Autor: Anderson de Souza Merighi
Ao longo de sua existência, a Guarda Civil Metropolitana sempre teve como principal foco de atuação a proteção escolar. Ainda que tenhamos passado por diversas administrações e diversos comandantes, cada qual com sua filosofia e suas diretrizes de atuação para a GCM, ainda que tenham sido criadas atribuições e mais atribuições para a Corporação, ainda que tenham nascido e sido extintas varias unidades especiais, com uniformes e atribuições diferenciadas, a GCM nunca fugiu da sua principal linha de atuação, que é a proteção escolar, serviço que a Corporação sempre prestou com esmero e dedicação.
Sempre fomos reconhecidos e respeitados graças a este trabalho. Os funcionários e alunos, e principalmente os pais de alunos podiam ficar tranqüilos, pois sabiam que sempre estaria presente a figura do “guardinha da escola”, como éramos carinhosamente chamados por alguns pais e alunos.
Claro que já naquela época tínhamos outras atribuições e, diga-se de passagem, as cumpríamos muito bem, sem que umas interferissem em outras, mas o ambiente escolar era por assim dizer, o habitat natural do GCM, era onde nos sentíamos em casa.
Justiça seja feita, o Guarda Civil não estava presente somente nas escolas, mas também em hospitais, velórios, cemitérios e tantos outros locais onde a necessidade de policiamento não visava somente o patrimônio, mas principalmente a proteção das pessoas, usuários e funcionários.
Tudo isso foi verdade até alguns anos atrás, quando começou a se articular um verdadeiro desmonte da Corporação, com o total desvirtuamento de suas atribuições, sendo a proteção escolar relegada a segundo plano.
Atualmente, a legislação ainda considera a proteção escolar como prioridade entre os programas de atuação da GCM. Infelizmente percebemos que na realidade isso não acontece.
Hoje, aparentemente, a proteção do espaço público é o serviço que está em maior evidência. É um trabalho ingrato e que tem que ser feito, mas lembremos que exercemos tarefa de fiscalização, função que anteriormente era realizada por agentes vistores, sem que recebamos nenhuma gratificação compensatória para tanto. Mesmo os policiais militares que exercem atividade delegada de fiscalização recebem quase três vezes o que um GCM recebe por hora de serviço.
O policiamento escolar infelizmente já deixou de ser a nossa marca. Hoje somos mais conhecidos como o “rapa”. Existem hoje pouquíssimas escolas policiadas por GCM’s fixos e a ronda escolar atua precariamente, com poucas viaturas, fazendo que o apoio em caso de necessidade se torne demorado quando não inexistente, gerando queda na qualidade dos atendimentos. Diretores e funcionários reclamam da pouca presença da GCM e demora nos atendimentos e não temos mais a simpatia da população.
A GCM tem que voltar às origens, ficar mais próxima da população, atuar como policia comunitária, sua principal vocação, atender de forma rápida e eficaz às solicitações, como fazíamos no passado, quando a corporação era menor e tinha muito menos recursos e primordialmente, voltar a priorizar o policiamento escolar para que possamos ter novamente o carinho e o respeito da população.
Acessem o artigo Proteção Escolar
Sempre fomos reconhecidos e respeitados graças a este trabalho. Os funcionários e alunos, e principalmente os pais de alunos podiam ficar tranqüilos, pois sabiam que sempre estaria presente a figura do “guardinha da escola”, como éramos carinhosamente chamados por alguns pais e alunos.
Claro que já naquela época tínhamos outras atribuições e, diga-se de passagem, as cumpríamos muito bem, sem que umas interferissem em outras, mas o ambiente escolar era por assim dizer, o habitat natural do GCM, era onde nos sentíamos em casa.
Justiça seja feita, o Guarda Civil não estava presente somente nas escolas, mas também em hospitais, velórios, cemitérios e tantos outros locais onde a necessidade de policiamento não visava somente o patrimônio, mas principalmente a proteção das pessoas, usuários e funcionários.
Tudo isso foi verdade até alguns anos atrás, quando começou a se articular um verdadeiro desmonte da Corporação, com o total desvirtuamento de suas atribuições, sendo a proteção escolar relegada a segundo plano.
Atualmente, a legislação ainda considera a proteção escolar como prioridade entre os programas de atuação da GCM. Infelizmente percebemos que na realidade isso não acontece.
Hoje, aparentemente, a proteção do espaço público é o serviço que está em maior evidência. É um trabalho ingrato e que tem que ser feito, mas lembremos que exercemos tarefa de fiscalização, função que anteriormente era realizada por agentes vistores, sem que recebamos nenhuma gratificação compensatória para tanto. Mesmo os policiais militares que exercem atividade delegada de fiscalização recebem quase três vezes o que um GCM recebe por hora de serviço.
O policiamento escolar infelizmente já deixou de ser a nossa marca. Hoje somos mais conhecidos como o “rapa”. Existem hoje pouquíssimas escolas policiadas por GCM’s fixos e a ronda escolar atua precariamente, com poucas viaturas, fazendo que o apoio em caso de necessidade se torne demorado quando não inexistente, gerando queda na qualidade dos atendimentos. Diretores e funcionários reclamam da pouca presença da GCM e demora nos atendimentos e não temos mais a simpatia da população.
A GCM tem que voltar às origens, ficar mais próxima da população, atuar como policia comunitária, sua principal vocação, atender de forma rápida e eficaz às solicitações, como fazíamos no passado, quando a corporação era menor e tinha muito menos recursos e primordialmente, voltar a priorizar o policiamento escolar para que possamos ter novamente o carinho e o respeito da população.
Acessem o artigo Proteção Escolar
elaborado por Carlos Alberto Caetano
Louvável a preocupação do senhor com a segurança nas escolas, porém não acredito que possamos ter o modelo de outrora, com guardas nas escolas, recordo-me que nas creches trabalhavam guardas femininas que serviam de exemplo para nossas crianças, hoje não há qualquer referencial.
ResponderExcluirA Guarda metropolitana também mudou sua postura, criando barreiras na aproximação com a população, talvez pelo combate ao ambulante, quando ocorreram vários enfrentamentos, mas há tempo para reconstrução, porém há de lutar contra anseios políticos.
Comprovando a visão do nobre colega, percebemos que a violência tem se difundido consideravelmente nas escolas e por isso, esse ambiente que era seguro com a presença da Guarda Municipal está se transformando num local de conflitos com crimes, explosões de forças, domínios e rixas após a substituição da GCM por particulares. Para que essas turbulências deixem de acontecer é preciso desenvolver métodos eficazes, para lidar com essa violência incluindo o retorno da Guarda Civil com uma atuação policial efetiva com qualidade e quantidade, tanto na escola quanto na comunidade, retornando aos fundamentos de sua criação e desenvolvendo ações pró-ativas com alunos e comunidade.
ResponderExcluirPor isso, com base em matérias jornalísticas antigas de ocorrências de Guardas Civis quando nas escolas e matérias atuais onde o GCM não mais atua nas escolas, percebemos que a diminuição ou aumento deste tipo de violência está diretamente influenciada pela presença ou não deste profissional e sua atuação.
No combate à violência e criminalização infanto-juvenil as ações das Guarda Civis estão diretamente ligadas a sua função na escola, ao seu relacionamento com o diretor, com os alunos e com a comunidade escolar, sendo fundamental a sua presença para que o aluno que no passado cumprimentava o GCM na porta da escola não seja aquele que hoje o GCM encaminha para uma Fundação Casa por ato infracional.
Destaco ainda que a participação dos Guardas Municipais no processo pedagógico da escola é importantíssima, pois percebemos que além da segurança nas escolas eles podem contribuir mais na elaboração e desenvolvimento de projetos educacionais voltados à segurança escolar, combate as drogas, educação no trânsito, moralidade e civismo, valores familiares, etc.
A retirada de GCMs das escolas aparenta ter caráter meramente pessoal, pois em nada auxilia ou favorece a sociedade. A presença de segurança particular apenas serve para abrir ou fechar portões, pois não se vislumbra que um vigilante particular possa estar melhor preparado que um Guarda Civil ou que possua mais atribuições, inclusive, porque ao flagrar uma ocorrência o vigilante se vê obrigado a acionar a GCM ou a PM, nada mais.
Por fim, se o GCM é substituído na escola, sua função primordial, por vigilantes devido a "baixa incidência de crimes" e na fiscalização (por PMs) por haver maior criminalidade, onde então deve o GCM atuar? Qual a intenção da atual gestão para com o futuro da GCM?
As parcerias entre os setores públicos devem ser contínuas para reduzçao dos problemas por profissionais capacitados, sem inovações mirabolantes que surtem poucos resultados.
ResponderExcluirNão podemos deixar nossos filhos a mercê do crime, com certeza a presença de Guardas Municipais nas escolas seriam um referencial positivo.
No tocante a segurança nas escolas, simplesmente não há, vemos drogas, agressões, vandalismos e tudo de ruim e a culpa é do professor.
ResponderExcluirTambém não adianta enviar um bando de troglodidas para a porta da escola, o lugar é de educação.
Parabéns pela abordagem, precisamos de pessoas que despertem este discussão em nossa sociedade, não podemos abandonar nossas crianças em escolas com todo tipo de violência ao seu entorno.
ResponderExcluirHá necessidade de uma reformulação geral na segurança pública, em especial nas escolas públicas, porém concordo com a Silvana há de se ter cuidado e planejamento na inserção de policiais nas escolas para que não haja enfrentamentos e que o exemplo seja positivo e de autoridade e não autoritarismo.
ResponderExcluirA violência na cidade está no crescente, fato que afeta serviços essenciais como saúde e educação, realmente precisamos de pessoas com seriedade em apresentar planos para a solução desse problema.
ResponderExcluirLouvável a iniciativa em alertar sobre a vulnerabilidade da segurança nas escolas, mas acredito que toda ação deve ser amplamente com as instituições envolvidas para que a prevenção ocorra de forma pedagógica, atraindo os jovens para ações positivas inseridas pela cidadania.
ResponderExcluirEsse tema escolhido pelo senhor,é um tema abrangente e pouco comentado.Sabe-se por especialistas em Segurança,que o Policiamento Escolar é a melhor fatia da Segurança,em que à Corporação que atender as expectativas,certamente tera um reconhecimento maior.A GCM desenvolveu durante algum tempo uma política de segurança escolar atinente ao solicitado na época.O que pode ser feito é efetuar um planejamento voltado à area dentro das solicitações,de forma que tenhamos à população reconhecendo a segurança municipal dentro da sua competência e amplitude.A GCM tem capacidade de fazer o melhor,só depende de boa vontade política,para que renasçam seu frutos.....
ResponderExcluirOutrora estavamos além de trazer segurança, um combate direto ao tráfico de drogas nas portas de escola; Hoje nossa Guarda está doente devido a gestão atual, atribuições foram nos dada só que o produto humano muito pouco além da falta de valorização profissional merecida.
ResponderExcluirAcredito que o poder público nãzo pode se examir da responsabilidade de promover segurança a todos, o modelo de rondas não acredito ser ideal, deveríamos ter o Guarda Municipal em tempo integral nas creches e escola, desde que este seja treinado para a demanda, ser inserido no planejamento pedagogico como referencial juntamento com todo corpo docente, contando com a perticipação dos pais criando um sistema educacional participativo, estando a situação em controle o processo poderia ser expandido a vizinhança nos moldes propostos no policiamento comunitário
ResponderExcluirParabéns pela abordagem, caro amigo Merighi. Seu texto reflete com perspicácia as mazelas que a corporação municipal enfrenta. São anos sem continuidade de investimentos, diretrizes,competências e respeito.
ResponderExcluirEnquanto temos estudos que apenas apontam aspectos negativos. A exceção torna-se regra na realidade chamada Guardas Municipais a ponto de esquecerem quantas vidas já foram salvas e quantos crimes deixaram de ser cometidos pela atuação dos guardas municipais. Percebemos que por outro lado há enfoques que revelam nuances que escapam do observador desapercebido.
Por exemplo, quando cita a função acumulada de fiscalização do comércio ambulante, com o aproveitamento do efetivo escolar e emprego de poucos recursos, enfatizando que o mesmo mister quando era desempenhado ora pelo agente vistor, brutalmente melhor remunerado, ora era delegado aos milicianos tornando-se o "bico oficial" com ganhos melhores que os soldos auferidos na gloriosa. De consitucionalidade duvidosa, desrespeito ao preceito contido na legislação municipal vigente, oneração a médio e longo prazo do erário público. Visou-se resolver uma questão estadual com soluções irresponsáveis, precárias e eleitoreiras!
Parabéns novamente pelo belo e inteligente texto Merighi!
Carlos Augusto Machado
Anderson,
ResponderExcluirsua abordagem enriquece este debate sobre a efetivação da Guarda Civil Metropolitana nos equipamentos educacionais, não ´so no aspecto de promover a segurança, mas principalemente permitir que as criança tenham um referencial a mais de conduta.
Parabéns!
Nossas crianças estão ao abandono, agora assistimos a criação do crime organizado mirim, infelizmente temos que policiar as escolas, evitando que nossos filhos fiquem vulneráveis aos pais de aluguel
ResponderExcluirMeu estimado amigo Merighi
ResponderExcluirÉ com grande safisfação saber que possui a mesma visão em relação a volta do policiamento fixo nas unidades escolares.
A guarda sempre proporcionou um ambiente seguro às crianças paulistanas, expurgando a presença da violência da portas das escolas municipais.
Hoje, vemos a ascensão das drogas, das agressões a funcionários e professores, noticiados com frequencia pelos meios de informação, a ausência do profissional de segurança encoraja tais atitudes.
Este debate proporciona reflexão do tipo de policiamento que queremos, o preventivo ou o de emergência? Qual traria melhor resposta?
Tendo trabalhado vários anos nestas unidades conheci bem a realidade, faltou o guarda, a malandragem permanece na porta da escola, atrapalhando o bom andamento educacional dos alunos, sem contar o apuro que são submetidos os funcionários, que vivem com temor de lidar com esta situação.
Parabéns pelo texto!!!
meu caro amigo gui gui vc abardou um assunto que todos querem de volta,mas infelizmente estamos a nas mãos de pessoas extremamente ,vaidosos enquanto isso os pais e educadores sofrem,com a falta do gcm na emef etc
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