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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Para início de conversa...

Autora: Erika Genaro
Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Formada em Marketing pela Universidade da Cidade de São Paulo - UNICID
E Políticas Públicas pela Pontifícia Universidade Católica - PUC

Como esta é minha primeira postagem acredito que não há problema em escrever sobre algo atual, mas que não foi hoje que aconteceu. No entanto foi muito importante para mim e retrata bem a que vim.

A convite do amigo Rildo Marques participei do XVII Encontro Nacional do Movimento Nacional de Direitos Humanos - MNDH.que aconteceu entre os dia 07 à 10 de junho, feriado de Corpus Christi, na cidade de São Bernardo do Campo, no qual Rildo é o atual Coordenador Geral deste Movimento.

O Movimento Nacional de Direitos Humanos "foi fundado em 1982, o MNDH “constitui-se hoje na principal articulação nacional de luta e promoção dos direitos humanos” no País, o evento marcou as comemorações pelos 30 anos do MNDH, uma organização “da sociedade civil, sem fins lucrativos, democrático, ecumênico, suprapartidário, presente em todo o território brasileiro em forma de rede com mais de 400 entidades filiadas”. (fonte MNDH).

Neste evento foram discutidos assuntos relacionados com a violência e a ineficiência das políticas públicas estatais que atendam as necessidades dos grupos minoritários afim de validar os Direito Humanos à todos. Houve inúmeros participantes ligados aos Direitos Humanos que discursaram brilhantemente, na primeira parte do dia oito, foi feita uma retrospectiva dos primeiros trinta anos do Movimento com a participação de Pedro Wilson, Rosalina Santa Cruz Leite, Benedito Mariano, Irene dos Santos, Renato Simões. Na segunda parte foi discutido sobre o que queremos para os próximos anos com a participação de Paulo Carbonari, Maria Vitória Benevides, Maria Stela Santos Graciani e Padre Júlio Lancelotti. Ao final da mesma tarde foram criados grupos temáticos, no qual além de discutir sobre um determinado tema, cada grupo elaborou um relatório propondo sugestões de assuntos de discussão para o próximos anos de mandato da nova Coordenação do Movimento.

Para mim, este evento foi um marco na minha história de vida pessoal e profissional da Segurança Pública, acredito que também para meus companheiros de profissão. Fiz parte do Grupo 2 – Segurança Pública e Acesso a Justiça e Direitos Humanos e dentre inúmeros questionamentos sobre a violência policial, ineficiência do sistema judiciário, falta de corregedorias e ouvidorias independentes, entre outros assuntos não menos importantes, inseri na pauta da discussão a questão dos Direitos Humanos dos Profissionais da Segurança Pública, pela primeira vez na história do Movimento e das Instituição Policiais este tema foi e estará incluso nas futuras discussões do Movimento.

Os profissionais da área da Segurança Pública também merecem e precisam ser tratados com respeito e dignidade, com todos os direitos assegurados pela nossa Constituição Federal de 1988, assim como toda a sociedade. Temos inúmeros direitos que são violados à todo tempo e como, nós profissionais, podemos fazer valer os direitos humanos à todos se nossos direitos como pessoa por muitas vezes não é respeitado?

A polícia devido seu histórico de criação escravocrata e de defensora dos direitos do Estado, é vista como violadora, violenta, burra, e tantos outros adjetivos pejorativos, que não podem mais continuar assim.
Que polícia queremos? Se queremos uma polícia humana temos que ser tratados como humanos.

Quando digo Policia, não digo Polícia Militar e sim todos profissionais da Segurança Pública inseridos ou no não no artigo 144 da nossa Carta Magna: Guarda Civil; Policia Civil e Militar; Policia Federal; Policia Rodoviária Federal e Estadual; Carcereiros; Guardas de Muralha; Policia Ferroviária; Bombeiros; Perito Criminal;  todos que trabalham para a segurança da sociedade.

Minha semente de reflexão foi plantada, fico muito feliz por fazer parte disso e espero poder continuar essa discussão e poder colaborar para a melhoria de nossa sociedade.

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