Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco
Pós-graduado em Direito Administrativo pela Escola de Contas do TCM-SP
O Brasil será sede da Copa do Mundo a ser realizada nos meses de junho e julho, conforme anunciado por Joseph Blater, Presidente da FIFA, em 30 de outubro de 2007, sendo considerada uma conquista do Governo Lula, ao trazer o evento ao Continente Sul Americano, após 36 anos, ou seja, desde sua realização na Argentina em 1978.
No dia do anúncio foram montados
palcos nas principais capitais brasileiras, ante a expectativa da população do
País do Futebol, que entrou em pavorosa com o anúncio tão esperado, iniciando
uma festa amplamente divulgada pela mídia que percorreu todas as cercanias
tupiniquins.
A festa se tornou farra com os
projetos mirabolantes e as politicagens que arrebentam as finanças de um país
capenga, que não possui políticas públicas de educação, saúde, abastecimento,
habitação, segurança, etc...
Vimos atônitos o toma lá da cá na
escolhas das sedes, que deixou de fora o Estado de Santa Catarina, um dos mais
desenvolvidos do país, enquanto ganhamos uma sede em Manaus e outra em Brasília, que sequer possui clubes
habilitados a disputar a terceira divisão do campeonato nacional.
Poucas vozes, como de Juca Kfouri
e de Rogério Ceni, foram corajosas em alertar sobre o erro cometido, pois se
gastaria muito e detrimento de investimentos necessários para evolução do país,
como na educação que capenga e existe tão somente por professores que são
verdadeiros idealistas que lutam
diariamente para promover conhecimento as nossas crianças, enquanto a gastança
na Copa já ultrapassa 9 Bilhões de reais.
No Estado de São Paulo foi uma
aberração, pois a Capital Paulista conta com os Estádios Cicero Pompeu de
Toledo (Morumbi), Palestra Itália, Paulo
Machado de Carvalho (Pacaembu) e Osvaldo Teixeira Duarte (Canindé), mas para
agradar os anseios do então Presidente Lula, vimos a ascensão de Andrés Sánchez,
Presidente do Corinthians, que coordenou politicamente a construção de mais um
estádio para brindar a nação alvi-negra, que esbanjou investimentos que superam
em muito a casa de 1 Bilhão de reais, com milhões de incentivos fiscais por
parte do Governo do Estado e Prefeitura Paulistana, as custas das finanças
públicas e o endividamento do clube.
Quando o Gigante acordou nos movimentos
do ano passado, seus organizadores propagavam o tempo todo que a população
estava indignada e estava dizendo um basta, mas em nenhum momento aprofundaram
o debate sobre a Copa do Mundo no Brasil, o hino nacional cantarolado nas
principais capitais não ecoou, como vimos em jogos da Seleção Canarinho durante
a Copas das Confederações.
No sábado (25/01), vimos a onda
de protestos pelo país e o surgimento do movimento que conta com o apoio dos
black Blocks, marcado com atos de selvageria dos manifestantes e o despreparo
dos órgãos e agentes de segurança pública.
O anuncio da FIFA foi no final de
2007, porém a indignação ocorre somente em 2014, quase 7 anos passados, mas
agora é tarde, pois ficamos deitados em berço esplendido, pois meia dúzia de
gatos pingados não representam ninguém,
pois se analisarmos os números de participantes nas manifestações do ano
passado, são infinitamente menor que o público de uma rodada do campeonato
brasileiro de futebol, que teve uma das piores medias de público.
Somente na Final da Libertadores
da América de 2013, o Atlético Mineiro, conseguiu colocar mais de 58 mil torcedores no Mineirão, enquanto que o maior
público dos manifestantes em Minas reuniu 30 mil pessoas. O ápice das
manifestações ocorreram em São Paulo e o Rio de Janeiro com 100 mil pessoas,
enquanto a quinta (última de junho) e sexta (primeira de julho) rodadas do
Brasileirão tiveram 111.000 e 138.000 pagantes, tendo 266.000 pagantes na
penúltima rodada, número jamais alcançado pelos manifestante.
O Rock in Rio de 2013 contou com
uma média de público de 85 mil pessoas, o show do Bom Jovi reuniu 60 mil
pessoas, meses após o despertar do berço esplendido.
As manifestações estão muito aquém de uma real consciência política
popular, como as ocorridas pelo Movimento das Diretas já, que reuniu 1,5 milhão
de pessoas em São Paulo, 1 milhão de pessoas no Rio de Janeiro, 400 mil pessoas
em Belo Horizonte, 300 mil pessoas em Goiás e 200 mil pessoas em Porto Alegre, ocorridas
nos longínquos 1984, contra um regime militar, mas de forma pacífica e nem um
tiro dado.
A realidade dos brasileiros é que
ocupamos o oitavo lugar em analfabetos adultos do mundo, não temos que ficar
ocupando ruas, temos que ocupar as urnas em outubro e assim fazer a diferença,
pois durante a Copa vamos ver ecoar o Hino Nacional Novamente, porém sem
significado algum para a mudança.
Bravo! Parabéns pelo artigo real, dolorido, mas extremamente necessário em um momento como este. Compactuo com suas idéias.
ResponderExcluirElza