidade de São Paulo, Lei 13866/04.

Com relação ao primeiro, estamos muito acostumados ouvir a definição de Poder de Polícia como sendo aquele constante no art. 78 do Código Tributário Nacional, que diz sinteticamente: “poder de polícia é a atividade da administração pública que limita ou disciplina direito, interesse ou liberdade...em razão de interesse público...”

E daí? O que isso quer dizer? O que devem fazer os Guardas Municipais? Tem eles o “poder de polícia”?

Acredito que sim, ou seja, no limite do exercício de suas atribuições legais. O poder de polícia é conferido às Guardas Municipais em determinadas atribuições, e apenas nelas, tal qual os limites das atribuições das demais polícias, como por exemplo, a Rodoviária Federal, que tem suas funções, a grosso modo, adstritas às rodovias federais.

A título de ilustração, pergunto: Poderia um policial rodoviário federal fazer um bloqueio em uma avenida municipal situada no centro da cidade?

Para responder essa pergunta, devo lembrar que, embora o policial rodoviário federal tenha poder de polícia, suas atribuições não autorizam o seu exercício no caso questionado. Portanto, acredito que um bloqueio da PRF feito no exemplo acima caracterizaria uma “usurpação de função”, contudo, não significando que ela não tenha o “Poder de Polícia”.

O mesmo ocorre com Guardas Municipais, que tem poder de polícia para atuar dentro de suas atribuições, a exemplo da fiscalização do comércio ilegal de ambulante na cidade de São Paulo. Já em relação a fazer bloqueios, ou seja, fiscalizar condutores e veículos, não havendo delegação do serviço estadual para essa finalidade, caracterizaria uma “usurpação de função” ou extrapolação dos limites do poder de polícia, jamais ausência de “poder de polícia”

Para que a GM pudesse praticar estas atividades, deveriam constar no rol de suas atribuições, deveria estar autorizado por delegação do detentor daquele poder e, para ter maior garantia, um julgamento favorável pelo Tribunal de Justiça sobre a constitucionalidade, como aconteceu em decisão recente sobre o poder de autuação no trânsito da GM de BH, que acabou saindo vencedora nesse litígio.

Gostem ou não, o tão falado “poder de polícia” é conferido sim aos Guardas Municipais, no entanto, o seu limite vem estabelecido de acordo com as atribuições que a lei lhe confere.

Quando a Constituição Federal diz que segurança pública é responsabilidade do Estado não quer dizer estado-membro e sim todos os entes autônomos (União, estado-membro, Distrito Federal e Municípios). Portanto, o município tem dever de segurança pública e o faz por meio de Guardas Municipais, agentes vistores, agentes de trânsito e assim por diante, cada um praticando seu rol de atribuições.

A segurança pública se faz por meio do exercício do poder de polícia que se caracteriza por auto-execução, discricionariedade e principalmente poder de coerção, sendo este último de suma importância, pois dará segurança jurídica na atuação das Guardas Municipais em defesa da segurança pública.

O que precisamos ressaltar e esclarecer é que as Guardas Municipais têm suas atribuições precípuas voltadas para proteção de bens, serviços e instalações, porém muito têm contribuído com as polícias civil e militar, com várias prisões em flagrantes etc.

Volto a insistir que as GMs têm que deixar muito claro qual é o poder de coerção que seus integrantes possuem. De nada adianta criar uma GM sem diretriz clara do que ela vai fazer, principalmente, de como fazer (meios e procedimentos).

Para ilustrarmos a importância desse poder de coerção, pense: Qual o motivo que faz as pessoas respeitarem um radar ou um semáforo eletrônico? É exatamente o poder de coerção do ato administrativo que, no caso, nem precisou ter a presença de um agente. O desrespeito às funções daqueles instrumentos pode custar caro ao infrator, e esse é o motivo que o leva a respeitar a regra.

Muitas das Guardas Municipais deixam de ser respeitadas em razão da ausência de um instrumento legal de coerção, ou seja, ausência de uma sanção legal que elas possam imputar aos infratores das normas que elas procuram proteger.

Portanto, temos que pensar da mesma forma em fornecer instrumentos legais para que os Guardas Municipais imponham a vontade da Administração Pública, e possam desempenhar suas funções com meios adequados, com procedimentos padronizados, que ofereçam segurança jurídica e impute consequencias aos infratores. Agindo dessa forma, as GM certamente propiciarão um ambiente seguro ao cidadão

Chover no molhado em relação a outras discussões como, por exemplo, se a GM pode prender ou não, é perda de tempo. Uma vez configurada ação tipificada como crime, tendo condições de agir, o Guarda Municipal pode prender assim como tem prendido ao longo dos anos. Várias foram as prisões em flagrante delito realizadas por GM, e assim continuará sendo.

Aqueles que andam à margem da lei já sabem que não poderão praticar atos criminosos na frente de Guardas Municipais, pois arcarão com sua liberdade. Alegar que o Guarda não pode prender é coisa ultrapassada, é apenas o exercício do direito de espernear.



domingo, 11 de julho de 2010

Ascender na Carreira

Autor: Wagner Pereira

As Guardas Municipais em sua maioria possuem características militar, pois sofrem forte influência das Forças Armadas Brasileiras e das Policiais Militares, que focam na hierarquia e disciplina para o fortalecimento e união do efetivo das Corporações.

As carreiras são forjadas num sistema de pirâmide, dividido em praças, graduados, oficiais e alto comando, em que para se chegar ao posto mais alto, o interessado deve passar por todos os cargos da carreira.

Entretanto, a realidade é bem diferente, observamos desunião e desmotivação do efetivo, pois a hierarquia e disciplina são impostas por regulamentos rígidos e conservadores que influenciam diretamente na ascensão da carreira, vinculando o comportamento ao acesso para promoção, além de privilegiar mais a antiguidade que o mérito, impedindo que um subordinado possa ultrapassar seu superior na carreira.

Geralmente, para concorrer ao acesso, os postulantes devem ter no mínimo 3 (três) anos no cargo atual, numa carreira com 8 (oito) cargos para se chegar ao topo serão necessários 24 (vinte e quatro) anos na carreira.

Num primeiro momento parece razoável, mas os concursos não ocorrem de 03 (três) em 03 (três) anos, demoram em algumas ocasiões mais de 10 (dez) anos, travando assim a carreira, não sendo difícil termos Guardas Municipais com mais de 20 (vinte) anos na carreira que não conseguem ascender ao nível de graduado.

O resultado é uma estrutura de comando envelhecida, pois não há renovação, gerando insatisfação aos subordinados que continuam sendo meros cumpridores de ordens.

Tanto se fala sobre modelos de gestão e valorização profissional, mas o acesso na carreira parece ser algo traumático, ninguém quer discutir, não adianta criar novos planos de carreira, foi demonstrado que mais desagrada do que agrada, gerando inúmeras ações judiciais para correção de algumas injustiças.

O comportamento disciplinar deve favorecer aquele que não tenha sofrido sanções e não imputar nova punição como impedimento de concorrer ao acesso.

A realização de concurso de acesso anual pode ser viável, desde que haja um planejamento baseado no quadro atual para os próximos 10 (dez) anos, analisando no final de cada exercício o número de exonerações, demissões, aposentadorias e ingresso de novos servidores.

sábado, 10 de julho de 2010

Agradecimento

Autora: Maria da Conceição do Monte Silva
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo


Já mais vou me esquecer 1986...

Dia frio e mais ou menos de 10.000 inscritos no Concurso da GCM realizado na FATEC, e eu era uma das inscritas, as Guardas e Oficiais já preparados a época impecáveis com suas botas de cano longo e casacos de frio longo lindo!!!!

Hoje ao me despedir de todos, vejo passa o filme de minha trajetória de vida nesta Corporação...

Os desfiles de sete de Setembro, que honra!

Que glamour o coração parece explodir quando soava as cornetas anunciando o inicio do rompimento da marcha para o desfile, as formaturas dos amigos, as apresentações em desfiles de bairro, as primeiras ocorrências, os lugares por onde e trabalhei e fiz amigos, as aulas ministradas aos alunos deste Centro de Formação aos amigos que continuam tanto da GCM, como de outras Secretarias.

Aposentei-me, dei tudo de mim com amor, atitude e acima de tudo sinceridade, honestidade e humildade despeço de todos os componentes da GCM, mesmo aqueles a quem não ministrei aulas, peço a Deus sempre que os protejam e que sigam com confiança e sejam humildes e atuem com prudência e principalmente honre a farda que irão ostentar, pois a partir do momento que você fez sua escolha tem que seguir em frente com garra e compromisso.

Aos meus pares, obrigado por serem meus companheiros de luta, aos Oficiais por tudo que me ensinaram , amo a todos com o mesmo carinho e muitas saudades.

Gostaria de enaltecer o nome de cada um que fez parte de minha vida, mas são tantos que é melhor que eu os gurde em meu coração , já mais os esquecerei.


“Por mais humilde que seja a Profissão, é digna de respeito e consideração”
Dinamor

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Marquise

Autor: Sérgio Luiz Pereira de Souza

Dias atrás, certa pessoa detentora de cargo público discursando em propaganda política de seu partido, não vem ao caso seu nome nem legenda, iniciava dizendo que o crescimento de um país não se mede pelo consumo de automóveis e aparelhos domésticos.

É a pura verdade.

Mesmo sabendo que falar é fácil, pois se trata de pessoa com poder público que pode e deve trabalhar para que essa não continue sendo a máscara que encobre a real situação do país.

Quero crer e espero que essa digna representante do povo paulistano esteja trabalhando para mudar essa intenção enganosa. Pois penso que antes de exaltar o consumismo desenfreado que por vezes coloca o consumidor nas “listas negras” do comércio, deveríamos ter, com clareza, informações sobre outros medidores de crescimento, tais como educação, saúde e habitação.

Comprar nunca esteve tão fácil como nos dias de hoje, mas pagar...

Vemos nas propagandas o anúncio de construção e entrega de novas escolas (técnicas ou não), universidades, hospitais, moradias. Se existem as escolas, a educação não é de qualidade, acesso a saúde com qualidade está difícil até para quem paga, e caro, um convênio médico.

A inflação se está nos baixos níveis anunciados ainda assim supera os reajustes salariais que na maioria dos casos nem são respeitados, nossa categoria está entre as quais não vêem tais reposições há anos.

Casa própria?

Não é para qualquer um, empenhar parte de seu ganho para arcar com os planos de financiamento oferecidos, nem em sonho.

Este é o ponto, moradia.

Não sou adepto do assistencialismo, mas convenhamos não dá para virar as costas e fechar os olhos para certas situações que agridem nossa sensibilidade ante a falta da dignidade humana, tendo em vista o grande número de sem teto que “habitam” essa cidade.

É difícil manter a indiferença diante do que salta aos nossos olhos, corpos enrolados em papelão buscando abrigo do frio cortante sob as marquises de edifícios, alguns empresariais, dos quais sediam instituições financeiras, paradoxalmente expondo como vivem em condições de extrema miséria muitos cidadãos que por um motivo ou outro se encontram em situação tão deplorável.

Independente dos caminhos que levaram essas pessoas a essa situação, merecem assistência, sobretudo dos órgãos “competentes” que sabemos existem para isso. Tal assistência não pode se limitar apenas ao recolhimento noturno, isso quando se dá, mas sim fornecer àqueles que queiram assistência adequada, assistência no verdadeiro sentido da palavra, a fim de resgatar o mínimo da auto-estima e dignidade perdida que são próprias para a sobrevivência do ser humano.

Quanto ao crescimento econômico que tanto se exalta, quanto a superação da crise mundial, a tal “marolinha” que ainda assombra o mundo, até quando a miséria de uns irá financiar o suposto equilíbrio em que se encontra nosso país?

Que não dure até todas as marquises desta cidade forem tomadas como refúgio noturno por aqueles que não conseguiram superar suas “marolinhas” pessoais.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Até Quando Esperar?

Autor: Wagner Pereira

A tão sonhada valorização na carreira da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo foi anunciada de forma oficial através do Comunicado 81/10 da Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria Municipal de Segurança Urbana publicado nos Blogs da Associação de Inspetores das Guardas Municipais, Guarda Civil de São Paulo – Canil, Amigos da Guarda Civil e GCM Carlinhos Silva.

A proposta Administração Pública Municipal consiste no envio de 4 (quatro) projetos de Lei para apreciação e eventual votação na Câmara Municipal, que criam as gratificações de Comando, de Motorista e Motociclista, de Desempenho e de Locais de Difícil Preenchimento.

Anuncia ainda que tramita Projeto de Lei que cria a gratificação por exercício de atividade operacional diferenciada e que continuam os esforços para aumento no percentual do Regime Especial de Trabalho Policial – R.E.T.P. e equiparação à remuneração básica de nível médio da Prefeitura.

Seria interessante que fosse divulgado de forma oficial e na integra esses projetos, pois pairam algumas duvidas sobre o cálculo dessas gratificações, uma vez que os valores, percentuais e base de cálculo não foram divulgados, além se seriam incorporáveis após o recebimento por 5 (cinco) anos, conforme regra geral de algumas gratificações.

Observamos que a totalidade do efetivo eventualmente fará jus somente a gratificação de desempenho baseada na metas estabelecidas e no programas prioritários, pois as demais são específicas a função e ao local de trabalho.

O Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo – SINDGUARDAS publicou em seu Portal nota sobre as negociações e que a categoria não considera a proposta do Governo como valorização salarial.

A equiparação da tabela de vencimentos dos profissionais da Guarda Civil Metropolitana aos profissionais de nível médio e aumento do percentual do R.E.T.P. são prerrogativas exclusivas do Executivo Municipal, pois a equiparação corrige uma anomalia jurídica, por ser uma exigência do concurso de ingresso a escolaridade mínima de nível médio, e o aumento no percentual está previsto no artigo 19 da Lei 13.768/04, medida adotada anteriormente através do Decreto nº 47.691/06.

A gratificação por exercício de atividade operacional equipara-se a atividade delegada criada pela Lei nº 14.977/09 e regulamentada pelo Decreto nº 50.994/09, que remunera o trabalho em horário de folga, porém, caso aprovadas as gratificações elas incidiriam umas sobre as outras, pois ao trabalhar em sua folga o motorista na área central receberia as respectivas gratificações por função e localidade?

Embora a Administração Municipal e SINDGUARDAS deixem claro que continuam as negociações para aumento real no salário base e no percentual do R.E.T.P., podemos ter em 2011 o salário inferior ao mínimo nacional, pois ao estadual já o é.

Lembrando minha querida Plebe e Rude

Não é nossa culpa
Nascemos já com uma bênção
Mas isso não é desculpa
Pela má distribuição
Com tanta riqueza por aí, onde é que está
Cadê sua fração
Até quando esperar?
A plebe ajoelhar
Esperando a ajuda do divino Deus.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Corrupção, demagogia e apatia.

Autor: Alírio França Vilas Boas

A palavra corrupção deriva do latim, significando quebrado aos pedaços, apodrecido e pútrido. Já corrupção na política significa o uso ilegal, dos governantes, funcionários públicos e agentes privados, com o objetivo de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para determinados indivíduos ou grupos de indivíduos ligados por laços comuns de interesses.

Demagogia é a condução de um povo a uma falsa situação. Com a proposta de algo que não se pode colocar em prática, apenas com o intuíto de obter vantagens. Na política é a arte de prometer “mundos e fundos” que na realidade não se concretizam.

Apatia leva o indivíduo a ficar indolente, com falta de vontade e energia para mudar qualquer situação e sem disposição para o envolvimento em pról de algo que gere mudanças. Tempos idos em que a escola pregava estudos sobre vultos históricos, pelo ao menos uma vez por semana o canto do Hino Nacional, homens públicos corruptos execrados em todas as faixas sociais e até das conversas de bares.

Hoje o que dizer aos filhos e netos a respeito de tudo que está acontecendo. Como cobrar deles procedimento digno, correção de atitude e honestidade, se a comunidade está em cataclismo social.

A corrupção fenômeno que se confunde com a própria história humana, atinge sociedades em menor ou maior escala, gera problemas comprometedores da própria capacidade administrativa do órgão envolvido. Seu desempenho danoso mina setores importantes da sociedade, o social, o econômico e o político.

A corrupção pública está no foco dos debates mundiais. Em alguns casos o fenômeno tem se transformado em verdadeiros escândalos cinematográficos. Representantes do povo sabidamente corruptos em cargos públicos ou alhures sob seu domínio usa a mídia para pregar valores incompatíveis com a sua história de vida.

Urgente é a pratica da democracia, enquanto tem, e fazer valer o mecanismo colocado à disposição do povo (O VOTO).

Neste ano de 2010, temos mais uma vez a grande oportunidade de banir do poder tais personagens, que na sua grande maioria são uns verdadeiros agentes corruptos cristalizados nas três esferas do poder: Federal, Estadual e Municipal.

Em conseqüência nossas instituições perdem a credibilidade, o povo a referência e o descalabro da criminalidade proliferam assustadoramente. Sobrando a culpa desta última, aos órgãos responsáveis pela Segurança Urbana. Quando a população quer imputar toda a culpa pela falta de segurança, à Polícia Militar, Polícia Civil e hoje até as Guardas Civis Municipais, sendo que as soluções dos problemas estão na outra ponta, ou seja, nos legisladores. Coloca em risco não só a segurança das Instituições, dos Patriotas, mas principalmente o destino da Nação.

A onda desenfreada da criminalidade, espelhada no nefasto exemplo da corrupção, a falta clara de punição ao infrator, e o descaso de todos, torna digressivo o papel do homem de bem na sociedade, que arca com a conta e acata com apatia os desmandos patrocinados pelos representantes eleitos, encarregados pelo povo para proporcionar o bem estar social, a defesa da ética, dos bons costumes e da moral.


sábado, 3 de julho de 2010

Para dizer que não esqueci da Copa do Mundo.

Autor: Wagner Pereira

Numa tarde de dezembro de 1989, andava cabisbaixo pelas ruas da Região Central da Cidade de São Paulo, não acreditava no resultado das eleições presidenciais, a elite burguesa vencia com o apoio popular, o movimento estudantil estava de luto, o sonho acabara.

Entretanto, vi um adesivo num carro, um Escort cinza, a frase "Nunca um pesadelo me impedirá de sonhar", nos dois anos seguintes está foi a capa do meu caderno.

O tempo passou e o sonho se tornou realidade, porém já não era mais meu sonho, a estrela já não me encatava mais.

Ontem, a nação verde e amarela ostentava seu uniforme o azul e amarelo, com a cruz de malta no peito, nossos guerreiros estavam determinados a vitória, começamos arrasadores, mesmo contra as interpretações contraditórias do nosso arbitro, mas o inexplicável aconteceu, ficamos com a derrota.

Nossos aventureiros, técnicos e especialistas iniciaram a caça as bruxas:

A culpa é do Ricardo Teixeira, pois escolheu um técnico inexperiente, também nunca jogou futebol.

Então, a culpa é do técnico pela falta de comando, mas o Dunga foi jogador, chegou a capitão, sabe das dificuldades dos jogadores, porém não entra em campo, a estratégia falhou por que as ordens não foram cumpridas, gol contra, falha de marcação e jogador expulso.

Então foram os jogadores com seus salários milionários?

Que salário! Ganham muito mais nos seus clubes, faltou liderança, o Lúcio não organizou a zaga, permitiu duas falhas incríveis, mas é capitão, na verdade o problema foi o goleiro.

O arqueiro Júlio César, ficou assistindo e reclamando, fica aqui, fica ali, mas quando precisou fazer sua parte, não o fez, e disse "os melhores também falham", foi atrapalhado pelo Felipe Melo que fez contra e pelo Juan e Maicon que ficaram plantados no chão e mal posicionados, são um bando de indisciplinados

A culpa é do Juan, devia ter dominado a bola ou jogado para lateral, preferiu ceder escanteio, Tommy Lee gol.

E o gol contra do Felipe Melo, temos que apurar com rigor, não importa o lance de genialidade do primeiro gol, não fez mais que a obrigação, não procedeu de forma de dignificar a escrete canarinho, não podemos esquecer que tudo se iniciou com o ato irresponsável do Michel Bastos, que foi advertido imediatamente com o cartão amarelo, mas vamos apurar o seu posicionamento no momento do gol.

A expulsão é inaceitável, jogador brasileiro não faz falta, não bate, não xinga, não catimba, isto é atribuição dos argentinos, vamos afastar o jogador imediatamente do time, não podemos admitir este tipo de conduta, com certeza não fará mais parte do nosso grupo.

A culpa é do Elano, inadmissível, se machucar no meio da copa do mundo, a pancada do jogador da Costa do Marfim nem foi tão forte, frescura pura, na próxima copa jogador machucado vai ficar no banco, auxiliar o preparador físico, carregar água, maca, tem que fazer alguma coisa.

A culpa é do Ramirez por ser indisciplinado não pode jogar, prejudicou a equipe.

A culpa é do experiente Kaká, com sua classe de primeira, não ajudou a marcação, ficou olhando um monte de Holandeses e não fez nada, preferiu ficar conversando no meio campo com Luis Fabiano, Gilberto Silva, Daniel Alves, Gilberto e com o Robinho, este pelo menos fez gol.

A culpa é do Nilmar, jovem com vigor, iniciante em copa do mundo, preferiu se juntar a turma do Kaká no meio de campo para observar os holandeses passeando, não será aprovado no estágio probatório.

A Culpa é do arbitro, não marcou dois pênaltis no conversador Kaká.

E a Holanda?

Não merecia vencer, mais venceu.
A Seleção teve Comando, dentro e fora de campo, o time lutou, nós acreditamos, nem todos podem vencer.

Nos resta continuar torcendo pelo azul e amarelo, mas da Celeste Uruguaia.

Teremos que aguardar mais quatro anos para a Copa do Mundo no Brasil, na esperança de triunfar, neste caminho atentamos para outubro de 2010, no continuísmo da polarização política que enfraquece a nação, o vento da mudança talvez se materialize em outubro de 2012.

Continuo sonhando, mesmo tendo pesadelos.