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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Guarda Civil - Eis a questão! - Parte VIII

Autor: Wagner Pereira

O número de exonerações a pedido da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo no mês de outubro manteve sua tendência de alta com 15 pedidos publicados no Diário Oficial da Cidade, superando a média mensal de 13 pedidos, chegando aos inacreditáveis 133 pedidos acumulados em 2010.

A desmotivação do efetivo atinge níveis alarmantes, não sendo somente mensurada pelo excessivo número de exonerações a pedido, mas por outros fatores como 496 GCM’s de licença médica há mais de 60 dias, 31 afastamentos por faltas, dados constantes na Portaria nº 379/SMSU/2010, publicada no Diário Oficial da Cidade de 30/10/2010.

A apresentação do pacote de valorização salarial anunciado pela Secretaria Municipal de Segurança Urbana não foi suficiente para estancar os impressionantes índices de pedidos de exoneração, mesmo com a sinalização da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa da Câmara Municipal pela aprovação dos projetos enviados pelo Executivo Municipal, remetendo a reflexão que o problema é mais profundo.

A publicação do edital para a realização de concurso interno de acesso para o cargo Classe Distinta fragmenta ainda mais o efetivo, pois o maior contingente, que são os GCM’s de 2ª Classe foram preteridos novamente, pela não realização do concurso interno de acesso para o cargo de 1ª Classe, embora este esteja autorizado pelo Prefeito, conforme despacho publicado no Diário Oficial da Cidade de 18.10.08, prevendo o provimento de 117 cargos, não podemos esquecer que teoricamente estas vagas devem ser acrescidas pelos 12 GCM’s 1ª Classe aprovados no concurso interno de acesso para o cargo de Classe Distinta realizado em 2008, mais 20 vagas dos GCM’s 1ª Classe que tiveram reconhecido judicialmente seu direito ao enquadramento ao cargo de Classe Distinta, conforme despacho publicado no Diário Oficial da Cidade de 30/09/09, perpetuando uma anomalia criada em 2004, quando a Lei nº 13.768/04 instituiu o novo Plano de Carreira, o fez sem projetar a evolução da carreira, criando uma pirâmide deformada no agrupamento dos cargos.

Não ocorrendo reajustes reais que permitam o resgate do poder de compra dos salários defasados ao longo dos anos e evolução funcional programática, dificilmente o quadro será revertido.

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4 comentários:

  1. Acredito, Wagner, que a desmotivação é gerada por diversos fatores, não apenas salarial. Como AGPP que trabalhou 3 anos na corporação, sempre ouvi de muitos colegas as reclamações com a carreira de GCM.
    Os colegas estão muito desmotivados com a carreira de um modo geral. Os mais novos pedem exoneração porque ainda podem, não estão ainda tão inseridos no serviço público, têm menos a perder. Conheço muitos colegas GCM que só estão na corporação porque ainda não passaram em outro concurso. Mas estão sempre estudando para isso.
    Os mais antigos aguentam todo o tipo de situação contrária porque acham que já não podem mais se dar ao luxo de pensar em sair, sem possibilidade de conseguir um novo emprego (na opinião deles, porque não concordo com isso).
    Acredito que cada um sabe onde “seu calo aperta”. Por mais desmotivados que estejam, os mais antigos não querem se arriscar a construir uma nova carreira, ir atrás de novos concursos públicos, reagir. É uma pena. Acho que nunca é tarde para recomeçar, mas enfim...
    E os mais novos vão à luta, passam em outros concursos públicos, ganham salários melhores e vão para empregos onde são mais valorizados e motivados.

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  2. Os pedidos de exoneração é quase em sua totalidade de GCM,s de 2ª classe e 3ª classe; acredito que isto ocorre pelo absurdo do Plano de Carreira, que obriga os GCM,s de 2ª classe prestarem concurso interno de provas e títulos para acessarem a 1ª classe ( porque absurdo? Porque GCM,s de 2ª e 1ª classe pertencem ao mesmo nível hierárquico, o que difere um do outro é somente a antiquidade, ou seja, a precedência funcional). A solução para tal problemática é simples, basta que os GCM,s de 2ª classe acessem a 1ª classe levando-se em consideração a antiquidade e o comportamento do servidor conforme o RD.
    Deixando para fazer provas e títulos quando houver o acesso de nível hierárquico, o objetivo da aplicação da prova e títulos é subir um degrau a mais na escala hierárquica da instituição, e do jeito que está os GCM,s de 2ª classe tem que fazer provas e títulos para continuar no mesmo degrau, atingindo somente a antiquidade, algo que é conseguido pelo próprio tempo na função.

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  3. OLA CAROS AMIGOS EM BREVE SERA CONSOLIDADO O QUE O COMANDO DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA TANTO QUER O FIM DA GUARDA CIVIL, POIS NADA FAZ PARA RESGATAR A ALTA ESTIMA DO GUARDA OU PELO MENOS MANTER UM PADRAO DE SERVIÇO NA GCM QUE NÓS TORNAM MAIS DIGNOS DE PRESTAR UM BOM SERVIÇO. VOU DAR UM EXEMPLO FORAM ALUGADO VIATURAS PARA DESEMPENHAR O SERVIÇO DA GCM DENTRO DO CONTRATO FALAVA QUE AO QUEBRAR UMA VIATURA LOGO SERIA SUBSTITUIDA POR OUTRA POIS E ISSO NAO ACONTECE DE FATO. NO FIM DESSE CONTRATO A GCM IRA DESEMPENHAR O QUE SOBROU DE FUNÇAO A PÉ. A RESPEITO DOS PEDIDOS DE BAIXA NA CORPORAÇAO JA ESTA FUNCIONANDO UM CURSO PARA TODOS OS GCM QUE QUEIA IR PARA OUTRAS CORPORAÇOES CHAMADO NOS ENSINAMOS A SAIR DA GUARDA CIVIL METROPOLITANA ESSE CURSO PARTICIPA GCMS DE 1º 2º E CLARO OS DE 3º CLASSE E ALGUNS CLASSES DISTINTAS. POIS SABEMOS QUE QUE QUER O FIM DA GCM NAO E OS CORONEIS PM E SIM INSPETORES QUE COMANDA A GCM.

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  4. gostaria de deixar aqui meu registro, ingressei na gcm em 1997, mantive um comportamento digno de um gmc exemplar, durante os meus 12 anos que trabalhei na corporação me orgulhei de muitos ocorrencias que conduzi ao dp. porem e dificil expressar-me pois talves poderia escrever um livro. Bem na verdade quero aqui dizer aos colegas gcms , que que em 2008 fiquei fustrao com o departamento de assistencia social, pois minha filha sofreu um acidente grave e porem não obtive apoio por parte da corporação no sentido de me apoiar psicologicamente, nem seguer alguem que representasse a corporação fosse a minha casa visitar a minha filha , que ora então quase a perdi. Portanto pedi uma LIP e infelismente não fui atendido ,muito precisava dessa licença para cuidar da minha filha, haja visto minha esposa ja não tinha mais estrutura para cuidar dela, então essa rolou durante aprox um ano e não foi deferido, muito pelo contrário , o secretário enviou a corredoria para me investigar se realmente eu estava cuidando da minha filha. Que absurdo, foi necessário eu ter que pedir exoneração para poder cuidar da minha filha, sem sequer poder usufruir de um direito que me é devido, fiquei extremamente chateado por tal atidude do secretário, pois ao inves de se preocupar em ajudar os gcms na suas dificuldades, ele os força a pedir exoneração . È lamentavel tal posicionamento desse comando com rela~çao ao pedido de LIP pelos servidores, Se tivesse me concedido ,acredito que teriamos um olhar diferente por este comando. Esse e um desabafo de um gcm que tanto honrou e trabalhou por esta corporação, PORTANTO ACREDITO QUE AINDA A TEMPO DE REVER ESSES CONCEITOS INADIMISSIVEIS

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