Autor: Wagner Pereira
Bacharel em Direito pela Universidade São Franscisco
A ausência de políticas públicas para a segurança é inaceitável, pois causam sensação de insegurança insuportável ao cidadão de todas classes sociais.
Diariamente são expostos fatos que demonstram um sistema de segurança falido por sua ineficiência, causados por fatores notórios como baixos salários, plano de carreira, falta de equipamentos, que não permitem acompanhar a evolução natural e tecnológica da sociedade moderna, além te ter como seu maior vilão a celeuma jurídica causada pelos paladinos do estado democrático de direito que deturpam sua essência e o espírito da norma numa hermenêutica insana que nos direciona a impunidade, mola propulsora da corrupção virótica que atinge quase a totalidade das engrenagens deste mesmo estado.
Os episódios recentes do vazamento de informações da Polícia Paulista seria motivo suficiente para demissão dos ocupantes de cargos de primeiro escalão, mas como são de confiança nada acontece, demonstrando a falácia do atual estado democrático de direito.
Incrédula as imagens da matéria “Vídeo em que ex-escrivã de polícia é despida em delegacia cai na internet”, publicada no Portal G1, tornando a eventual autora de corrupção em vítima e heroína, pelo “modus operandi” desastroso do flagrante preparado pela Corregedoria Geral Polícia Civil de São Paulo, que poderá impedir sua convalidação judicial pelo clamor público em que os fins não justificam os meios, mesmo que uma imagem valha mais que mil palavras, ao invés de separarmos os fatos, colocamos tudo no liquidificador e trituramos.
A fragilidade desse estado é perceptível a todos, mas quando alguém luta pela cidadania a irresponsabilidade toma proporções que fogem da realidade, como o caso retratado na matéria “Mulher narra por telefone execução em cemitério de São Paulo”, publicada no Portal R7, porém nossa cidadã passa a ser vítima em razão do canibalismo televisivo que expõe ao mundo uma Polícia Militar que luta para mudar sua imagem de violadora de direitos, os envolvidos na divulgação da prova material sigilosa não tiveram o zelo de distorcer a voz da denunciante, facilitando sua identificação, demonstrando que ética e moral inexistem nesse estado.
O Chefe do Executivo Estadual que deve primar por esse estado democrático de direito, numa tentativa de demonstração de austeridade, se pronuncia de forma infeliz em afirmar que os envolvidos no episódio serão expulsos da Corporação, evidenciado a falta de preparo não só dos agentes público, mas principalmente do político, que instaura o tribunal de exceção, em que não é necessário julgamento, pois a sentença já foi declarada, numa hermenêutica jurídica primária.
Curioso conceber que o estado de maior relevância da União se demonstra ineficaz em resguardar a cidadania inerente ao estado democrático de direito, motivados num devaneio da teoria da conspiração do chumbo trocado entre Corporações ou meramente pela coincidência cruel da ineficiência pública.
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