O desempenho dos Guardas Municipais que disputaram os cargos de Deputado Federal e Estadual foi abaixo das expectativas, não sendo possível a eleição para nenhum dos cargos.
O principal candidato Carlinhos Silva (Antônio Carlos Alves da Silva) do Partido Verde postulava o cargo de Deputado Federal, a princípio era o candidato único de todas as Guardas Municipais do Estado de São Paulo, tendo grande aceitação nos vários municípios por onde a campanha passou, foram visitadas mais de 170 Corporações, porém, obteve 12.721 votos, muito distante dos 59.209 votos recebidos pelo último candidato eleito por seu partido.
Entretanto, na manhã de hoje tivemos a notícia da candidatura de José Edivaldo Cardozo do Partido Social Liberal, que obteve 628 votos, enquanto o candidato mais votado do seu Partido obteve 15.043, insuficiente para eleição de ambos, apesar de estar coligado com Partido Socialista Brasileiro que teve como principal puxador de votos Gabriel Chalita, além de Luiza Erundina, ex-Prefeita de São Paulo.
A situação dos candidatos ao cargo de Deputado Estadual era mais difícil, pois registramos a existência de 4 candidaturas, de CD Naval (Maurício Domingues da Silva) do Partido Verde, de Joselito (Joselito de Sousa Lima) do Partido Comunista do Brasil, de CD Junior (José Batista Ferreira Junior) do Partido Socialismo e Liberdade, de CD Paschoal (Jorge Roberto Paschoal Correa) do Partido Social Liberal, que fragmentou o poder do voto azul marinho, embora somados não seriam suficientes para eleger um candidato.
Joselito obteve 9.840 votos, sendo que o último candidato eleito pelo Partido Comunista do Brasil obteve 67.758 votos,
CD Naval obteve 5.858 votos, sendo que último candidato eleito pelo Partido Verde obteve 37.618 votos.
CD Junior não teve sua votação divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral, pois sua candidatura está indeferida com recurso.
O momento requer profunda reflexão para analisar os motivos que levaram aos Guardas Municipais do Estado a não se engajarem na luta pela eleição de um de seus membros ao Congresso Nacional ou à Assembléia Legislativa, ainda mais num momento tão delicado em que o novo parlamento discutirá profundas reformas no sistema de segurança pública como desmilitarização, unificação, municipalização, aposentadoria especial, piso nacional mínimo, escolaridade, poder de polícia, infelizmente não teremos um representante para discutir o futuro do papel das Guardas Municipais.
No caso dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo há algumas conjecturas no horizonte, pois nas eleições municipais de 2012 há uma tendência de um número maior de candidaturas, que fragmentará novamente o poder de voto da categoria.
As entidades de classe devem se mobilizar desde já para a construção de uma candidatura única fortalecida pelo debate, em que interesses individuais não sobreponham os interesses da Corporação.
Olá nobre Wagner!
ResponderExcluirParabéns pelo artigo.A falta de amadurecimento e conscientização de todos os entes: (candidatos e eleitoresinternamente falando)é a principal causa das derrotas nos pleitos do passado e do presente.