Seguidores

domingo, 9 de maio de 2010

Proteção Escolar

Autor: Carlos Alberto Caetano

A proteção escolar sempre foi um dos pilares de nossa Instituição, promovia-se com a presença física do guarda civil a segurança destes locais, garantindo além da proteção do patrimônio publico e seus agentes, dos freqüentadores (alunos), e toda comunidade ao redor deste estabelecimento. Era uma marca da GCM paulistana, a proximidade com a população e assim era percebida e querida por esta.

Com o decorrer do tempo, nota-se, apesar de constar como serviço priorizado, que a GCM já não se faz presente nestas unidades escolares. O atendimento saiu do preventivo para o de emergência, ou seja, quando solicitada a GCM vai até a unidade, pela falta do guarda na escola, pois o ato delituoso costuma acontecer quando o indivíduo sente que não há resistência, quando não há o agente inibidor.

Busca-se na terceirização da segurança, uma alternativa para realizar esta vigilância, mas a de convir que vigias particulares, são apenas treinados para cuidar do patrimônio e não tem poder de polícia para assegurar a integridade física de funcionários, alunos e população.

Faz-se necessário que o Guarda Civil retorne às suas origens, estando presente no ambiente escolar, trabalho que dignifica a Instituição, para que não venhamos a perder este espaço de trabalho, pois constato que a ausência da GCM abre a oportunidade para que este serviço seja prestado pela Policia Militar, espaço que em primeiro lugar deve ser nosso cuidado.

O programa de proteção escolar, dentre os cinco estabelecidos para atuação da GCM, e no qual estaria em primeiro plano, deve servir de espaço para a coordenação de um projeto que eleve a imagem da corporação, criando novamente o vínculo junto as crianças e aos jovens com o policial, estabelecendo proximidade e auxiliando na educação destes que serão no futuro as pessoas que vão trabalhar para esta cidade crescer ainda mais.

Sem o recrutamento e especialização de novos guardas não haverá significativa mudança nesta situação de distanciamento do ambiente escolar, podendo acarretar na perda deste espaço, com o aumento das atividades delegadas de outras instituições.

18 comentários:

  1. Parabéns pela abordagem.

    Não sou favorável a terceirização pública ou privada, acredito na valorização profissional, mas na maioria dos casos ficam promovidas de forma utópica.

    As segurança nas escolas poderia resgatar a importância da Guarda Civil nesse segmento fundamental a construção de um sociedade justa e moderna, além de ser um referencial aos alunos e professores.

    ResponderExcluir
  2. Alexandre Silvestre9 de maio de 2010 às 21:33

    A sensação de insegurança nas escolas cresce a cada dia, são inúmeros casos de violência, a presença policial é fundamental para inibir este tipo de ações.

    ResponderExcluir
  3. A proteção escolar é o pilar maior da Guarda Civil, pois possibilita a aproximação do GCM com as famílias, desde o momento em que um responsável leva seu filho a escola com confiança que estará protegido nos alicerces do próprio municipal até o envolvimento do GCM com a comunidade local. O GCM é o primeiro exemplo de autoridade que as crianças percebem fora do contexto familiar. É a segurança "amiga" aos olhos da criança; aquele que vai protegê-la até que seus pais a busquem, é o modelo de moralidade e civismo que a criança respeita e confia. Ou como diz meu filho de 2 anos "é a polícia que não dá medo papai"!
    Talvez por isso que as Guardas Municipais ainda existam, pois é um exemplo aos olhos das crianças...
    Forte abraço.

    ResponderExcluir
  4. Parabéns pelo lúcido e coerente texto! Fala com conhecimento de causa. Em quantas unidades escolares já prestamos serviços: dezenas, centenas...? Quando não estávamos a pé, no policiamento fixo, rondávamos motorizados, caro CD Caetano! Muitas vezes sozinhos... Em reuniões de Consegs já defendiamos a presença permanente do policial com pouca adesão para nossas idéias. Conceitos como o policiamento comunitário, orientado para o problema, desordem, medo, polícia pacificadora, bases comunitárias, stakeholders (os parceiros) etç...
    já existiam e hoje estão sistematizados academicamente. Muitos que militam a favor da população, na aplicação da lei, na área da segurança pública já manejavam estas ferramentas buscando uma sociedade mais justa, próxima, menos desigual em todos os sentidos.
    Conhecedor que é da área educacional, abriu mão da carreira docente pública e particular em prol de nossa corporação. Poucos tiveram esta coragem. Além reputo que és um profissional admirado, escorreito, assim como os amigos Gonçalves, e Pereira e muitos outros em nossas fileiras.
    Novamente Parabéns! Orgulho-me em partilhar, e aprender contigo e profissionais com este cabedal. Continue colaborando. A GUARDA SOMOS NÓS!

    ResponderExcluir
  5. Preciosa abordagem, o caminho da GCM é esse, retornar as escolas e resgatar a identidade que nos foi tirada e nem sabemos porquê.

    ResponderExcluir
  6. A presença de Guardas nas escolas municipais traria tranquilidade aos pais que deixam seus filhos diariamente em ambientes sucetiveis a violência e drogas, infelizmente é a realidade do ensino público.

    Espero que continuem nessa luta pela conscientização não só dos agentes públicos, mas de todos que acessam este blog.

    muito obrigado!

    ResponderExcluir
  7. Foi com experiência de causa que resolvi discutir este tema, tendo trabalhado grande parte de minha carreira profissional nestas unidades escolares constatei a diferença em se ter um policial na porta de uma escola, percebia a satisfação de pais e profissionais da educação em ter na figura do guarda o sentimento de segurança e tranquilidade, fato que hoje já não se pode afirmar.
    A ronda motorizada existe e é um grande apoio, mas não supre todas as demandas, não podendo ser colocada como fator número um no policiamento escolar, ela acaba atuando após os fatos, que de certo não deveriam acontecer.

    ResponderExcluir
  8. Travamos diariamente batalhas memoráveis com alguns interlocutores que propõem ações mirabolantes, inventam o fogo e a roda diariamente, mas ao longo dos anos adquirimos experiência necessária para discutir com propriedade a segurança pública, estamos nos postos, nas escolas, nas ruas, nas praças promovendo a segurança urbana, por isso não sucumbimos as falácias hierarquizadas oriundas de seguimentos que nunca enfrentaram a violência de frente.
    Não buscamos o pessimismo ou otimismo, perdemos muito tempo com falsas promessas, queremos a realidade, respeito e valorização, não podemos permitir ser lembrados somente em anos de eleição municipal, temos que nos fortalecer e propormos soluções concretas para a nossa evolução.

    Caetano,

    muito obrigado por engajar nesta luta, tenho certeza que "Vozes Ecoam" como escreveu nosso amigo Machado.

    forte abraço

    ResponderExcluir
  9. Respeitar a experiência de quem executa o trabalho é essencial para o desenvolimento do serviço com excelência e satisfação dos seus usuários.

    A insegurança nas escolas públicas é triste, mas de fácil constatação.

    ResponderExcluir
  10. concordo com meu amigo caetano pois a base de politica da gcm sempre foi escola,para os pais é uma garantia que seus filhos estão sendo protegidos até porque é nas escolas que tem tráfico agora hoje uma politica fracassada que só,marginaliza a imagem da gcm é uma pena

    ResponderExcluir
  11. De fato a ação de presença é essencial para a manutenção da ordem, porém vivemos um momento de ausência, não por vontade própria, mas, como disse o grande amigo Pereira, por achismos, o que nos coloca na condição de meros conduzidos.
    Parabéns amigo Caetano!
    Gostaria que fosse diferente, fossemos ouvidos antes de se dar início em processos e que fossemos informados da importância das alterações e da execução de determinados procedimentos, pois sem nossa participação os projetos estão fadados ao fracasso.

    ResponderExcluir
  12. Daniel Henriques de Macêdo10 de maio de 2010 às 09:54

    Parabéns Caetano, pelo seu texto, o qual remete ao ótimo trabalho efetuado pela GCM nas escolas num passado não muito distante e que certamente deve ser posto em prática novamente.
    Suas palavras demonstram a experiência de quem atua na linha de frente e sabe da importância do contato com a comunidade para a GCM.Permitem um maior alinhamento estratégico entre a teotia e a prática o que resulatará na melhor qualidade do serviço prestado.
    De um historiador para outro, ressaltam o verdadeiro papel a ser ocupado pela GCM nos anais da história.
    Novamente meus parabens pela abordagem do tema.

    ResponderExcluir
  13. É, Caetano, bons tempos aqueles em que éramos felizes e não sabíamos. Quem sabe um dia possamos enxergar que a verdadeira evolução talvez esteja numa volta às nossas origens, à nossa verdadeira vocação que é servir à população paulistana com o que fazemos de melhor que é o policiamento escolar.

    ResponderExcluir
  14. MARCIO AUGUSTO DE SALLES12 de maio de 2010 às 13:11

    Parabens!
    Caetano
    Otimo texto.
    A GCM foi criada para ser de fato uma policia comunitaria, e o policiamento escolar foi o principal palco para esta conquista, mas infelismete a GCM perdeu sua identidade, por que seus Administradores nao sabem o que é policia comunitaria.
    E a questão de vigilantes nas instalações municipais só acarretam gastos desnecessarios para o o Municipio, porque todas as ocorrencias que acontecem,onde eles vigilantes estão, sempre chamam a GCM.
    Abraços

    ResponderExcluir
  15. O retorno da GCM as escolas não será fácil, devido anos de abandono, o sistema de educação necessita de reformulação e a mídia sensacionalista provavelmente destacará os pontosa negativos, mas há de se tentar.

    ResponderExcluir
  16. Muito bom o artigo realmente, a Guarda de SP perdeu sua identidade quando deixou de atuar na prevenção escolar. Mas A PESSOA que esta representando a corporação, O GUARDA CIVIL, resgatou a dignidade quando deixou de cumprir 8 (oito) horas diárias em portas de determinadas escolas cujos funcionários tem a Guarda tão em conta quanto áquele apresentador de atos terroristas que se diz jornalista. Nós deixamos de estar PEDINDO um cafezinho na cozinha, de estar perguntando: PODEMOS ALMOÇAR AQUI? De sentar na sala dos professores e nos levantarmos quando chega alguém, porque alí não é nosso lugar. Mas onde é nosso lugar em uma escola?
    Alguns colegas vão responder - na porta, claro! Mas onde posso colocar minha bolsa quando chego na escola? Posso usar esse banheiro?
    Quando a educação pseudoprivatizou a segurança, o contrato previa alojamento e armario. (condições de trabalho), ao reinvindicarmos resgate de identidade, não podemos esquecer do resgate da humanidade.
    Só para conhecimento: outro dia durante a realização da PPE, estive em determinada escola que havia solicitado policiamento fixo pois a unidade estava enfrentando muitos problemas... Eram 15:00hs e os dois GCs não haviam almoçado.NINGUÉM OFERECEU. Vamos voltar á vida de pedinte?
    Devo ressaltar que existem excessões. Mas nos não podemos viver de excessões, mas sim de regras. Em toda e qualquer escola a que formos, devemos saber que no local teremos condiçoes de trabalho digno.

    ResponderExcluir
  17. Cara Roseli Paulina,

    Este aspecto abordado realmente preocupa, por isso devemos planejar a eventual volta dos GCM's às escolas, defendo que temos que ter um local apropriado e exclusivo para nos acomodarmos e desenvolvermos nossos trabalhos.

    Evidente que nos horários de entrada e saída de alunos o local que devemos permanecer é o de acesso, porém no restante do tempo podemos efetuar rondas e nos acomodar em uma sala reservada para este fim.

    um forte abraço.

    Parabéns Carlos Alberto pelo artigo.

    ResponderExcluir
  18. Carlos Alberto Caetano18 de maio de 2010 às 14:10

    Roseli Paulina
    Ao discutir este tema, abordando um dos programas ao qual a guarda civil vem ao longo de sua história prestando um ótimo serviço, reitero a necessidade de novamente destacarmos gcm's para prestar o policiamento fixo nas unidades, como forma de resgatar o contato com a comunidade escolar, pais e alunos, fornecendo em tempo maior a sensação de segurança.
    O que você relatou, a falta de reconhecimento por parte da direção de algumas destas unidades e de respeito para com o guarda civil, pois acharem que devem ficar o tempo todo do lado externo, eu já enfrentei também, e é pertinente esta discussão. Fato a ser enfrentado, mediado pelo encarregado da ronda escolar, seja o graduado ou o gcm que tem esse trabalho de dialogar com a direção da unidade escolar mostrando a importancia de um melhor acolhimento do policial, demonstrando ser um parceiro, trabalhando em conjunto, em prol da eficácia do serviço, assegurando um ambiente propício ao gcm desenvolver suas atividades com o melhor resultado para os que anseiam na Guarda Civil a sua proteção.

    ResponderExcluir