Autor: Alírio Vilas Boas
Oficial da Reserva do E.B.
Pedagogo e Professor de Segurança Pública e Privada.
Mais uma vez o tema tragédia na escola, volta à mesa de debates por Responsáveis da Segurança, Educadores e Sociedade em geral, na busca da mesma resposta “O QUE FAZER E COMO FAZER ALGO CONCRETO E EFICAZ NA SEGURANÇA ESCOLAR”.
A instauração da insegurança no ambiente estudantil obrigam as autoridades constituídas a criar mecanismos para pulverizar em diferentes grupos sociais a crença na inevitabilidade e irreversibilidade das desgraças até então ocorridas.
Tais ações têm sido apenas de explicações pelas autoridades e de aceitações indignadas por parte da sociedade. Na Rede Bancária de todo o país foram adotadas Portas Giratórias com detectores de metais que comprovadamente mais causam constrangimentos aos usuários comuns dos bancos, do que, uma ação eficaz contra o crime, uma vez que, os assaltos, arrombamentos e outras modalidades continuam existindo e desafiando as autoridades.
Espero que o caso atípico do menino de 10 anos, morador em São Caetano do Sul – SP, que alvejou a Professora e se matou logo a seguir, não seja usado como escudo e pretexto para uma série de medidas ineficazes e constrangedoras e uma exacerbada colocação de portões com detectores de metais e outras parafernálias, nas escolas brasileiras, tornando-as verdadeiros presídios.
Têm que se levar em conta a parte psicológica das crianças, podendo as mesmas até perder para sempre uma das melhores fases da vida, a infância. E o pior perceber muito cedo a crueldade humana. Há que ser feito tudo o que for possível para combater tais absurdos, porém, por que não pensar na criança e incorporar nas grades curriculares, disciplinas tais como: Segurança na escola, Bullying e outras matérias afins, preparando também os professores para tais situações. Em médio e em longo prazo os bons resultados aparecerão.
Quando o Estado se omite, a criança é privada de desenvolver de maneira saudável e justa. Se medidas tivessem sido tomadas e colocadas em prática, na ocasião em que o Rei do Futebol Edson Arantes do Nascimento (Pelé), marcou o seu milésimo gol no estádio do Maracanã (Rio de Janeiro-RJ, em 19 de novembro de 1969), ocasião em que foi assim dito pelo Rei do futebol "Dedico este gol às criancinhas do Brasil”. Já se passaram mais de quarenta anos e nada foi feito para as criancinhas da época e que hoje são a grande maioria da população carcerária do País, cuja faixa etária tem menos anos vividos em relação à data do gol e do alerta dado na época, para que fosse pensado no futuro das crianças brasileiras.
Ensinem a elas seus direitos e suas responsabilidades, assim terão uma infância de criança feliz. Quem sabe um pouco tardio as autoridades constituídas venham a encarar tal problema com a amplitude que ele merece, angariando a confiança e o apoio da população cansada de pedir e não obter retorno. Buscar a eliminação da vida indesejável, das eventualidades e dos perigos previsíveis que nos cercam, gera uma vida tranqüila, saudável e segura.
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