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terça-feira, 29 de junho de 2010

Parabéns prá você!

Autor: Sérgio Luiz Pereira de Souza


Lá se foram dezoito anos, uma vida. Muita coisa aconteceu, muita coisa mudou.

O mundo ainda engatinhava rumo à era digital. Internet, celular, nem pensar.

O próprio telefone fixo era um luxo para poucos, computador era coisa para empresas, universidades.

Portanto, se você quisesse conversar com um amigo, se estivesse próximo bastava “levar” um bom papo, caso contrário a velha e boa carta seria uma opção.

Hoje basta possuir um “PC” e ter o mínimo de conhecimento em informática para estarmos em contato com milhares de pessoas, conectados com o mundo, amigos ou não.

Aliás, em princípio a aquisição desse equipamento, em tese seria para adquirir conhecimento por meio de pesquisas, para a educação, nossa ou de nossos filhos.

Arrisco dizer que não é bem o que acontece.

Pesquisas sim, mas de sites de relacionamentos, vídeos, músicas, jogos e outros entretenimentos.

Raro é encontrar um adolescente que foge a essa regra, por vezes até nós adultos nos deixamos envolver e não fazemos a utilização correta do equipamento, para o conhecimento.

Fica o alerta.

O mundo evoluiu e com isso trouxe novos conceitos, novas regras, novas necessidades. Necessidades que nem sempre são supridas a contento.

Em algumas esferas a impressão que se tem é que o tempo parou.

Não parou, pois estamos dezoito anos mais velhos, quiçá, mais experientes, desde que ingressamos nessa que é a nossa família Guarda Civil Metropolitana.

Esse é o motivo de eu estar aqui hoje, de nós estarmos. A essa época, em meados de 1992, nós da turma 25, 26 e 27 estávamos realizando exames médicos no extinto “DEMED”, preocupados em se algo poderia nos tirar a vaga que angariamos com louvor.

Amigos, digo tudo isso em virtude de terem se passado dezoito anos, em alguns casos é quase a metade de sua existência.

Muitos de nós éramos solteiros, sem filhos, mas hoje estamos chegando à maioridade em nossa carreira, assim como os filhos de alguns de nós que nasceram nesse período.

Tornamo-nos adultos.

Fizemos amizades e desfizemos algumas que acreditávamos fossem verdadeiras, conhecemos pessoas diferentes, com objetivos diferentes, de regiões diferentes que nos acompanharam nesse crescer.

Perdemos amigos que não suportaram os tempos ruins e buscaram outros caminhos e perdemos amigos também para a vida que decidiu interromper suas jornadas.

Conquistamos também, não podemos negar.

Superamos muitos momentos, foram bons ou ruins temos histórias para contar, e quando elas nos vêm à lembrança trás junto à emoção, por vezes o entusiasmo ao relembrar nossas “aventuras”. Por essas e outras venho aqui, sobretudo parabenizar a todos que, acredito, vencemos, pois não é sempre que completamos dezoito anos de vida, mesmo que uma vida relacionada ao âmbito profissional.

Portanto, parabéns para nós, parabéns prá você!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Gestão Participativa em Segurança Urbana na Cidade de São Paulo

Autor: Marcos Bazzana Delgado

Em que pese o conhecimento administrativo das autoridades constituídas, o povo é o sempre o melhor administrador público que uma cidade pode ter, pois é ele quem conhece na pele a realidade dos problemas sociais da região onde vive e, mais que qualquer visitante, vivem a história, conhecem as causas, e podem trazer soluções jamais pensadas pelos intitulados técnicos do poder.

Foi pensando nisso que a Constituição Federal privilegiou o sistema democrático de decisões políticas e administrativas. Prestigiou uma democracia, ainda em construção, onde a participação popular foi considerada fundamental para o desenvolvimento de uma região.

Dividiu as instâncias administrativas em regiões (União, Estados e Municípios) colocou as cidades na qualidade de entes federativos, sem subordinação de uns aos outros entes federados. Partiu os poderes em três, colocando cada um em uma esfera administrativa, com exceção do Judiciário que não existe na esfera municipal.

Visando obedecer a essas diretrizes, elegeu-se os Conselhos Comunitários como o palco de discussões entre o povo e os representantes dos governos, para juntos elegerem as políticas públicas que melhor atenderão os anseios de cada região.

Pensando nisso, em 2002, através da Lei Municipal n.º 13.396, foram criadas as Comissões Civis Comunitárias no âmbito da Secretaria de Segurança Urbana, para ser o local de definições de ações voltadas para a segurança da Cidade de São Paulo.

Infelizmente, a partir de do ano de 2005 elas deixaram de funcionar e, no início de 2009, com a aprovação da Lei Municipal n.º 14.879 elas foram extintas, a pretexto de que seriam prestigiados os Conselhos Comunitários de Segurança do Estado – CONSEG, não havendo razão para existir dois órgãos com a mesma função (conclusões que tiramos em manifestações do governo municipal em audiências públicas na Câmara Municipal de São Paulo durante discussões sobre o Projeto de Lei n.º 673/08).
Em nossa análise, a decisão foi equivocada.

Os Conselhos Comunitários de Segurança do Estado de São Paulo não visam discutir políticas públicas municipais, tampouco as voltadas para área de Segurança Urbana.
Vejamos a explicação contida no Portal do CONSEG do Estado de São Paulo no que diz respeito a quem se destinam suas deliberações:
...
Cada Conselho é uma entidade de apoio à Polícia Estadual nas relações comunitárias, e se vinculam, por adesão, às diretrizes emanadas da Secretaria de Segurança Pública, por intermédio do Coordenador Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança.
A Secretaria de Segurança Pública tem como representantes, em cada CONSEG, o Comandante da Polícia Militar da área e o Delegado de Polícia Titular do correspondente Distrito Policial
....” ( O grifo é nosso)

A segurança Urbana envolve, além das Guardas Municipais, muitos outros órgãos e ações que podem ser encontradas na Defesa Civil, Fiscalização de Espaço Público, Verde e Meio Ambiente, Assistência Social, Trânsito, Zoneamento Urbano etc.

Portanto, fácil concluir que, além de ser pobre em sua organização, os CONSEGS pouco, ou quase nada, têm em seus objetivos formular políticas públicas de Segurança Urbana.
Atentos a esse equívoco cometido pelo Governo Municipal, a Câmara Legislativa está trabalhando em um substitutivo ao Projeto de Lei do Executivo n.º 671/07 que visa aprovar o novo Plano Diretor Estratégico para a Cidade de São Paulo, e nele reafirmou a necessidade de serem criados os conselhos de gestão participativa na área de Segurança Urbana, ao qual denominam Comissão Civil Comunitária.
No texto original (PL 671/07) o governo pretendeu suprimir tudo o que se relacionava a Segurança Urbana e à Guarda Civil Metropolitana, com isso, caso aprovado, ele revogaria todo o planejamento contido nos artigo 45, 46 e 47 da Lei n.º 13.430/02 (Atual Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo).
Vamos torcer para que o substitutivo seja aprovado e sancionado a favor da Segurança Urbana. Digo isso porque, como é possível observar, o governo, no início das discussões, mostrou uma pretensão e, agora, o legislativo demonstra outra. Resta-nos saber se o texto será aprovado e, se aprovado, se será sancionado pelo governo.

Confiram abaixo como pode ser aprovado o novo Plano Diretor Estratégico no que diz respeito à Segurança Urbana da Cidade de São Paulo (Fonte: http://www.polis.org.br/utilitarios/editor2.0/UserFiles/File/revisaoplanodiretorsp.pdf)


“Seção IX
Da Segurança Urbana
Artigo 48 - São objetivos da política de Segurança Urbana:
I - assegurar a integridade física e patrimonial dos cidadãos de forma integrada com a União, o Estado e a sociedade civil;
II - diminuir os índices de criminalidade do Município de São Paulo;
III - estabelecer políticas públicas de segurança de forma integrada com outros setores da esfera municipal;
IV - dotar o Poder Executivo Municipal de recursos humanos para a realização das atividades de vigilância e prevenção da violência;
V - estimular o envolvimento das comunidades nas questões relativas à segurança urbana.
Artigo 49 - São diretrizes da política de Segurança Urbana:
I - a promoção da aproximação entre os agentes de segurança municipais e a comunidade, mediante a descentralização dos serviços de segurança;
II - o estímulo à criação de Comissões Civis Comunitárias de Segurança Urbana Distritais, encarregadas da elaboração e execução de planos de redução da violência, integrados às instâncias de participação em nível local e regional;
III - a execução de planos para controle e redução da violência local por meio de ações múltiplas e integradas com outros setores do Executivo;
IV - o desenvolvimento de projetos intersecretariais voltados à parcela de adolescentes e jovens em condições de vulnerabilidade social;
V - a promoção do aperfeiçoamento e reciclagem dos recursos humanos vinculados à segurança, através de treinamento e avaliação do efetivo da Guarda Civil Metropolitana;
VI - a promoção da integração e coordenação das ações específicas de segurança com as questões de trânsito e defesa civil no Município;
VII - a substituição da lógica da reação e da repressão pela lógica da antecipação e da prevenção nas ações de segurança urbana;
VIII - o estímulo à autonomia das unidades da Guarda Civil Metropolitana;
IX - o estímulo à participação nos CONSEGs – Conselhos Comunitários de Segurança, articulando ações preventivas à criminalidade, com seus integrantes.
Artigo 50 - São ações estratégicas relativas à Segurança Urbana:
I - criar Comissões Civis Comunitárias de Segurança Urbana Distritais compostas por integrantes da Guarda Municipal, membros dos demais órgãos municipais e representantes da comunidade;
II - garantir a presença da Guarda Civil Metropolitana na área central e nos centros de bairro, em parceria com a Polícia Militar, visando à segurança da população;
III - implementar gradativamente a presença da Guarda Civil Metropolitana no entorno das escolas municipais com policiamento integrado à comunidade local, de acordo com os pressupostos do policiamento comunitário;
IV - colaborar para a segurança dos usuários dos espaços públicos municipais;
V - aumentar gradativamente o efetivo da Guarda Municipal visando adequá-lo às necessidades do Município;
VI - criar Conselho Interdisciplinar de Segurança Urbana no Município, coordenado pelo Secretário de Segurança Urbana, composto por representantes dos órgãos municipais e de todas as instâncias de governo relacionadas à área de segurança urbana, de representantes das subprefeituras e da sociedade civil;
VII - reciclar o efetivo da Guarda Civil Municipal, visando ao seu aprimoramento profissional;
VIII - elaborar mapas de ocorrências e pesquisa de vitimização em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, comunidade e entidades do setor, identificando e avaliando as vulnerabilidades e os riscos existentes no âmbito do Município;
IX - participar de forma integrada no planejamento e ações da Defesa Civil, fomentando e equipando o Corpo de Bombeiros, viabilizando as condições necessárias para sua atuação, por meio de convênios;
X - estimular a promoção de convênios com os governos estadual e federal, assim como o Ministério Público para a troca de informações e ações conjuntas na área de prevenção e repressão criminal;
XI - estimular a promoção de convênios com o governo estadual para a utilização, de forma integrada, das câmeras de vigilância eletrônica, para o monitoramento de trânsito e para o policiamento preventivo.”

domingo, 27 de junho de 2010

Segurança Armada?

Autor: Wagner Pereira

O papel das Guardas Municipais na segurança pública que gerado vários debates em todo país, porém, nada temos de concreto nos programas de governos dos principais postulantes ao cargo máximo do executivo federal.

O Portal Globo Minas realiza enquete se os Guardas Municipais de Belo Horizonte devem trabalhar armados.

Em consulta realizada às 19:50h, temos 79,43 dos votos favoráveis a utilização de armamento contra 20,57 dos votos.

Surpreendente que 20% dos votantes acredite que a Guarda Municipal de Belo Horizonte possa realizar um trabalho mais eficiente estando desarmada.

Os índices de violência têm aumentado, assistimos o crime cada vez mais organizado e armado, as barbáries ocorrem em todo o país, nos grandes centros, no interior, nas áreas rurais, porém, nossos aventureiros preferem expor os agentes públicos ao perigo, numa demonstração de ingerência e irracionalidade.

Este é o modelo de segurança que será adotado na Copa do Mundo de 2014?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Novos Líderes no Caminho da Vida

Autor: Daniel Henriques de Macedo
Graduado em História pelo Universidade Cruzeiro do Sul
Inspetor da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

Nicolau Maquiavel escreveu “O homem prudente deve seguir sempre as vias traçadas pelas grandes personagens, procurando igualar-se às que foram excelentes.” Seguindo esta linha de raciocínio cito três destes ilustres personagens nesta poucas palavras: Nicolau Maquiavel, Friedrich Nietzche e Martin Luther King.

Nietzche preceitua que “não é a força, mas a constância dos bons sentimentos, que conduz os homens à felicidade” e escreveu também que “O que não derruba um homem, torna-o mais forte.”

Maquiavel além da frase de abertura deste texto assevera que “Às vezes, a aparência impressiona mais que a realidade.” levando-nos a uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas em nosso dia a dia.

Martin Luther King lembra que “Não se pode alcançar bons fins através de maus meios.” E também formulou uma frase imprescindível para a sobrevivência de qualquer empresa num ambiente competitivo como o que hoje se apresenta: “Ou aprendemos a viver juntos, como irmãos, ou pereceremos todos juntos, como loucos.

Finalizando espero que a Guarda Civil Metropolitana sirva cada vez melhor a população paulistana, fazendo uso sempre que necessário dos ensinamentos deixados por grandes homens como estes, lembrando ainda aos formandos que o real papel do líder é identificar potencialidades nas pessoas, formando e habilitando novos líderes no caminho da vida.
Discurso realizado na formatura do curso de Capacitação de Inspetores no Centro de Formação em Segurança Urbana em 18/06/2010.

sábado, 19 de junho de 2010

Proteção Escolar Municipal

Autor: Wagner Pereira

Ao longo de cinco sábados o tema Proteção Escolar foi abordado neste blog, buscando aprofundar o debate sobre a prioridade de resgatar a presença da Guarda Civil Metropolitana nos equipamentos escolares da rede municipal de ensino.

A participação foi surpreendente tivemos 59 (cinqüenta e nove) comentários nos artigos publicados, demonstrando a importância da temática e principalmente o interesse de nossos leitores.

Evidente, que não há formula mágica para a solução da violência nas escolas, mas a maior adversidade está no modelo de policiamento a ser aplicado, temos uma vertente crescente que defende a substituição da presença física pela tecnológica, ou seja, sai o Guarda Municipal e entra o monitoramento por câmeras, experiência já vivenciada na Cidade de São Paulo.

Tivemos uma abordagem com muita propriedade no artigo “A presença do Guarda Civil na Escola” elaborado por José Ubirajara Targino da Silva, que destacou os reflexos da repressão no processo pedagógico, essa discussão é profunda e polêmica, pois o caos na educação não é somente institucional, atinge diretamente a formação familiar e o papel desempenhado pelos pais.

Há uma vontade interna nos integrantes da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo pela volta da Corporação aos estabelecimentos de ensino, conforme abordado nos artigos “Proteção Escolar” de Carlos Alberto Caetano e Anderson de Souza Merighi, que traçaram um perfil da importância do trabalho realizado nesses locais, devido suas experiências vivenciadas na execução dos seus serviços em prol da municipalidade.

Tivemos a oportunidade de refletir sobre a adoção do policiamento presencial proposto nos artigos “Ações em Estabelecimento de Ensino” elaborado por Alírio Vilas Boas e “Policiamento escolar” elaborado por Márcio Augusto de Salles, propondo um escopo operacional para efetivação da proteção e principalmente interação do agente de segurança com o agente educacional, buscando um processo de convivência e participação da comunidade, neste caso, alunos e seus responsáveis, para atingir a excelência do serviço público e satisfação dos seus usuários.

O comentário de Roseli Paulina, no artigo “Proteção Escolar”, alertou pela resistência de alguns gestores educacionais com a presença do Guarda Municipal, que promovem barreiras para que a execução do serviço não seja satisfatória, criando um clima de animosidade, este fato é delicado, pois o objetivo é criar parcerias e não inimizades, neste momento de total desequilíbrio social em que nos grandes centros há um intervencionismo pelo liberalismo que beira ao anarquismo, o estado tem que intervir de forma ordenada para evitar eventuais abusos aos direitos individuais e coletivos.

Observamos que nossos leitores destacaram dois pontos importantes, o papel do Guarda Municipal com referencial para as crianças e adolescentes e a problemática das drogas.

Nos idos de 1992, a Guarda Civil Metropolitana possuía um histórico de prestação de serviços em todos os tipos de estabelecimentos educacionais da prefeitura, inclusive nas creches, que geralmente era desenvolvimento pelo efetivo feminino, este trabalho era amplamente reconhecido, pois surpreendia os nossos especialistas em segurança pública, como um Guarda Municipal conseguia promover segurança, muitas vezes sozinho, em escolas na periferia tomada pela violência urbana e principalmente pela ausência de ocorrências policiais.

O projeto Criança sob nossa Guarda permitia o contato do Guarda Civil Metropolitano com as crianças, destacando a importância da cidadania, abordando de forma lúdica as normas de trânsito e a preservação do meio ambiente, chegando ao ponto crítico das drogas, lembrando que na maioria das vezes este trabalho era realizado de forma voluntária.

A Proteção Escolar não pode ser majorada por análise de dados estatísticos traçados em planos e metas, neste modelo de gestão da qualidade oriundo da iniciativa privada, serviço público não visa lucro ou resultados, requer planejamento para satisfação social.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Velhos e novos métodos ou armadilhas usados para roubos e sequestros

Autor: Archimedes Marques
Delegado de Policia. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe
email: archimedes-marques@bol.com.br

Assim como a Policia procura se modernizar com novos métodos de combate à criminalidade que sempre está em vertiginosa ascensão, os criminosos também se especializam e estudam sempre as novas maneiras e por vezes até repetem os métodos antigos para levar as vítimas às armadilhas por eles arquitetadas, por isso é necessário estarmos sempre bem informados.

Os golpes de fraudes e estelionatos são exemplos vivos em todo canto do país de que o nosso povo não usa as cautelas necessárias e termina por sofrer sérios prejuízos financeiros, entretanto este texto tem por objetivo somente elencar algumas velhas e novas ciladas ou métodos usados para assaltos ou sequestros, no sentido de alertar o leitor a melhor se precaver.

A simulação de acidentes em rodovias pouco movimentadas é uma delas. Por vezes os marginais atravessam um carro na pista ou chegam até a tombar um veículo roubado deixando-o com as rodas de lado ou para cima, com as portas abertas e com um ou dois comparsas deitados no asfalto ali próximo.

Tal armadilha geralmente ocorre no período noturno e em lugares mais desertos, e vez por outra os marginais conseguem que alguém pare no local no sentido humanitário de socorrer as supostas vítimas ou mesmo aqueles desonestos que querem levar alguma vantagem com o infortúnio alheio, vez que muitos também se aproveitam de acidentes para saquear bagagem ou furtar dinheiro e objetos das vítimas.

Tais pessoas quando param seus veículos caem nas armadilhas e são assaltados ou seqüestrados. As vítimas por vezes são até mortas, como de fato ocorrem com muitos caminhoneiros, ou quando não, apenas perdem as suas cargas ou caminhões.

O melhor para evitar tal perigoso imprevisto é não viajar em hipótese alguma pela noite, mas se inevitável for, é necessário ter uma percepção rápida com certa cautela para sentir se o fato é real ou não, e o melhor a fazer é de imediato ligar para o posto da Polícia Rodoviária mais próximo se possível for.

Consta agora como novidade uma armadilha já ocorrida por diversas vezes nos grandes centros do país, em que o cidadão ao dirigir o seu veículo no período noturno, receoso e até ultrapassando os sinais de trânsito vermelho justamente para não ser abordado pelos marginais, então recebe sem esperar, ovos que são jogados no pára-brisa do carro, e como impulso natural, esguicha água ligando o limpador para se ver livre da sujeira.

Ocorre, porém, que com a química imediata da mistura da água com a gema e a clara dos ovos é logo formada uma espécie de látex amarelado turvo tirando quase que a total visão do motorista por vários segundos apesar do esforço do limpador para tirar o produto, fazendo assim com que o mesmo, por falta de opção, pare o veiculo para evitar um acidente, oportunidade em que o marginal se aproxima rapidamente e armado lhe dá a voz de assalto.

É aconselhável, portanto, que o motorista ao vivenciar tal situação permaneça calmo e não esguiche água ou ligue o limpador do pára-brisa do veículo, deixando para tomar tal atitude quando estiver em local seguro.

Uma armadilha mais simples e muito repetitiva é usada em apartamentos que não dispõem de bons métodos de segurança privada, em que o marginal entra no condomínio furtivamente, joga água por debaixo da porta e fica escondido aguardando o morador abri-la curioso pensando se tratar de algum vazamento no prédio, para então anunciar o assalto e concretizar o seu intento sem chamar atenção dos vizinhos.

Nesse caso, é melhor ser sempre mais precavido e desconfiar de tudo, telefonando para o seu vizinho para saber ou não do possível vazamento de água.

Outro método de assalto ou seqüestro relâmpago que já fez diversas vítimas em algumas cidades do país trata-se de abordagem dos marginais dentro dos cinemas em Shoppings Center. As vítimas mais procuradas são os casais que se acomodam distantes de outras pessoas principalmente nos dias de menos movimento.

Os dois marginais chegam ao mesmo tempo por lados opostos cercando as vítimas normalmente sem chamar atenção. De logo são mostradas as armas e ordenadas às vitimas silencio absoluto. Um deles já faz a catação inicial dos celulares, carteiras e chaves do veículo, para em seguida, sair um marginal com uma das vítimas para retirar dinheiro em cash bancário através dos respectivos cartões de crédito arrecadados.

Geralmente a vítima que está com o bandido passeando dentro do Shopping Center não esboça qualquer tipo de reação com receio também que aconteça algo de mal com a pessoa que ficou dentro do cinema com o outro marginal. Depois de realizar o crime, os dois se dirigem até o automóvel da vítima no estacionamento e de lá o marginal liga para o seu parceiro que está dentro do cinema que por sua vez ordena que a vítima não esboce qualquer tipo de reação quando da sua saída do cinema sob pena da outra pessoa que está lá fora sofrer as conseqüências.

Dentro desse mesmo tipo de abordagem criminosa, por vezes os bandidos são mais audaciosos e ligam dos próprios celulares das vítimas para os seus familiares anunciando o seqüestro e exigindo que pequenas quantias em dinheiro sejam de logo transferidas de contas bancarias para outras abertas com documentos falsificados e que são usadas somente nessa única ocasião. Nesses casos, como as ações são mais demoradas, geralmente os seqüestradores e vítimas saem dos Shoppings para outros lugares e só liberam os mesmos após o dinheiro entrar e ser retirado da conta preparada para tal finalidade.

Para evitar esse tipo de crime, aconselha-se que as pessoas procurem dentro dos cinemas sempre se sentarem juntos as outras para dificultar as ações dos marginais, ao passo que, já está mais do que na hora, do Banco Central do Brasil arranjar meios plausíveis de evitar que marginais abram contas com documentos falsificados ou documentos de terceiros que são usadas somente para crimes.
Seria interessante, pelo menos, a obrigatoriedade que de em toda nova conta bancaria aberta tirassem fotografias e se colhessem as impressões digitais do correntista, fato este que facilitaria o trabalho da Polícia, ademais é outro absurdo o Banco só atender a ordem judicial para fornecer dados sobre o correntista, pois com isso, perde-se muito tempo nas investigações Policiais.
É evidente que o histórico da conta e o sigilo bancário do correntista só devem ser quebrados por ordem judicial, mas os outros dados mais simples como nomes, endereços e documentos dos correntistas investigados poderiam muito bem ser liberados por simples ofício requisitório do Delegado responsável pelo Inquérito Policial pertinente, como outrora ocorria.

Há um velho ditado em que se diz que cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, por isso toda a cautela é pouca para evitar que passemos por esses constrangimentos citados, que além do prejuízo financeiro podem valer até as nossas próprias vidas. Não podemos achar que nunca cairemos nessas armadilhas e que essas coisas só acontecem com os outros, vez que a marginalidade caminha a passos largos em todo canto à caça das suas vítimas sem medir as conseqüências dos seus atos criminosos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Preservar nossa história

Autor: Wagner Pereira


Minha história na Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo teve início em 1992, quando aos 21 anos entrei pela primeira vez pelos portões do Departamento de Ensino, atual Centro de Formação em Segurança Urbana, fato que permitiu aguçar meu senso crítico para várias questões pessoais e profissionais.

Ao longo desses 18 anos, assistimos muitas transformações motivadas por políticas de governo, alguns paradigmas famosos foram quebrados como a criação de secretaria de segurança, ter um ex-delegado como comandante, ter um comandante de carreira, fim dos comissionamentos nos cargos da carreira, porte de arma, plano de carreira, regulamento disciplinar, órgão correcional próprio.

Nossos Subinspetores tornaram-se 1º Inspetores, que tornaram-se Inspetores Regionais.

Nossos 2º Inspetores tornaram-se Inspetores.

Nossos Classes Especiais já não existem mais.

Nosso GCM não resistiu ao tempo e foi dividido em classes.

A lendária Inspetoria Regional da Sé já não existe mais.

ROMU, BANDA, IATC, IATE, IAMO, GAPE, GEPAM, DEPAD, DAI, DEAM, DIEC, CIEC, siglas que um dia foram Unidades, defenderam a municipalidade e a transparência da administração pública, contribuíram para o fortalecimento da Corporação, porém já não existem mais.

A publicação da Portaria 209 da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, no Diário Oficial da Cidade do dia 12/06/2010, pág. 3, que cria o Núcleo do Acervo e Memória da Guarda Civil Metropolitana, nos permite acreditar que a história da Corporação não será perdida no tempo.

Temos que agradecer o empenho, profissionalismo e comprometimento das pessoas que lutam incansavelmente para o fortalecimento da Guarda Civil Metropolitana e que ações positivas se concretizem.

sábado, 12 de junho de 2010

A presença do Guarda Civil na escola

Autor: José Ubirajara Targino da Silva


Dentre os desafios sociais atualmente postos ao Brasil como um todo, e dos quais nosso município não se exclui, um dos mais complexos diz respeito ao embate ético onde se confrontam crenças e valores, na busca do pleno desenvolvimento humano, conciliado a uma convivência pacífica entre as diversas classes sociais, fator que necessita de mediadores.

Nas sociedades democráticas, tal desafio se intensifica uma vez que, por princípio, devemos garantir, a cada cidadão, indistintamente, a igualdade de direitos, para uma vivência social efetivamente justa, participativa, propositiva e, portanto, responsável, tendo a lei como mantenedora desta garantia.

Garantir o direito de todos traz, na outra face, o correspondente respeito, também por todos, ao direito do outro, sendo imprescindível a presença de uma autoridade mediadora para que prevaleça a legalidade e não a “força”.

Para tanto não podemos desconsiderar, nos dias de hoje, em qualquer ambiente escolar, a interferência das múltiplas variáveis socioculturais que podem comprometer a educação e formação do caráter dos educandos, afastar da criança e do jovem o direito a uma escola de qualidade, capaz de formar integralmente o indivíduo.

É fundamental subsidiar a escola pública com aprofundamentos sobre conceitos de direitos civis e constitucionais, além de fornecer informações e esclarecimentos relativos à natureza das atribuições e competências das diversas instâncias a serem mobilizadas no enfrentamento e mediação dos conflitos que comprometem e distorcem a convivência no ambiente escolar e podem até, eventualmente, extrapolar a dimensão pedagógica.

Porém, tendo como premissa a mediação das relações conflitantes, no ambiente escolar e, com intervenções pedagógicas, as estratégias saneadoras poderão ser legitimadas, confirmando o verdadeiro contexto educativo que deve caracterizar a instituição escolar, inclusive, com ações pró-ativas dos agentes da autoridade legal, como palestras, entretenimentos lúdicos, etc...

A relação entre polícia e juventude é bastante complexa e marcada muitas vezes por um clima de tensão e de preconceito dos dois lados. Geralmente, policiais e jovens não se relacionam fora do contexto criminal, o que reforça o distanciamento entre esses grupos.

Somente utilizando criativamente os recursos disponíveis o policiamento escolar obterá resultados efetivos na prevenção e redução da violência inclusive aproximando os agentes da comunidade, transferindo aos educandos o respeito à lei e ao próximo.

Para a efetiva busca de alternativas reais, é imprescindível questionar algumas premissas que explícita ou implicitamente fundamentam posturas e propostas a esse respeito, sendo:

- Não existe causa única: a cada efeito corresponde uma causa; portanto, se a causa for eliminada ou removida, o efeito desaparecerá. A violência é, provavelmente, o fenômeno mais complexo com o qual a escola se defronta. Apresenta várias faces, dimensões e interfaces. São múltiplas as suas causas, fatores desencadeantes e agravantes. Seu enfrentamento exige atuação simultânea e integrada em diversos níveis, com distintas estratégias. Imaginar que a violência pode ser resolvida (apenas) com policiamento é ingenuidade, porém, é fundamental a interação entre educando e policial, sendo o segundo preferencialmente Guarda Civil, pois este não se encontra “doutrinado” por padrões militarizados, tendo seu comportamento regrado por padrões comunitários e humanizados, fator fundamental para que não se vislumbre o educando com o “possível infrator” e sim como cidadão.

- Não existe violência singular: Devemos visualizar a pluralidade das “violências”, isto é, desde um simples desentendimento entre alunos até atos infracionais dos mais graves como tráfico de entorpecentes e lesões corporais. Tudo faz parte do aprendizado de controle emocional, convívio social e respeito às diferenças que deve integrar os objetivos da experiência escolar, e mesmo as mais simples ações devem ser identificadas e, de acordo com a gravidade, tratar como policial somente em último caso.

- Não existe “aluno problema”: É absurdo afirmar que o problema escolar está no aluno. O educando transmite exatamente o que assimila, isto é, todo seu comportamento se espelha no que possui ao redor, no que traz como herança familiar, no aprendizado intuitivo e na sociedade em geral que, sinceramente, no Brasil não é exemplo para ninguém.

- Não existe solução simples: A premissa maniqueísta, que divide os alunos entre "bons" (aqueles que não dão trabalho) e "maus" (aqueles que dão trabalho demais). A conseqüência disso é desejar uma escola que só tenha "bons" alunos; no intuito de viabilizar esse sonho, excluímos os "maus" – inicialmente, rotulando, discriminando, culpando e aplicando sanções e, finalmente, expulsando da escola. Na realidade, é possível identificar três grupos de alunos no que se refere à prática de atos violentos: uma pequena minoria que regularmente usa de violência; outra minoria que nunca pratica violência; e a vasta maioria que só faz uso de violência a depender das circunstâncias. Isso significa que, se criarmos ambientes inclusivos e situações de convivência pacífica, onde o Guarda Civil não é apenas um mecanismo de coerção e sim membro integrante do universo escolar, interagindo e transferindo os princípios fundamentais de respeito à legislação, moralidade e civismo, a maioria não encontrará motivo para fazer uso de violência. Esta passará a ser cada vez menos freqüente, até ser tornar uma exceção, por não mais fazer parte da cultura escolar, nem da linguagem interpessoal. O ambiente exerce uma poderosa influência sobre o ser humano, e isso ocorre também no aprendizado da paz. Por outro lado, se insistirmos em excluir os que são agressivos ou desobedientes, que alternativa lhes oferecemos? Freqüentemente, são transferidos de escola em escola, até que um dia vão parar em alguma Fundação Casa ou presídio e retornem por determinação judicial em Liberdade Assistida, rotulados e ainda mais contaminados pela discriminação social.

- Não existe competência única escolar: Pensar que a escola tem como missão unicamente transmitir conteúdo disciplinar no processo educativo em sala de aula. É tolice imaginar que a capacitação técnica para inserir o jovem no mercado de trabalho é o objetivo final da escola. A capacitação moral e emocional deve ser aprendida também na escola que é um mecanismo de inserção do educando no meio social. A simples aplicação de conteúdos e disciplinas em nada favorece a construção da moral e o aprendizado de civilidade, não contribui em nada no processo de transformação pessoal ou social. É urgente que o sistema educacional e cada educador reconheçam o ser humano em sua totalidade, que abrange o físico, o mental, o emocional e o espiritual.

- Não existe solução unilateral: Não cabe ao Diretor a exclusividade da solução dos problemas da escola. Melhor seria que os diretores se reconhecessem como líderes de uma comunidade escolar, a qual inclui alunos, professores, funcionários, dirigentes, famílias dos alunos e, finalmente, os vizinhos do prédio escolar. Aos diretores cabe sensibilizar, mobilizar, ouvir, articular, integrar, negociar, visando construir a unidade dessa coletividade. É impossível ao diretor, isoladamente, "resolver" os diversos problemas comunidade escolar pensando e decidindo coletivamente.

- Não existe solução com repressão: A repressão como antídoto para a violência já se mostrou ineficaz. Quanto mais confiamos na repressão, mais descuidamos da educação. Isso é verdade para a sociedade como um todo e para qualquer escola, em específico. Os melhores antídotos para a violência na escola são uma boa relação entre educador e educando, baseada em vínculos afetivos, diálogo, respeito mútuo e princípios de justiça, e um ambiente escolar de participação, valorização, alegria e flexibilidade. Isso demora mais e dá mais trabalho de que chamar a polícia, mas é exatamente essa a missão da escola.

A necessidade de uma imagem para se espelhar faz parte do amadurecimento e desenvolvimento de qualquer personalidade em formação sendo fundamental a presença de um exemplo de autoridade além do contexto paterno, possibilitando ao educando a expansão de seu ciclo social e transferindo conhecimentos morais e cívicos, iniciando o processo de inclusão social, respeitando as normas e as regras de conduta e convivência pacífica apoiada numa metodologia voltada para a conscientização espontânea, tem por objetivo amplo o resgate dos valores permanentes e imutáveis de uma sociedade e de uma nação, tais como a família, a cidadania, o comportamento ético, o amor à Pátria.

Valores hoje invertidos pela própria educação sociedade. Afirmo, ainda, que a violência, as drogas e o vandalismo são triste reflexo da desestruturação familiar, da vulgaridade dos meios de comunicação de massa e o “ter” tornou-se mais importante que o “ser”; a falta de referenciais éticos e a consagração da impunidade concorrem para o desajuste das famílias e a marginalização das crianças, adolescentes e jovens.

Acessem os artigos:
Policiamento Escolar por Márcio Augusto de Salles
Ações em Estabelecimentos de Ensino por Alírio França Vilas Boas
Proteção Escolar por Anderson de Souza Merighi
Proteção Escolar por Carlos Alberto Caetano

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Minha Doce Ilusão

Autor: Sérgio Luiz Pereira de Souza


Chegamos de novo à época em que o “civismo” aflora em todo cidadão brasileiro. Num período quadrienal a simples lembrança do Hino Nacional faz nos sentir arrepios por todo o ser, erigir o corpo em respeito, erguer a cabeça e até levar a mão ao peito numa demonstração de patriotismo, ausente por quatro anos, ou se presente, não com a mesma volúpia.

Tornamos-nos “guerreiros” credenciados e entusiasmados pela mídia, nos deixamos levar, de novo, como fomos invocados há oito anos pela música que era sucesso do momento, mas que não se fazia necessário, pois sempre que se aproxima esse evento nos deixamos levar pela paixão primeira, naturalmente.

Cada um de nós veste a camisa e de coração se coloca, ou melhor, se convoca e se escala. Até mesmo aquele que durante quatro anos sequer sabe dizer quais são as cores que veste nosso esquadrão se entrega a paixão, expectativa, tensão, entusiasmo, crença de que tudo será melhor após a vislumbrada conquista.

Doce ilusão, pois tudo será como antes, mesmo assim é válida nossa alegria, não sejamos hipócritas, todos nos beneficiamos desse contágio nacional, do mais abastado ao menos favorecido, do mais culto ao não alfabetizado. Homens, mulheres, crianças, todos envolvidos, tornamo-nos um. Seria bom termos esse sentimento de civismo exacerbado sempre, amor à nossa pátria.

Isso não ocorre com freqüência. Embora muitas vezes possa parecer que a máxima da música se faça valer a todo instante, deixamos a vida nos levar mesmo quando não solicitado.

No entanto, eu de minha parte vou torcer como sempre e aproveitar esse momento em que nos faremos felizes na ilusão, pois: “Nem só de pão vive o homem”.

Mesmo sabendo que as agruras do dia a dia estarão camufladas, aguardando o encerrar de nossa pausa e, pior ainda, trazendo o risco de nosso sonho tornar-se pesadelo, caso isso aconteça, que venha 2014.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Clique Solidário

Mensagem enviada por Gilze Maria Costa Francisco
Presidente do Instituto Neo Mama


Queridos Amigos e Amigas,

O seu clique solidário não custará nada.
Digam aos seus amigos ainda hoje!

O Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama em conjunto com a Equipe do Site do Câncer de Mama gerenciam uma campanha que necessita de cliques para alcançar quotas que lhes permitam oferecer mamografias gratuitas a mulheres brasileiras necessitadas.

Demora menos de 5 segundos, mas fará uma grande diferença acessar o site e clicar no botão cor de rosa que diz:

"Campanha da Mamografia Digital Gratuita".

Acesse diariamente o Website:

http://www.cancerdemama.com.br

Não demora e não custa nada, ajudem a detectar precocemente o câncer de mama. Ele tem cura!

Observação:
Caso você ainda não saiba, 1% dos casos de câncer de mama acomete os homens.

Obrigado!

Instituto NEO MAMA
de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama

Rua Mato Grosso, 450
Santos-SP CEP: 11.055-010
Fone/Fax: (13) 3223-5588
Email: neomama@neomama.org.br

terça-feira, 8 de junho de 2010

MUNICÍPIO DE VARGINHA FIRMA CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E OPERACIONAL NO TRÂNSITO COM O ESTADO DE MINAS GERAIS.

A partir de 27 de maio de 2010, o Município de Varginha, atuará efetivamente no trânsito da cidade conforme convênio estabelecido entre Estado e Município.

O Convênio foi assinado no dia 29 de setembro de 2009 e após vários preparativos, a partir de hoje a Guarda Municipal estará desempenhando as atividades estabelecidas pela autoridade de trânsito do município.



A Guarda Municipal de Varginha atua no trânsito desde sua municipalização, fiscalizando as autuações de competência do município e agora com este presente convênio, firmado entre os entes federativos, ESTADO DE MINAS GERAIS e o município de VARGINHA , vai melhorar a eficiência da fiscalização na atividade de trânsito nos limites do município.

A autoridade de trânsito municipal, Eduardo Seppini diz: A cidade de Varginha só tem a ganhar com a assinatura do referido convênio, pois assim na parte operacional, os Guardas Municipais terão mais liberdade para atender de forma rápida e eficiente todas as solicitações que se referirem as infrações cometidas no trânsito.



Com a instituição do novo Código de Trânsito Brasileiro pela Lei Federal n. 9.503, de 12 de setembro de 1997, houve uma significativa ampliação das atribuições dos Municípios para atuarem nas áreas de fiscalização de trânsito. Desde então compete aos órgãos executivos municipais de trânsito exercer várias atribuições.

A partir dessas novas atribuições o Estado de Minas Gerais delegou ao Município de Varginha a competência para fiscalizar, autuar e aplicar as medidas administrativas cabíveis relativas às infrações de trânsito de sua competência cometidas no perímetro urbano e em contra partida o Município delegou o mesmo poder ao Estado.

Segundo Comandante da Guarda Municipal de Varginha, Mauricio Maciel "Esse convênio tem muita importância para a nossa cidade e uma conquista para a Guarda Municipal de varginha".


Os Guardas Municipais de Varginha passam por constante capacitação de forma a prestar um trabalho de qualidade a comunidade, ultimo treinamento foi de 40 h/a, dos módulos “Especialização em legislação de trânsito” e “Fiscalização de trânsito – teoria e prática”, que constituem a fundamentação básica necessária para atuação destes profissionais.

O objetivo é colocar o Guarda tecnicamente preparado, evitar conflitos e possibilitar sua pronta atuação nos inevitáveis acontecimentos levando em consideração o comportamento dos indivíduos e as mudanças psicológicas decorrentes do stress gerado pelo trânsito.


CENTRAL DE COMUNICAÇÃO
GUARDA MUNICIPAL DE VARGINHA
Site: gmvarginha.com.br

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Militarização da Segurança Pública

Autor: Wagner Pereira

A possível criação do Ministério da Segurança Pública num eventual Governo do Presidenciável José Serra, anunciado no final de abril, foi tema deste Blog no artigo "Isto muito me preocupa!", de imediato começamos a especular sobre quem seria o ministro, porém a certeza de que seria um militar, provavelmente oriundo da Polícia Militar do Estado, por sua passagem pelo Governo Paulista ou das Forças Armadas por sua passagem pelo Governo Fernando Henrique Cardoso, no qual era Ministro da Saúde, fato confirmado na matéria "Serra defende militares para comandar Ministério da Segurança", publicada no Portal Folha.com.

Nesse cenário, mudanças radicais na segurança pública, como desmilitarização, unificação e municipalização, caso ocorram ficam a cargo dos Policiais Militares, compreensível devido à dimensão do contingente das Policias Militares Estaduais, entretanto não fica claro o destino das outras forças policiais.

No tocante as Guardas Municipais o futuro é incerto, devido sua ausência de representatividade política, fator que tem sido preponderante nas mudanças recentes das políticas publicas e de governo para a segurança pública.

Entretanto, não há divulgação de projeto, funcionamento e atribuições do eventual Ministério da Segurança Pública, pairando dúvidas sobre o destino do Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania (PRONASCI) e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), que tem sido responsável por fortes investimentos em estrutura e qualificação profissional das Policiais Estaduais e Guardas Municipais, que hoje estão inseridos no Ministério da Justiça, podendo gerar um conflito de competência ministerial, pois o que seria de competencia de um e de outro.

Intrigante, o silêncio da imprensa e da sociedade civil para tema de tamanha relevância.

sábado, 5 de junho de 2010

POLICIAMENTO ESCOLAR

Autor: Márcio Augusto de Salles

A Guarda Civil Metropolitana é uma Corporação uniformizada e armada, criada para proteção dos BENS, SERVIÇOS e INSTALAÇÕES do Município.

Isso está claro nas legislações em instância Federal, Estadual e Municipal.

Seu aspecto comunitário está intrínseco na própria razão de sua criação. Foi exatamente com esta filosofia que o Sr. Jânio da Silva Quadros idealizou a Corporação que se referenciou na antiga Guarda Civil do Estado de São Paulo.

Com o passar dos tempos, a Instituição foi variando suas características de acordo com as gestões de governo vigentes. Tais variações impediram uma especialização, uma identidade, que permanece na gestão atual. Tantas são as atribuições abarcadas pela Instituição, mesmo sem ter os recursos para tais.

Este artigo em questão norteia de uma forma mais resumida, através de uma retrospectiva dos seus 24 anos de existência que expõe as principais atividades perdidas.

QUAIS OS CAMINHOS QUE A GUARDA CIVIL METROPOLITANA DEVE PERCORRER?

Otimizando as suas características e tomando como base os objetivos pelos quais ela foi criada.

Também sugere formas de tornar a Guarda Civil Metropolitana especialista na segurança em curtíssimo espaço de tempo e o ponto chave para isso é o comprometimento dos seus gerenciadores.

RESUMO

O artigo aborda alguns dos principais impedimentos que trata tanto do que a Corporação deixou de ganhar para seu desenvolvimento, e neste contexto quem mais perdeu foi à própria municipalidade uma vez que, o objetivo da Instituição é a excelência dos serviços prestados.

Mostra também a falta de identidade da Instituição devido a sua falta de objetividade operacional e administrativa oriundas da vulnerabilidade à influência externa de conotação política das gestões de Governo Municipal ou interesses de outras instituições.

Então através de uma analogia das precariedades do passado e suas oscilações entre erros e acertos, considerando também as deficiências que avança de forma cada vez mais concreta, algumas sugestões expostas aqui merecem ser consideradas com atenção porque resgatam as características operacionais, funcionais e administrativas da Instituição como, o policiamento escolar. Sanando esses problemas e recolocando a Guarda Civil Metropolitana rumo ao crescimento.

O colapso da segurança assola a população tanto das grandes Nações consideradas de primeiro mundo, através de ações terroristas que muitas das vezes são provocadas por elas próprias, quanto nos países de menor expressão a nível mundial como é o caso do Brasil.

Aqui a insegurança é fruto de uma péssima distribuição de renda, falta de investimento em necessidades básicas sociais como emprego, moradia, saúde e principalmente na educação. Algumas medidas devem ser aplicadas em conjunto pelo público através de ações integradas entre as forças das administrações Públicas das três esferas de governo.

A Guarda Civil Metropolitana, como órgão do Poder Público Municipal, tem papel fundamental na mudança do quadro crítico social que a cidade vive com relação á deficiência na incolumidade dos patrimônios e segurança dos cidadãos.

Por estar nos setores dos serviços municipais que são os mais próximos dos cidadãos, como vias públicas, parques, praças, hospitais, centros esportivos, escolas, céus, tele-centros etc., os Guardas Civis Metropolitanos acabam se transformando na primeira alça de apoio ao munícipe quando este necessita.

Também nas situações tranqüilas ele é uma peça fundamental para a prevenção, além de uma pessoa amiga, cordial e prestativa à comunidade por manter uma maior aproximação devida seu perfil mais simpático.

É diferente da polícia estadual, em que um cidadão a procura somente quando está necessitando e isso não permite à instituição uma característica comunitária. Assim, as guardas municipais, mais especificamente a Guarda Civil Metropolitana, deve ter como alicerce a função integralmente preventiva buscando ações nas causas dos problemas, embora esteja sempre alerta e preparada às possíveis intervenções que exijam ações repressivas também.

Este artigo tem por objetivivo geral tentar resgatar a identidade da Guarda Civil Metropolitana, através do restabelecimento de suas prioridades operacionais diante das questões sociais e as precariedades dos recursos provenientes da falta de investimentos na sua infra-estrutura e também do comprometimento e reconhecimento dos seus gerenciadores.

Temos no quadro de funcionários o fator mais positivo onde o empenho, vontade e ideal de cada guarda fizeram a Corporação atravessar as inúmeras dificuldades, sobre as quais se faz prevalecer nestes 24 anos de existência. Basta lembrar que as Guardas Municipais pedem apenas para trabalhar.

Com investimento em capacitação aprimoramento e técnica de ações comunitárias de policiamento, somada ao excepcional material humano e a vantagem de lidar diretamente com o Cidadão por ser comunitária e não institucional, a GCM, poderá promover um desenvolvimento técnico profissional que levará ao topo da eficácia operacional nas questões da segurança no âmbito municipal.

Cabe ressaltar que desde 1986, quando foi criada pelo então Exmo. Senhor Prefeito Jânio da Silva Quadros, a GCM, já adotara as características de policiamento comunitário, porém, por estar sempre suscetível às súbitas mudanças diretas das ideologias políticas a cada gestão de governo municipal, a Corporação não se definiu no cenário da segurança.

Então, não é uma questão de legislação e sim vontade política de promover mudanças e resgatar conceitos básicos, para colocar a GCM como um órgão da segurança Pública Municipal, inclusive com um Secretario de Segurança Urbana oriundo da própria carreira e sem qualquer vinculo com as instâncias estaduais ou Privado, o que promoverá autonomia e a deixará soberana em seu gerenciamento, já que a Instituição não fica devendo nada para qualquer outra força em termos técnicos operacionais.

Por que um Secretario de Segurança Urbana próprio da carreira?

Porque o compromisso da Guarda Civil Metropolitana estará voltada exclusivamente às problemáticas da segurança e questões de interesse apenas da municipalidade deixando os interesses políticos institucionais de outras instâncias completamente nulos de influência.

A Partir daí, é possível promover uma definição das prioridades, e então a Guarda Civil Metropolitana poderá planejar uma estratégia operacional mais eficiente onde abdicará de algumas atividades que não são prioritárias e que somente demandam empenho de guardas, para direcionar os esforços em busca não somente da eficiência, mas também poderá almejar êxito na busca da excelência em algumas atividades dentre as quais devemos ter como a principal, o policiamento escolar.

Retomando ao passado, podemos tratar das nossas raízes adaptadas às necessidades concretas e atuais que é a segurança dos próprios municípios como Via pública, Praças, parques Hospitais, creches, pronto-socorro, céus etc., que a pertinência da situação necessitar. Mas não podemos deixar o GCM numa situação de guardião do prédio como no passado. Naquela época a Corporação estava em fase de formação tanto no aspecto estrutural quanto no operacional, funcional e administrativo.

Policiar os próprios municipais citados supra, nos dias atuais, significa que os guardas escalados no posto e as viaturas de ronda, formam o sistema de policiamento do setor, ou seja, os GCM's não devem ficar dentro do próprio municipal que ele estiver escalado, deve percorrer também as imediações numa adjacência mais curta enquanto a viatura da ronda deve policiar o perímetro mais extenso deste Próprio Municipal. Assim estes guardas estarão escalados numa extensão do local em questão e não restrito somente à parte interna deste local.

Os próprios municipais são apenas uma referência para se delimitar a área de atuação do GCM em escala de serviço, são uma espécie de base que terá sempre 02 GCM's de plantão, enquanto outros rondam o perímetro, aproveitando melhor a sua característica preventiva e comunitária, e suprimindo o estima que compara as funções de um GCM uma mera guarda patrimonial; o que sempre foi um equivoco ou falta de planejamento nas filosofias das gestões de governo municipal.

ESSA É A FORMA DE SE OBTER O MELHOR RENDIMENTO SOCIAL DE UMA VERDADEIRA POLICIA COMUNITÁRIA.

Não se podem limitar as atribuições de uma corporação que tem capacidade e preparo para funções mais abrangentes, somente por questões partidárias ou até mesmo em atendendo aos interesses institucionais alheios à municipalidade.

Conforme já foi abordado anteriormente, a base constitucional da Guarda Civil Metropolitana que é a proteção dos bens, serviços e instalações municipais, ou seja, o policiamento nos próprios municipais e adjacências, necessita ser resgatada. A vantagem da eficácia do nosso trabalhador está exatamente nos postos de atendimento municipais, em que o cidadão usuário tem contato com o GCM nas situações em que não está necessitando de seu préstimo como policial, ou seja, por não ter sido aviltada a sua integridade física ou moral.

Então, apesar de estar sempre preparado para agir nesta circunstância também, o contato terá um contexto estritamente social, onde o GCM tem a oportunidade de mostrar a sua educação, conhecimento, cidadania, boa apresentação, gentileza e seu garbo entre outros predicados que com certeza, passa despercebida por uma pessoa quando esta necessita da sua intervenção como policial.

Dessa forma o GCM conquista a simpatia dos munícipes usuários, acompanhantes e funcionários dentro da sua própria ação preventiva, o que realça o lema da Corporação que é: “AMIGO, PROTETOR E ALIADO”.

Havia um orçamento próprio além da verba federal e tudo era aplicado em razão da segurança urbana, ou seja, a Guarda Civil Metropolitana gozava de investimento que a deixaria mais forte a cada ano se o planejamento fosse continuo.

Entretanto, com a mudança de gestão, a Secretaria SMSU foi desativada e restrita a Coordenadoria. Então, onde havia um secretario se fez um coordenador. Mas o pior que tudo na GCM, foi reduzido. Perdeu-se a verba do governo federal e o resultado disso é o pior possível, pois, a frota estava sucateada e não havia investimento nem mesmo para se promover a manutenção.

As inspetorias estavam e ainda estão cada vez mais precárias, sem condições básicas até de higiene, e isso influencia na dignidade do guarda como servidor e acaba por recair também no seu rendimento operacional.

Hoje foi restabelecida a secretaria de segurança urbana novamente e a guarda Civil Metropolitana não pode presidir dessa secretaria que traz recursos para concretizar todos os planejamentos e cumprir metas de desenvolvimento tanto na infra estrutura operacional quanto no aperfeiçoamento profissional do efetivo; e o que é ainda mais relevante, com verbas provenientes do governo federal exclusivamente para isso.

Observa-se que a Guarda Civil Metropolitana vem perdendo o caráter comunitário a cada dia que passa, o GCM está se ausentando cada vez mais dos próprios municipais para compor o efetivo destinado a outras funções que não são bem vistas pela sociedade num contexto geral, e ainda algumas chegam a ser questionáveis quanto ao seu caráter legal.

Esse é exatamente o caso da antiga Inspetoria de Fiscalização do comércio ambulante na área da subprefeitura da Sé, que deveria por oficio constitucional, ter a função de proteger o serviço da fiscalização realizado pelos agentes vistores da subprefeitura, e não de fiscalizar. Assim, o GCM é removido das funções onde é visto com simpatia pela sociedade, para desenvolver ações totalmente antipática à opinião Pública, salvo raríssimas exceções, e isso desgasta a boa imagem da Instituição. Caso este ainda se faz na região do Jabaquara.

A Inspetoria de Fiscalização era uma Unidade que abarcava um número exorbitante de GCM's e ainda assim era insuficiente para a resolução do problema do comércio informal na área central da nossa cidade. Isso porque o GCM, que é um policial e não um fiscal é submetido à tarefa de realizar até apreensões na rua, o que dificulta o desempenho pelas suas características preventivas, além de banalizar a sua imagem de policial quando ele é caracterizado como “rapa”, apelido vulgarmente atribuído á fiscalização.

A visão que o GCM espelha para a população, na atividade da Inspetoria de Fiscalização era exatamente a de um “rapa”, ou seja, um uniformizado e armado fiscal de ambulantes. Comparando as atividades, seria o mesmo que uma Lei Municipal obrigasse o GCM a dar aula na escola, ao invés de cumprir com sua função constitucional única que é a proteção da mesma.

Como a Inspetoria de Fiscalização foi desativada, os 85% dos seu efetivo deveriam voltar ao policiamento escolar. Os outros 15% restantes, comporiam um núcleo de fiscalização que, juntamente com GCM's já prontos digo GCM's que já participaram diversas vezes das operações, fariam apreensões nos inúmeros depósitos de guarda-volumes espalhados por toda a cidade em locais de concentração do comércio ambulante.

É um trabalho que já foi realizado com intensidade em 2006 e obteve um resultado estatístico surpreendente.

A Fiscalização de rua é um problema das subprefeituras; já que são elas próprias que deliberam sobre as TPU's (Termo de Permissão de Uso), também devem fiscalizá-los com seus agentes vistores que são os profissionais devidamente preparados e remunerados para tal função.

Na própria Inspetoria formar um corpo de guardas que já são capacitados para diálogo e busca de entendimento caso necessite.

Hoje temos GCM's capacitados para qualquer tipo de trabalho seja ele social operacional preventivo ou ostensivo e de estratégia.

Então concluímos que o efetivo deve ser otimizado; assim, também retomamos uma forma de operar mais inteligente e eficaz, agindo nas causas do problema no comercio informal ai invés de agir nas conseqüências. O combate ao comercio irregular ambulantes será realizado com muito mais abrangência e sem qualquer imagem de arrogância e antipatia da Guarda Civil Metropolitana para a comunidade.

Hoje em dia as problemáticas de proliferação das drogas nas escolas temos uma ação de cunho social, cidadão e solidária. É o que há de mais social, integrando ações e métodos objetivados sanar esses problemas.

Uma unidade escolar muito pode fazer para auxiliar no combate às drogas por duas razões básicas:

A primeira é que o problema está em todos os níveis sociais e em todos os grupos, ou seja, na turma de amigos do bairro, no trabalho, na familia, nas opções de lazer enfim, em todos os segmentos, dos mais variados de convívio social e isso inclui a escola que, mesmo as que não têm o problema instalado internamente, sofrem com reflexos do problema externo que é trazido para seu interior, Então, mesmo conseguindo impedir que o aluno faça uso do entorpecente dentro da escola, não é raro a unidade sofrer atos de vandalismo e violência, que são reflexos do uso dessas substâncias fora da Unidade Escolar.

A segunda é que a droga não se combate somente com repreensão, já que é um problema cultural também. Através de um trabalho de conscientização nos alunos, desde criança até a adolescência, sobre a negatividade dessas substâncias, poderá ser estabelecida uma postura de repúdio às drogas para as próximas gerações.

Criar uma divisão para os readaptados para um trabalho de instruir os alunos das escolas, alem de resgatar a dignidade profissional dos GCM's readaptados (aqueles vetados para o trabalho operacional), preparando-os para um trabalho especifico de instruir os alunos das instituições escolares de todos os níveis, através de dinâmicas de conscientização sobre os danos causados pela problemáticas das drogas.

A Guarda Civil Metropolitana tem um setor de inteligência, mas infelizmente não funciona.

Podendo readequar, por exemplo, não tem um estudo de seu passado, referencia o presente e planejamento o futuro, jamais foi elaborado qualquer planejamento com metas a serem cumpridas. A Corporação vive sempre o gerúndio da sua situação, ou seja, de acordo com o momento. Isso muito colaborou para a sua vulnerabilidade, que sempre deixou a Inspetoria suscetível às vontades da gestão de momento. Como não bastasse atender vontades de gestões de governo, houve períodos em que se chegou a atender até necessidades, ou interesses pessoais de autoridades municipais, num ato de total irregularidade.

Por mais inteligente e competente que possa ser a pessoa de um comandante, não significa que seu comando será positivo. Para exercer uma gestão coerente, justa, competente e progressiva, é necessário um setor de inteligência legado diretamente a ele. E um serviço com funções muito diversificadas, que possibilita desde o tratamento de informações e dados colhidos, até mesmo agir em assuntos disciplinares funcionais de uma forma mais restrita e exclusiva. Os dados estatísticos também são muito importante para qualquer gerenciador, e a manipulação desses dados deve ser realizado pela inteligência: e por este motivo o setor deve ter ligação diretamente com o Comando da Unidade.

De um modo geral podemos afirmar que um setor de Inteligência é imprescindível a qualquer forma de administração, e no caso da Guarda Civil Metropolitana funciona como o cérebro da Corporação, que hoje é administrada sem memória.

São através da inteligência que o comando prepara medidas saneadoras das mais variadas formas, planeja operações com fundamento informativo, estabelece metas a serem alcançadas e delegadas missões; tudo de uma forma previamente planejada e dentro de parâmetros devidamente estudados.

Este setor também mantém a Corporação sempre atualizada no contexto da segurança e outras questões pertinentes de um modo geral, ou seja, mantém a Guarda Civil Metropolitana sempre a frente das questões atuais; um contraste com a atualidade, onde a Corporação está sempre em último plano, isso quando consegue ser inserida em algum plano.

OBJETIVO GERAL DESTE ARTIGO

Os órgãos governamentais de segurança trabalham sempre nos efeitos e pouco nas causas, e ainda se agrava o problema com as distorções morais, sociais e inversões de valores que presenciamos no cotidiano, bem como veículos de comunicação.

Essa inversões atingem a familia, que já não propicia os mesmos conceitos morais e éticos de educação familiar e sem essa base, a criança fica a mercê das Unidades Escolares. Essa por sua vez, não tem como suprir aquilo que faltou no âmbito familiar, já que a sua competência é apenas complementar.

Assim sendo, a Guarda Civil Metropolitana recebe uma ótima oportunidade funcional de se firmar como uma referencia na área de policiamento escolar em médio prazo.

Unidade escolar deve voltar a ser priorizada pela GCM, pois é a maior oportunidade para mudar essa situação, através de um trabalho concreto e planejado. O Município promove a educação didática nas EMEIs e EMEFs, onde abrange uma faixa etária de alunos que varia dos 4 anos de idade até a adolescência, e que tem contato direto com a Guarda Civil Metropolitana que trabalha nestes postos.

Com um trabalho voltado não somente a segurança do patrimônio, mas também com implementos de socialização realizados pelo próprio GCM, desde que devidamente preparado aos estudantes e corpo docente, através de continuadas palestras na própria escola, os alunos podem ser conscientizados sobre a importância da função policial, seja ele de qualquer Corporação, e também sobre o respeito próprio e as regras de convivência; esses são conceitos familiares que a didática comum não supri. Isso aproxima a GCM Cada vez mais dos alunos e funcionários elevando o conceito geral da Instituição.

Então, a criança de hoje em pouco tempo será um adolescente, porem com uma visão mais esclarecida sobre o legitimo senso de respeito social no que tange às regras de convivência, comportamento e cultura, resgatando assim o verdadeiro caráter, tanto de quem é, quanto de quem quer ser cidadão.

Com essa visão diferenciada, esses jovens terão mais resistência a pratica de delitos e se manterão mais distante das drogas, fatores que são tão banalizados nas suas visões cotidianas. “È a cidadania se manifestando de uma maneira bastante oportuna sob o verdadeiro conceito de Policia Comunitária”. É também a antecipação e prevenção dos problemas de segurança, que futuramente poderiam se manifestar fazendo a Guarda Civil Metropolitana agir nas causas do problema, o que auxilia de forma concreta as instituições policiais do estado que apesar dos magníficos esforços, só conseguem agir nas conseqüências, até por uma condição estrutural.

OBJETIVO ESPECIFICO

A identidade da Guarda Civil Metropolitana esta relacionada ao policiamento escolar, houve um período em que falar da GCM logo surgia à idéia de escola. O caráter humano e prestativo da instituição é propicio para essa atividade, e isso é o que consiste a nossa identidade.

Com as diferentes filosofias das gestões de governo, os objetivos também foram mudando. A prioridade já foi policiamento escolar, marreteiros, rondas ostensivas, lotações (perueiros), etc.

Hoje não se sabe qual é a prioridade; retiraram-se guardas das escolas para a fiscalização dos ambulantes na área central e agora também nas áreas das subprefeituras no Município de São Paulo, e recentemente, para lidar com a questão ambiental, que na verdade lida com desapropriações que é função das inspetorias regionais. Isso fez com a Corporação fosse perdendo a identidade ao ponto de não se saber mais qual é sua verdadeira prioridade, já que o efetivo é sucumbido pela demanda e a infra estrutura quase inexistente.

Nasce então a necessidade de priorizar aquilo que é mais importante para a sociedade e também para a própria Instituição, ou seja, a questão de segurança escolar.

Com o proposto, espera-se que num curto prazo de tempo a Guarda Civil Metropolitana poderá retomar a sua identidade e transformar-se numa referencia em policiamento nas escolas. Talvez não por ser melhor, mas por ser mais eficiente, devido ao numero inferior de atribuições com relações a outras Instituições estaduais.

A competência apenas no âmbito municipal e a gama reduzida de atribuições forma exatamente o trunfo da Guarda Civil Metropolitana, para dedicar-se ao estudo planejado do assunto e concretizar as ações que a colocará no lugar que a Corporação merece, ou seja, como autoridade no assunto.

E então, podemos estimar que, em um curto espaço de tempo, virão outras Instituições de outros municípios, estados e quem sabe até estrangeiros para realizar Cursos de Policiamento Escolar na Guarda Civil Metropolitana.

JUSTIFICATIVA

Tomando-se como base um fenômeno tão conhecido por todos nós, que é o fato da Guarda Civil Metropolitana servir de referência para todas as demais Corporações municipais, devemos desenvolver métodos que ratifique essa referência e a fortaleça a cada dia.

Como já foi abordado anteriormente, o policiamento do GCM na unidade escolar tem que ser participativo. Isso significa estar atento a tudo que ocorre no interior e exterior da escola, munido de informações precisas o setor de inteligência, para que se possam orientar os GCM's que fazem as palestras, na elaboração de trabalhos progressivos quanto à sua eficiência, através da abordagem de temas cada vez mais pertinentes.

Quando se fala em policiamento preventivo, destaca-se a presença do guarda uniformizado no local para impedir que a ação delituosa ocorra; mas na nova concepção proposta, função preventiva na escola é muito mais do que isso; ela consiste em criar meios para que não ocorra sequer à intenção da ação delituosa, e isso só se consegue com uma postura sócio educacional e operacional eficaz e planejada, como é exatamente a que proponho. Devemos ter em mente que o comportamento do GCM significa o comportamento da Instituição, pois a impressão moral é generalizada.

Da mesma maneira que a atitude errada de um guarda compromete a corporação, um positivo e profissional também a enaltece, e também a todos que a compõem. Se a prioridade da Guarda Civil Metropolitana é o policiamento escolar, então devemos realizá-lo com o objetivo de conquistar a excelência profissional de uma Instituição que realmente quer se firmar entre as policias estaduais, e mostra que os municípios podem e devem se inserir no contexto da segurança pública, de uma forma mais concretas e com eficácia até superior às instâncias do Estado.

A partir daí as atribuições tendem a se diversificar, porem, jamais será dispensada a hierarquia das prioridades, porque a filosofia administrativa deverá incidir exatamente na manutenção das conquistas, e neste contexto fica claro que a cada espaço conquistado os esforços também tendem a aumentar; é o preço a ser pago pelo êxito do crescimento.

O POLICIAMENTO ESCOLAR E COMUNITÁRIO

Peculiaridades do Policiamento Comunitário de um Modo Geral

PREVENÇÃO

AÇÕES INDIRETAS DE PREVENÇÃO: a ação delituosa promovendo a inclusão e responsabilidade dos moradores de determinado bairro através da participação da comunidade. Os Consegs entre outros podem realizar também atividades de aproximação da comunidade com a Guarda Civil Metropolitana, através da análise de pontos cruciais de clamor da sociedade local realizada pelo Serviço de Inteligência. O objetivo é conhecer as necessidades dos cidadãos, para uma prevenção ao crime mais planejada, portanto, mais eficaz.

O POLICAMENTO MOTORIZADO: é uma forma direta de prevenção, porém este tipo de policiamento deve redirecionar sua operacionalidade para ações proativas; isso significa voltar seus objetivos para a prevenção de atos delituosos, ao invés de agir em caráter de atendimento a vitimas, ou seja, agir após o acontecimento daquilo que deveria ser evitado através das força de presença.

O POSTO DE SERVIÇO: é exemplo mais antigo, mas com um status de Base Comunitária, deve se tomar o ponto mais recente e atualizado deste redirecionamento. Trabalha de forma fixa, com patrulhamento a pé, de bicicleta, de moto e também a viatura, que possibilita a condução ao DP, socorro e outros tipos de prestação de serviço à comunidade. Isso torna o policial mais conhecedor dos problemas daquele local, e também mais conhecido pela população, gerando uma proximidade entre a policia e a comunidade, o que facilita em muito as ações preventivas.

ELEVAR E DEFINIR NOVAS RESPONSABILIDADES: é a caracterização de um objetivos da implantação dos Postos Fixos como Bases Comunitárias. Nota-se que devem ser priorizados para este trabalho os componentes recém formados na Corporação. Isso se deve ao fato de estarem mais afinados com as teorias do que é policiamento comunitário. Desse modo, a resistência daqueles que não concordam, geralmente os veteranos, se minimiza já em sua fase de implantação.

ADAPTAÇÕES PARA O POLICAMENTO ESCOLAR E COMUNITARIO

COMPORTAMENTO: A policia tem o papel claro de servir e proteger a comunidade, e isso são mais eficaz com o estreitamento das relações no convívio cotidiano com o cidadão, o que gera algumas mudanças de comportamento e postura que o policiamento tradicional atual julga necessário abster.

ESTRUTURA:

Na questão estrutural também se fazem necessárias algumas mudanças. È preciso novos níveis de Comando para lidar com o sistema comunitário de policiamento. Neste contexto o GCM de qualquer nível hierárquico deverá ter autoridade suficiente para organizar a comunidade e juntos, tomarem decisões sem precisar esperar alternativas do Comando Geral.

AUTONOMIA:

A iniciativa dos GCM's do policiamento comunitário, assim como a dos seus comandantes de equipes e da Unidade, deve ser amplamente incentivada pelo Comando Geral, a fim de esgotarem a discussão, buscando sempre a melhor solução para os problemas.

Existem GCM's, principalmente entre os veteranos, que não acreditam na eficácia de outra forma de policiamento que não seja o tradicional, ou seja, aquele que já estão acostumados a realizar esse trabalho.

Esses integrantes devem ser tratados de uma forma mais acadêmica e especializados possíveis, com cursos detalhados; é muito fácil esses policiais não descobrirem que, assim como toda sociedade se transforma com o passar do tempo, os agentes da lei devem fazer o mesmo; com certeza eles descobrirão que estão atrasados e o porquê de terem parado no tempo.

A filosofia primordial do verbo policiar está diretamente relacionada com todos os demais verbos que iniciam no sentido da prevenção. Significa dizer que tudo que se relaciona com prevenção. Significa dizer que tudo que se relaciona com prevenção é um policiamento. Então, adotar medidas saneadoras para se evitar um delito também é policiar.

CONSIDERAÇÃO CONCLUSIVAS

Contudo, só podemos concluir então, que é pertinente a criação de um Sistema Municipalizado de policiamento dentro dos preceitos Escolares e comunitários.
Isso expande o corpo policial para vários setores da sociedades e faz com que a policia realmente seja órgão ativo.

“UM ORGÃO POICIAL DEVE SER CONSTITUIDO POR CIDADÃOS A SERVIÇO DA SOCIEDADE E NÃO POR SOLDADOS A SERVIÇO DO GOVERNO”.

O SISTEMA MILITAR JÁ SE MANTÉM COM DIFICULDADES NAS FORÇAS ARMADAS, QUEM DIRÁ NÓS ÓRGÃOS POLICIAIS.

Com esse regime, a policia jamais conseguirá implantar uma característica comunitária em sua filosofia de trabalho, apesar das inúmeras tentativas que deixa clara e indubitável essa intenção.

A Guarda Civil Metropolitana tem nível cultural, tem um regime civil e é municipal, ou seja, possui todos os predicados necessários para desenvolver uma conduta operacional que lhe permite atingir esse tão almejado, principalmente pelas corporações militares.

Para termos sucesso, basta sair na frente com ações propostas neste texto e, utilizar o que a Corporação tem de mais vantajoso, que é exatamente o contato cotidiano com os cidadãos, proveniente da sua característica escolar também proposta aqui, e que poderá levar a Guarda Civil Metropolitana á condição de autoridade especializada no assunto, tornando-a uma referencia no policiamento Escolar e também porque não dizer nas ações de policiamento comunitário.

Acessem os artigos:
Ações em Estabelecimentos de Ensino por Alírio França Vilas Boas
Proteção Escolar por Anderson de Souza Merighi
Proteção Escolar por Carlos Alberto Caetano

sexta-feira, 4 de junho de 2010

2º PELOTÃO DA TURMA 52

Autor: Carlos Augusto Machado

Permanece marcado em nossas lembranças eventos como o nascimento de uma criança, momentos de afago materno, a orientação e os desafios da juventude, o crescimento e o conhecimento dos mais experientes. O despertar dia após dia e o ocaso repetem-se continuamente. Traçamos metas, objetivos, damos sentido as nossas vidas.


O sol começava a espreitar seus raios e nos já estávamos em forma, prontos para marchar, quando designaram a alguns servidores, “os nossos sargentos”, a tarefa de conduzirem, estenderem as mãos, acender a chama em novos postulantes, os queridos, compenetrados e sorridentes alunos. O calouro, o recruta que brevemente estará pronto e nesta condição serão chamados carinhosamente de “novinhos”, em muitas Inspetorias, até se formar um novo ciclo.


O sucesso de um indivíduo está intimamente ligado a seus valores, princípios, qualidade de vida, objetivos, cultura e união demonstrada em situações de conforto ou de extrema dificuldade.


Logo na apresentação e por reiteradas vezes todos os graduados evocavam que somente a união do grupo superaria os obstáculos. De fato, tivemos a grata satisfação em reconhecer que encontravam soluções por conta própria demonstrando uma nítida evolução profissional. A exposição inteligente revelaram o tirocínio, a astúcia presente nesse incipiente e heterogêneo grupo.


Com freqüência e exaustão salientamos que no momento que ingressaram na instituição reforçaram seus compromissos com a dignidade, legalidade, cidadania e a democracia vigentes nos ordenamentos jurídicos inferiores e consagrados na Carta Mater. Trocando em miúdos abdicaram de maior parcela de liberdade pois personificamos o Estado.



O mister policial, gendarme, em francês, é um sacerdócio, requer controle emocional, integridade, ética, devotamento, despojamento, capacidade em adaptar-se as demandas da comunidade, ou flexibilidade, resolução de problemas a curto e longo prazo. Sabemos que conhecimento e a devida valorização, andam juntos e resultam satisfatoriamente no trinômio: eficiência, eficácia e efetividade; tão estudado nos meios acadêmicos.


Muitos sucumbiram, alguns galgando perspectivas melhores, quer seja salarial, quer comporte maior tranqüilidade e menos riscos. Sendo notório que o risco a vida é iminente, pois auxiliamos sim no combate à criminalidade e impactamos positivamente na redução dos índices criminais de forma direta, ora na prevenção, ora na eventual repressão conforme os ditames da lei. Nossa ferramenta de trabalho, preconizada no estatuto das armas, é letal e somente em exceção, será não- letal, o que já se revela temerário e de interesses questionáveis.

Não sejamos ingênuos que quadrilhas organizadas temem somente a inteligência, a história , ou prevenção. Vejam a triste sina de nossos irmãos tombados em Curitiba.


Os Classes Distintas: Fernandes, Machado e Souza agradecem a colaboração de toda equipe de alunos do 2º pelotão da turma 52. Desejamos sucesso na carreira profissional, que nossa corporação cresça propiciando que graduados e oficiais precocemente ascendam deste grupo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

2º Pelotão da Turma 53 - O Espírito Azul

Autor: Paulo Marques



Era uma vez o 6º Pelotão!


Pois é, havia um pelotão que virou, plagiando o filme, suco!!!
Coisas do nosso dia-a-dia!
Mas não sem antes nos despertar a atenção... muito!



Em certo momento, cada dia, apresentava um novo integrante; recrutas sem conhecimento do que era a Guarda Civil e de ser um guarda civil.
Gente de várias castas, níveis de escolaridade, idades, tribos, vivência.
Gente com experiência de vida algumas vezes maior do que a minha e de muitos dos profissionais GCMs que lhes prestaram auxílio na formação.



Irreverentes, mas compromissados com a causa que abraçaram.

Não vou mencionar “os tipos”, esses, tenham certeza, guardo carinhosamente em minhas lembranças!

Mas, acima de tudo, pessoas que possuíam princípios e ideais muito claros!

Propuseram-se a aprender a vencer mais aquele estágio em suas vidas, apesar das dificuldades de tal complexidade que só eles e seus entes mais queridos poderiam mensurar.

Gente valorosa, de garra!

Começamos, nós os graduados oriundos da turma 25, a perceber a similaridade com a até então, turma 52, pelos momentos que vivemos nas mesmas circunstâncias.
Víamos por seus olhos o tempo que ficou nos quintais de nossas existências...

Depois veio a divisão!


Surgiu o 2ºPelotão da Turma 53


- Pelotão a meu comando.
- “Mas como você é feio, meu filho!”
- “É chefe, mas minha mulher me acha lindinho! Tadinha ela é meio vesga!!!"

Eu, particularmente, e acredito que assim também o CD Lima e o CD Messias, vivi momentos inesquecíveis a frente do 2º pelotão, da recém criada turma 53 – o meu querido “patinho-feio” - que se fez fera.



Fez-se pela gana em se superar, pela dedicação, pela idéia de grupo, pela inteligência e por saber valorizar o próprio esforço desprendido.

Não à toa começaram a superar os demais pelotões e, mesmo sem a mesma instrução, passaram a chamar a atenção de todos! Mesmo quando compuseram a guarda-bandeira, e ousaram inovar e desafiar o que era convencional.



Eu, que esperei tantos anos pela minha realização profissional, a qual veio com tanto “suor”, fui agraciado com as lições que aprendi com os “meus meninos”.
O velho “sarja” se viu novo diante dos que trazia sob sua guarda!


Sigam assim, fortes! Vocês são a essência do que um dia eu disse existir: “O Espírito Azul!”



Se um dia, algum de vós se sentir sem forças para vencer os obstáculos, desiludidos com os revezes que fatalmente vão ocorrer, magoados ou se questionando o que fazem aqui, então, volte-se para dentro de si, retorne no tempo, para os momentos que vivemos junto , para tudo que já lutou até aqui, e certamente irá reencontrar o motivo e a razão que nos fez a todos começar tudo e que lhe fará superar um a um os desafios, como nas manhãs em que venciam a si próprios, os maiores e mais difíceis oponentes que tiveram.


Faça isso como eu disse a todos vocês um dia: “Respirem fundo, levantem o queixo e sigam em frente. Vencerão!”

Lembrem-se: Vocês são especiais!!!