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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Atividade Delegada e a geração de empregos.

Autor: Wagner Pereira

O resultado da eleição de 2010 promoverá poucas mudanças na segurança pública no âmbito do Estado de São Paulo, com certeza assistiremos o fortalecimento da Atividade Delegada que se tornou a grande revolução na gestão e valorização profissional.

Não há qualquer manifestação sobre a legalidade do Policial Militar e Civil ter como fonte pagadora dois entes públicos distintos, Estado e Municípios, ou se há violação no limite de horas trabalhadas mensalmente, pois são 15 dias pagos pelo Estado e até 10 dias pelo Município, podendo totalizar 25 dias de trabalho por mês.

Entretanto, o número de dias pode chegar a 27, pois os Policiais poderão trabalhar 12 dias, num limite de 96 horas mensais, ou seja, 8 horas diárias, segundo a matéria “10 mil PMs vão fiscalizar até descarte de entulho”, publicado no Portal Estadão.

A expansão parece na ter fim, são vários serviços públicos envolvidos, como fiscalização do comércio ambulante, descarte de entulhos, morador de rua, trânsito, chegando ao ponto de ser um dos articuladores da zeladoria da Cidade de São Paulo, nos fazendo crer que essas questões passaram ser caso de polícia, não tendo mais espaço para a Companhia de Engenharia de Tráfego, Assistência Social, Agentes Vistores, motorista do SAMU e por razões obvias de Guardas Municipais.

A contratação de 10 mil Policiais Militares para prestarem serviços nas Prefeituras demonstra o descompromisso com a geração de empregos, pois ao invés de criar novas oportunidades à população, se contrata aqueles que já possuem emprego.

A imprensa divulga que o valor pago a cada Policial pode chegar à R$ 1.800,00, que multiplicados por 10.000, teremos um investimento de 18 milhões de reais empregados mensalmente na Atividade Delegada, essa é a nova política de governo para a segurança pública em São Paulo, que oficializou a jornada dupla de trabalho aos Policiais.

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