Autor: Daniel Henriques de Macedo
Graduado em História pelo Universidade Cruzeiro do Sul
Inspetor da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Nicolau Maquiavel escreveu “O homem prudente deve seguir sempre as vias traçadas pelas grandes personagens, procurando igualar-se às que foram excelentes.” Seguindo esta linha de raciocínio cito três destes ilustres personagens nesta poucas palavras: Nicolau Maquiavel, Friedrich Nietzche e Martin Luther King.
Nietzche preceitua que “não é a força, mas a constância dos bons sentimentos, que conduz os homens à felicidade” e escreveu também que “O que não derruba um homem, torna-o mais forte.”
Maquiavel além da frase de abertura deste texto assevera que “Às vezes, a aparência impressiona mais que a realidade.” levando-nos a uma reflexão sobre as dificuldades enfrentadas em nosso dia a dia.
Martin Luther King lembra que “Não se pode alcançar bons fins através de maus meios.” E também formulou uma frase imprescindível para a sobrevivência de qualquer empresa num ambiente competitivo como o que hoje se apresenta: “Ou aprendemos a viver juntos, como irmãos, ou pereceremos todos juntos, como loucos.
Finalizando espero que a Guarda Civil Metropolitana sirva cada vez melhor a população paulistana, fazendo uso sempre que necessário dos ensinamentos deixados por grandes homens como estes, lembrando ainda aos formandos que o real papel do líder é identificar potencialidades nas pessoas, formando e habilitando novos líderes no caminho da vida.
Discurso realizado na formatura do curso de Capacitação de Inspetores no Centro de Formação em Segurança Urbana em 18/06/2010.
Lamentável a preferência de nosso orador e representante do Comando da G.C.M./S.P. ao exautar nomes como Nicolau Maquiavel, Friedrich Nietzche , ou será que nos revela a filosofia de trabalho de nossos líderes à frente de nossa amada corporação, pois conhece-se os homens, também pelas suas idéias? Vejamos Nicolau Maquiavel: filosofo político que se tornou famoso por defender a visão de que um governante, se necessário, deveria ser cruel e fraudulento para obter e manter o poder. Seus críticos o denunciam como um homem que foi desprovido de moralidade. A obra-prima “O Príncipe” de Maquiavel pode ser considerada um guia de conselhos para governantes. O tema central do livro é o de que para permanecer no poder, o líder deve estar disposto a desrespeitar qualquer consideração moral, e recorrer inteiramente à força e ao poder da decepção. Maquiavel afirma ainda que um líder deve buscar o apoio de seu povo. Para a surpresa de muitos, o autor explicou que ao assumir o poder “deve-se cometer todas as crueldades de uma só vez, para não ter que voltar a elas todos os dias.” Essa obra é livro de cabeceira de nossa “honrada classe política”. Quanto à Friedrich Nietzche: filosofo existencialista, niilista, inimigo do cristianismo, do racionalismo socrático apregoava: "A moral não tem importância e os valores morais não têm qualquer validade, só são úteis ou inúteis consoante a situação"; "A verdade não tem importância; verdades indubitáveis, objetavas e eternas não são reconhecíveis. A verdade é sempre subjetiva"; "Deus está morto: não existe qualquer instância superior, eterna. O Homem depende apenas de si mesmo"; "O eterno retorno do mesmo: A história não é finalista, não há progresso nem objetivo". Sua filosofia o levou as seguintes conseqüências: Depois de 1888, Nietzsche passou a escrever cartas estranhas. Um ano mais tarde, em Turim, enfrentou o auge da crise; escrevia cartas ora assinando "Dioniso", ora "o Crucificado" e acabou sendo internado em Basiléia, onde foi diagnosticada uma "paralisia progressiva". Provavelmente de origem sifilítica, a moléstia progrediu lentamente até a apatia e a agonia. Nietzsche faleceu em Weimar, a 25 de agosto de 1900. Como relacioná-lo à felicidade? Alem do mais, quanta incoerência, relacionar esses homens à Martin Luther King, homem de ação, apregoava a desobediência civil por meios pacíficos em nome de sua causa igualitária, e aqui deixo uma de suas frases aos nossos líderes: O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. E de minha parte deixo: Qui vivit modo sibi, merito est mortuus aliis. Quem vive só para si, morto está para os outros. Praesta silere, quam stulte loqui.
ResponderExcluirEste Blog não possui qualquer vinculo institucional ou Comando, toda crítica deve ser observada, defendemos uma transformação através da informação, tendo como princípio primordial não permitir o anonimato das idéias, pois é muito cômodo lançar verdades pessoais, distorcer fatos para nada construir.
ResponderExcluirSurpreendentemente é a primeira vez que tenho oportunidade de ler uma crítica desconstrutiva do pensamento de Nicolau e Friedrich, pois nos anos acadêmicos estudamos suas obras e tivemos a certeza de sua importância no desenvolvimento de nossa sociedade e de sua introdução nas instituições públicas.
No tocante a Martin, não há muito que se falar, uma vez que o próprio anônimo reconhece sua importância e numa breve leitura é de fácil percepção que não há relacionamento de pensamento, mas sim uma citação.
Certamente, nosso comentarista não deve se recordar das dificuldades impostas em sua ascensão de carreira, quase escassa nos dias atuais, das retaliações do pensamento divergente ao institucional, de regras conservadoras para manutenção do domínio celeste e na luta, nos resta ter fé.
Nosso Orador, Daniel é uma pessoa honesta e que dignifica todos os dias nossa Corporação, através do seu trabalho, um agregador, não desanima nunca, acredita e faz acreditar que podemos ser a diferença na segurança pública, tem o respeito de todos que o conhecem.
As citações latinas mencionadas demonstram sabedoria ou deselegância?
Quem está vivendo só para si?
Quem perdeu a oportunidade de ficar calado?
Ainda bem que nem todo sábio está correto!
ResponderExcluirJá imaginaram se Aristóteles estivesse correto a afirmar e ensinar que os surdos, por não possuírem linguagem, não eram capazes de raciocinar. Essa crença, comum na época, fazia com que, na Grécia, os Surdos não recebessem educação secular, não tivessem direitos, fossem marginalizados (juntamente com os deficientes mentais e os doentes) e que muitas vezes fossem condenados à morte. No entanto, em 360 a.C., Sócrates, declarou que era aceitável que os Surdos comunicassem com as mãos e o corpo.
Séneca afirmou:
Matam-se cães quando estão com raiva; exterminam-se touros bravios; cortam-se as cabeças das ovelhas enfermas para que as demais não sejam contaminadas; matamos os fetos e os recém-nascidos monstruosos; se nascerem defeituosos e monstruosos, afogamo-los, não devido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos as coisas inúteis das saudáveis.
Ainda bem que existem as dúvidas e não vivemos apenas de certezas.
Ou como dizia um humorista: "muita calma nesta hora!"
Difícil é não elogiar o discurso de uma pessoa culta como o Inspetor Macedo, pelo qual trago profunda admiração por seu posicionamento e interpretação sobre os fatos e assuntos que circundam nossa instituição.
ResponderExcluirSuas palavras são de excelência, as quais trazem uma mensagem profunda, mostrando um caminho que pode ser seguido, assim os autores citados, mesmo tendo sua importância na construção do conhecimento, são polêmicos em determinados pontos de vista, porém não se pode descartar suas citações e a influência exercida.
Vivemos e aprendemos, porém no processo do aprendizado não concordamos com tudo o que é apresentado, pois, as vezes, contraria nossos princípios, o que não é motivo para desprezar o trabalho, estudo, tese, artigo ou até mesmo o discurso de quem quer que seja.
O Inspetor Macedo é um estudioso, graduado e pós-graduado, com conhecimento técnico específico adquirido ao longo de seus anos disponibilizados à nossa instituição, assim ele tem o direito de construir conceitos e temos o dever de respeitar.
As citações, e não glorificação dos autores, têm como objetivo o fortalecimento do pensamento do profissional naquilo que nos é mais importante, a união.
Por fim, contrariando o dito popular “para um bom entendedor meia palavra basta”, utilizarei mais palavras para explicar o pensamento de nosso ilustre Inspetor, sua mensagem foi direcionado aos problemas atuais vividos em nossa instituição, os quais não devem desvirtuar nossas ações, ao contrário, devemos reconhecer nossa potencialidade e aproveitá-la em nosso benefício, juntos, unidos em prol de ideais predefinidos.
Mais uma vez elogio e parabenizo meu grande amigo Pereira pela qualidade dos artigos publicados e pela polêmica causada. É neste momento que temos a oportunidade de expor nossos pensamentos e posicionamentos, ainda concordar e discordar.
Saudações