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sábado, 19 de junho de 2010

Proteção Escolar Municipal

Autor: Wagner Pereira

Ao longo de cinco sábados o tema Proteção Escolar foi abordado neste blog, buscando aprofundar o debate sobre a prioridade de resgatar a presença da Guarda Civil Metropolitana nos equipamentos escolares da rede municipal de ensino.

A participação foi surpreendente tivemos 59 (cinqüenta e nove) comentários nos artigos publicados, demonstrando a importância da temática e principalmente o interesse de nossos leitores.

Evidente, que não há formula mágica para a solução da violência nas escolas, mas a maior adversidade está no modelo de policiamento a ser aplicado, temos uma vertente crescente que defende a substituição da presença física pela tecnológica, ou seja, sai o Guarda Municipal e entra o monitoramento por câmeras, experiência já vivenciada na Cidade de São Paulo.

Tivemos uma abordagem com muita propriedade no artigo “A presença do Guarda Civil na Escola” elaborado por José Ubirajara Targino da Silva, que destacou os reflexos da repressão no processo pedagógico, essa discussão é profunda e polêmica, pois o caos na educação não é somente institucional, atinge diretamente a formação familiar e o papel desempenhado pelos pais.

Há uma vontade interna nos integrantes da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo pela volta da Corporação aos estabelecimentos de ensino, conforme abordado nos artigos “Proteção Escolar” de Carlos Alberto Caetano e Anderson de Souza Merighi, que traçaram um perfil da importância do trabalho realizado nesses locais, devido suas experiências vivenciadas na execução dos seus serviços em prol da municipalidade.

Tivemos a oportunidade de refletir sobre a adoção do policiamento presencial proposto nos artigos “Ações em Estabelecimento de Ensino” elaborado por Alírio Vilas Boas e “Policiamento escolar” elaborado por Márcio Augusto de Salles, propondo um escopo operacional para efetivação da proteção e principalmente interação do agente de segurança com o agente educacional, buscando um processo de convivência e participação da comunidade, neste caso, alunos e seus responsáveis, para atingir a excelência do serviço público e satisfação dos seus usuários.

O comentário de Roseli Paulina, no artigo “Proteção Escolar”, alertou pela resistência de alguns gestores educacionais com a presença do Guarda Municipal, que promovem barreiras para que a execução do serviço não seja satisfatória, criando um clima de animosidade, este fato é delicado, pois o objetivo é criar parcerias e não inimizades, neste momento de total desequilíbrio social em que nos grandes centros há um intervencionismo pelo liberalismo que beira ao anarquismo, o estado tem que intervir de forma ordenada para evitar eventuais abusos aos direitos individuais e coletivos.

Observamos que nossos leitores destacaram dois pontos importantes, o papel do Guarda Municipal com referencial para as crianças e adolescentes e a problemática das drogas.

Nos idos de 1992, a Guarda Civil Metropolitana possuía um histórico de prestação de serviços em todos os tipos de estabelecimentos educacionais da prefeitura, inclusive nas creches, que geralmente era desenvolvimento pelo efetivo feminino, este trabalho era amplamente reconhecido, pois surpreendia os nossos especialistas em segurança pública, como um Guarda Municipal conseguia promover segurança, muitas vezes sozinho, em escolas na periferia tomada pela violência urbana e principalmente pela ausência de ocorrências policiais.

O projeto Criança sob nossa Guarda permitia o contato do Guarda Civil Metropolitano com as crianças, destacando a importância da cidadania, abordando de forma lúdica as normas de trânsito e a preservação do meio ambiente, chegando ao ponto crítico das drogas, lembrando que na maioria das vezes este trabalho era realizado de forma voluntária.

A Proteção Escolar não pode ser majorada por análise de dados estatísticos traçados em planos e metas, neste modelo de gestão da qualidade oriundo da iniciativa privada, serviço público não visa lucro ou resultados, requer planejamento para satisfação social.

8 comentários:

  1. Parabéns pelo belo trabalho realizado no Blog, espero que outros temas sejam alvo de debate, como reposição salarial, reestruturação, concurso, etc....

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  2. Inegável que a presença de um agente de segurança inibe a violência em qualquer lugar, porém a proposta de inserção do Guarda Municipal nas escolas participando do processo pedagogico somente vem somar aos bons exemplos a serem seguidos pelos alunos, evidenten que a um conkunto de fatores que devem ser analisados, principalmente no perfil desses profissionais, porém observo que há uma vontade de todos pelo resgate da participação da GCM na educação, parabéns pela iniciativa.

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  3. O GCM tem que perder a característica de ação reativa e trabalhar a prevenção, assim temos que nos modernizar e nos livrarmos deste modelo de segurança arcaico e seguirmos a uma política de segurança que vise o resultado final, tendo uma participação direta na formação da personalidade e caráter de nossas crianças.
    Possuímos ferramentas importantes, entre elas podemos citar o ECA e outra leis especiais que regulam determinadas ações da sociedade, porém deixamos de dar a devida importância e seguimos, conduzidos, como cordeiros.
    Não existe fórmula mágica, o que existe é a vontade de querer mudar. Mudar é se especializar e entender as dinâmicas, setorializar a violência e aplicar métodos eficientes para obter o seu controle.
    Felizmente temos pessoas com visão futurista e, com certeza, estas discussões alcançarão seu objetivos e servirão para aperfeiçoar nossos métodos.
    Parabéns meu amigo Pereira, no começo, meio tímido, este blog plantou uma semente e hoje temos discussões de alto nível acessadas por Guardas Municipais desta nossa amada Pátria, Brasil.

    Marcos Luiz Gonçalves

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  4. Muito bem lembrado pelo Senhor Marcos Luiz, a especialização é fundamental para o desenvolvimento de qualquer profissão, pois permite o conhecimento pleno de suas atribuições, seria primoroso iniciarmos um planejamento conjunto, verificando as condições de trabalho dos servidores envolvidos com a educação, que é a pilastra mestre de qualquer sociedade, mas este modelo de capacitação não pode ser forjado por políticas governamentais, mas sim por políticas públicas e de interesse social.

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  5. Pudemos observar várias opniões, algumas bem fundamentadas, que nos permite acreditar que ainda há tempo de reverter este caos social, temos que rever o papel da igreja e das ações sociais institucionalizadas, parabéns a todos que promoveram este ciclo de debates.

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  6. O envolvimento dos órgãos de saúde é necessário não somente para o problema das drogas, mas também pela iniciação precoce ao sexo, que é extremamente incentivada pela mídia e compctuada pela sociedade e o estado, são fatores importantes para o estabelecimento de uma nova sociedade.

    Vemos atualmente pais e filhos frenquentando as mesmas escolas, chegamos ao absurdo de termos avós com menos de 30 anos, mas destacar ações que fortalecem a família não dá espaço na mídia, ´preferimos ver nossa promiscuidade na tv.

    parabens pela iniciativa de abordar um tema relevante como a violência nas escolas

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  7. Treinamento em prevenção, resgate de valores e ações de incentivo à civilidade.
    Como ocorre atualmente é meramente remediar com placebos e maquiar a realidade.

    obs: erros de digitação no post anterior, deculpem.

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  8. Agradeço aos leitores pelo apoio demonstrado em relação ao nosso trabalho, continuaremos lutando para que as opniões sejam difundidas em todo o efetivo para o desenvolvimento do senso crítico individual em prol do coletivo, além de termos a pretensão de consiguirmos levar essas opniões à outros segmentos da sociedade.

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