Autor: Wagner Pereira
A polêmica gerada com o artigo “Crise na Cidade do Rio de Janeiro. Guarda Municipal desarmada: Será que não é o momento de rediscutir o papel do governo local nas ações de segurança?”, elaborado por Marcos Bazzana Delgado, proporcionou neste final de semana uma discussão com pontos antagônicos sobre segurança pública.
A afirmação que devido ações conjuntas entre Polícia Civil e Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana é um dos fatores para as quedas da criminalidade no Estado de São Paulo, evidente que são primordiais para o combate ao crime, porém, a sensação do paulistano é de insegurança.
A contrariedade na concessão de armas de fogo para as Guardas Municipais foi um ponto controverso, ainda mais com a justificativa que esses agentes seriam levados ao enfrentamento aos criminosos que em legitima defesa poderiam se defender dos guardas armados.
A proposta foi infeliz, pois em sua concepção se inicia pelo Estado e não por aquele que decidiu violar as leis positivadas desse mesmo Estado, então qual seria a fórmula para que os traficantes do Rio de Janeiro se entregassem pacificamente?
Em nenhum o autor do artigo propõe que o cidadão venha andar armado, mas que profissionais treinados o façam com responsabilidade, novamente sendo infeliz o exemplo que o professor deveria dar aula armado em uma escola problemática, sendo contraditório ao afirmar que violência não se combate com segurança, mas sim com educação, como podemos ter escolas seguras, se em sua maioria sofrem influência do tráfico, principalmente as da rede pública.
Evidente que se a Guarda Municipal da Cidade do Rio de Janeiro estivesse armada poderia contribuir na ação policial desenvolvida, principalmente após a retirada da Marinha e Polícia Federal, podendo ser aplicados alguns conceitos de aproximação com a população dos bairros, sendo inseridas principalmente no ambiente escolar como referencial positivo a ser seguido.
Alguns direcionaram suas críticas a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, talvez influenciados pelos relatos de corrupção que destroem o Estado Brasileiro como um todo, portanto a de ser ter cautela com o amanhã, para que seja definido o rumo da própria Corporação que está em descrédito com a população, principalmente pelos relatos nos filmes “Tropa de Elite” e “Tropa de Elite 2”, o momento poderia ser de reconstrução e abrindo caminho para um sistema de segurança pública único.
Agradeço a parte em que me cita no artigo, mas fiquei desapontado que a publicação deste não me foi informada por e-mail como geralmente é. Enfim, mesmo sendo repetitivo, vou reafirmar meus argumentos, pois realmente acho que é um risco altíssimo armar uma polícia patrimonial como a GCM, independente do critério de responsabilidade para portar as armas. Pois acho que a violência atrai violência sim e não é com armas de fogo que se combate o crime, é com qualidade de vida!! A escola, por exemplo, pode deixar de ser dominada pelo tráfico quando derem seu verdadeiro valor, não a tratarem unicamente como lugar onde se largam os jovem para evitar que eles caiam na "vagabundagem" e começarem a ver como um local de cultura e integração da comunidade onde ela está instalada.
ResponderExcluirE já que foi citado o caso da guerra que teve no rio e o filme "Tropa de Elite 2", acho que é conveniente também comentar que ao ver o filme fica claro que o problema na cidade não vai ser combatido com essa expulsão dos mandantes dos tráficos enquanto o "sistema" que é relatado no filme se manter. Isso também fica claro se reavaliarmos a razão dessa guerra, que eu acho que vai além da manifestação violenta contra a instalação de UPPs e se lembrarmos que essa guerra "resolveu" um problema em 48h e que atormentava o Estado pelos últimos 40 anos.