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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Auto Penitência

Autor: Marcos Luiz Gonçalves

O artigo "Punição x Orientação", de autoria de Marcos Bazzana Delgado, reflete uma realidade, porém não existem culpados, pois a ineficiência de nosso sistema representa os anseios de seus integrantes, os quais muitos se preocupam em ostentar o poder do mando, indiferente da classe que ocupam.

Percebe-se que existe uma contaminação maciça, podendo ser considerada como uma epidemia, que corrompe os ideais e promove o individualismo, através da propagação de continuidade das mazelas institucionais, a qual afeta a todos que a integram, mazelas estas que, de forma abusiva, retira do profissional a esperança de uma cura, ou oportunidades de melhoras, forçando-os a praticarem atividades paralelas que possam lhe garantir uma melhor forma de viver.

Desta forma vemos prevalecer o pensamento individual sobre as necessidades coletivas, meio oportuno de liquidar uma instituição, proporcionando o fortalecimento do pensamento negativo, o qual deixa explicita a ineficiência e esta está evidenciada na forma de conduzir e não na execução das tarefas, pois a árdua tarefa de conduzir está relacionada à severa necessidade de fortalecimento do grupo, ou melhor, do pensamento que mantém o grupo.

Claro que os superiores hierárquicos têm a nobre função de conduzir, porém o que se percebe é a falta de qualificação e capacitação, para tanto há necessidade de investimento no profissional. Na administração moderna não nos prendemos em discursos, os quais aparentam beleza, somente, mas temos a prática de conceitos como essencial para a sobrevivência harmoniosa de um órgão. O que se vê é a fala da integração, porém falamos de integração sem haver preocupação em nos integramos, assim temos várias partes, as quais, em sua soma, estão longe de um todo.

Nossa visão atual é de que devemos nos punir, creio que incorporamos a auto penitência, pois acreditamos que quanto mais sofrermos mais mereceremos o reconhecimento querido. Pensamento medieval, pois não mostra nossa qualidade e sim nossa deficiência, considerando que o sofrimento é uma qualidade daquele que é contumaz no cometimento de erros. Assim puna-se, assim sofra e aprenda a não errar.

Agora abandonar nossas crenças depende de uma necessidade iminente que implique em uma alteração de nossas rotinas que venha a trazer o prejuízo a todos, principalmente àqueles que detêm o mando. Mudamos por necessidade de sobrevivência, assim é a lei da natureza unida à capacidade de adaptação do ser humano diante de acontecimentos adversos.

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