Autor: Wagner Pereira
A gestão de pessoas talvez seja o maior problema das Guardas Municipais, principalmente quando são impostos conceitos de gestão de qualidade que não se aplicam a segurança pública, que embora possam transparecer a idéia de inovadores e modernos, são perigosos e ineficazes devido ao grau de complexidade das atividades desenvolvidas por estes profissionais.
A premissa que o especialista e o técnico estão fadados ao insucesso não transmite qualquer racionalidade, pois inimaginável que qualquer médico possa diagnosticar todas as doenças existentes, que o advogado domine todas as áreas do direito, que o professor domine todas matérias existentes, porém como exigir que um Guarda Municipal domine todas as peculiaridades do direito ambiental, da fiscalização do comércio ambulante, do morador de rua, do menor abandonado, código penal, direito constitucional, direito administrativo, leis especiais.
As Guardas Municipais necessitam de um planejamento estratégico que defina e qualifique seu efetivo para determinada ação, fundamentada no policiamento comunitário, criando grupamentos especializados e técnicos para o exercício das especificidades do poder de polícia administrativa, com critérios objetivos de ação para promover a satisfação e excelência no serviço prestado a população.
Estarrecedor o princípio de tratar a população como cliente, pois estabelece uma relação de consumo entre o poder público, quantificando o serviço prestado em metas, distorcendo o princípio de tutela do estado sobre a saúde, educação, segurança entre tantos outros.
A análise do perfil do efetivo deve ser prioritária, bem como, a promoção de condições adequadas de trabalho, inseridas no contexto de uma gestão operacional integrada e de administração participativa, fundamentada na valorização, experiência, comprometimento, profissionalismo e a qualificação do Guarda Municipal.
Afirmar que “os clientes” das Guardas Municipais são outros órgãos públicos, por ser coadjuvante na execução do poder de polícia administrativo municipal, gera o inconformismo, pois sua existência é fundamentada na proteção de bens, serviços e instalações, ou seja, o patrimônio municipal, seus agentes e seus usuários, que nada mais são que a própria população.
Majorar serviços essenciais com metas a serem alcançadas pelo poder público é burocratizar e retirar a autonomia de seus agentes, imaginem o desastre no plano de metas da saúde, segurança, habitação e educação na Cidade do Rio de Janeiro após a ação das chuvas.
A gestão de pessoas talvez seja o maior problema das Guardas Municipais, principalmente quando são impostos conceitos de gestão de qualidade que não se aplicam a segurança pública, que embora possam transparecer a idéia de inovadores e modernos, são perigosos e ineficazes devido ao grau de complexidade das atividades desenvolvidas por estes profissionais.
A premissa que o especialista e o técnico estão fadados ao insucesso não transmite qualquer racionalidade, pois inimaginável que qualquer médico possa diagnosticar todas as doenças existentes, que o advogado domine todas as áreas do direito, que o professor domine todas matérias existentes, porém como exigir que um Guarda Municipal domine todas as peculiaridades do direito ambiental, da fiscalização do comércio ambulante, do morador de rua, do menor abandonado, código penal, direito constitucional, direito administrativo, leis especiais.
As Guardas Municipais necessitam de um planejamento estratégico que defina e qualifique seu efetivo para determinada ação, fundamentada no policiamento comunitário, criando grupamentos especializados e técnicos para o exercício das especificidades do poder de polícia administrativa, com critérios objetivos de ação para promover a satisfação e excelência no serviço prestado a população.
Estarrecedor o princípio de tratar a população como cliente, pois estabelece uma relação de consumo entre o poder público, quantificando o serviço prestado em metas, distorcendo o princípio de tutela do estado sobre a saúde, educação, segurança entre tantos outros.
A análise do perfil do efetivo deve ser prioritária, bem como, a promoção de condições adequadas de trabalho, inseridas no contexto de uma gestão operacional integrada e de administração participativa, fundamentada na valorização, experiência, comprometimento, profissionalismo e a qualificação do Guarda Municipal.
Afirmar que “os clientes” das Guardas Municipais são outros órgãos públicos, por ser coadjuvante na execução do poder de polícia administrativo municipal, gera o inconformismo, pois sua existência é fundamentada na proteção de bens, serviços e instalações, ou seja, o patrimônio municipal, seus agentes e seus usuários, que nada mais são que a própria população.
Majorar serviços essenciais com metas a serem alcançadas pelo poder público é burocratizar e retirar a autonomia de seus agentes, imaginem o desastre no plano de metas da saúde, segurança, habitação e educação na Cidade do Rio de Janeiro após a ação das chuvas.
Bombeiros, Defesa Civil, Policias, médicos, enfermeiros, entre outros servidores que tem como cliente a Prefeitura, deveriam argumentar que isto não faz parte do plano de metas.
Neste caso devemos demitir o gerente?
Infelizmente o gerenciamento ineficiente torna qualquer ato de gestão ineficaz, o resultado pode ser comparado a um câncer que, embora tratado com toda sua profilaxia, acaba por deixar seqüelas.
ResponderExcluirSe resolve-se extirpar convive-se com as cicatrizes e a constante dúvida de novo "progresso", pois o câncer progride!
Se tentamos "controlar" a doença convivemos com a possibilidade de infecção dos demais órgãos...
Caros Amigos Municipais,
ResponderExcluirNão há politica salarial pública, passam os governos e nada muda, são migalhas de tempos em tempos, tecnocratas políticos que definem os rumos do serviço público, que vivem inventando soluções e nós pagamos a conta
Na Roma antiga, a escravidão na zona rural fez com que vários camponeses perdessem o emprego e migrassem. O crescimento urbano acabou gerando problemas sociais e o imperador, com medo que a população se revoltasse com a falta de emprego e exigisse melhores condições de vida, acabou criando a política “panem et circenses”, a política do pão e circo. Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.
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