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sábado, 27 de fevereiro de 2010

... E VOZES ECOAM

Autores:
CARLOS AUGUSTO MACHADO DA SILVA
WAGNER PEREIRA


Ao ser interpelado por amigos de uma tradicional Faculdade paulistana da Rua Maria Antonia. Indagaram quando irei retornar e o que tenho feito. Passei a discorrer sobre a promoção, o curso iniciado, interrompido e novamente retomado e se tudo correr bem no próximo semestre retornarei...

Evoco na lembrança a última aula cujo tema foi Direitos Humanos ministrado por pessoa próxima ao ministro da pasta.

Palavras e opiniões reservadas obviamente não podem ser repercutidas. Porém, podemos extrair algumas conclusões daquela palestra que foram nem um pouco digamos alvissareiras.

Percebi em colegas que após alguns meses de trabalho na função pouco restou do glamour quase pueril que respirávamos nos primeiros dias. Nosso semblante já demonstra os sinais dos tempos, da experiência e responsabilidade intrínseca neste novo mister.

O que fazer no status de líder a fim de manter acesa e renovadas as aspirações, motivados de nosso valor, bem como a qualidade de vida que devemos usufruir para que isto reproduza-se até o cidadão? Incutir o exemplo pessoal talvez, nossa vitória apesar dos percalços, ou cruzar os braços será mais cômodo e covarde?

Alguns incautos podem afirmar que basta o salário no fim do mês e dá-se como finda a fatura. Os psicólogos, alguns presentes em nossas fileiras, falam o contrário. A redução do stress, a valorização, sentir-se útil, preparado são questões relevantes e que devem ser discutidas e encaminhadas preventivamente evitando-se assim dissabores futuros.

Entretanto, perspectivas sombrias ressoaram. Numa verdadeira teoria da conspiração visando o desmonte da corporação menor já em andamento, sob o aval do maestro regente. Dizem ter lavado as mãos, ou melhor a batuta na ânsia de obter apoio eleitoral maior. Estratégia de marketing eficiente, pois será carreado maior número de votos, apesar dos riscos em se declarar inconstitucional e ilegal tais manobras.

Uma política pública ao lado da instituição que atrairia nas urnas apenas um terço dos votos comprometeria os objetivos do sufrágio. Por que aproximar-se da mais vulnerável se disponho em mãos de recursos para agradar a mais gloriosa e pujante. Mefisto, personagem da obra Fausto de Goethe, também teve este dilema que lhe custou caro: a consciência tranqüila em agir de acordo com a coerência ou atingir o apogeu e a proteção do Führer. Buscou o aplauso atingindo o sucesso nos padrões “críticos” do Terceiro Reich. Sacrificou suas convicções e o seu coração.

Vemos rumores de equilíbrio no texto divulgado no site da AbraguardasOs militares estaduais e o seu papel político no futuro da nação” quanto a observação do capitão em frisar o que é notório, isto é, o respeito as competências de cada corporação. Pois, ao admitir seu gigantismo, envereda por um caminho do consenso, da união e do respeito. As divergências não devem ser acentuadas e sim prestigiar-mos todos.

Um amigo citou uma parábola, a do cobertor, se ele é curto não adianta puxá-lo que ainda estará descoberto. Deve-se ampliá-lo, costurando-o, ou comprar outro. O cobertor menor ficou com a corporação de menor potencial político-eleitoral. É a doutrina do utilitarismo, em que um dos enfoques é a contabilização dos custos, do filósofo e economista John Stuart Mill, colocada em prática.

Esperamos que esta posição sensata reverbere na alta cúpula paulista. Medidas como a atividade delegada não permitem que o cidadão ganhe a não ser ouvir continuamente que as Guardas são inócuas, a despeito dos resultados e números mostrarem o contrário. Sabemos do esforço diuturno em conter o “avanço” destas corporações adotando-se medidas nefastas como a da atividade que melhor seria denominarem-na como “atividade orquestrada”. E todos sabemos o fim deste concerto.

10 comentários:

  1. Caríssimo amigo Classe Distinta Machado, mais uma vez demonstra seu interesse e preocupação com os integrantes da classe, poucos como ti existem aos que possamos aspirar ao conhecimento.

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  2. Amado que pena....... o que falta dentro do nosso meio é respeito em todos os sentidos de colegas para com colegas e um pouquinho de união .......

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  3. Dia desses assisti a um documentário sobre a obra "Bolero de Ravel", trata-se de uma obra, na qual a figura do maestro é dispensável, pois tem uma melodia simples que vai ganhando corpo pela evolução instrumental; acredito que a forma para nossa atuação como parte integrante da segurança pública é simples, e simples deve ser para que possamos dispensar a figura do maestro responsável pela orquestração tão citada.

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  4. Meu caro colega Wagner Pereira não está sendo facíl esses anos em nossa instituição não quero parecer chorão mas nunca lutamos tanto por ser reconhecido pelo ardo trabalha em prol da sociedade mas tenho pra mim que está tempestade vai passar e não tevemos desanimar um forte abraço vamos continuar nos atualizando por uma missão bem cumprida.

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  5. Està certo Machado ao contrario de muitos vc nao se envergonha em mostrar oque sente com coragem mostra seu rosto de guarda civil e assina em baixo oqu diz...parabens..

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  6. Realmente faz-se necessário pensar, refletir para nossa situação como instituição, quais os rumos e perspectivas que nos estão sendo apresentadas, como tb conhecer as regras deste jogo para movimentar as peças tb ao nosso favor, não adianta cruzar os braços e vendar os olhos pois o amanhã pode ser mais sombrio do que se parece, parabéns pelo texto!

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  7. O que posso dizer diante de tamanha coesão desta esplanação. O nosso caminho é porcurar os meios de retirar de mãos tão tiranas esta batuta,com isso garantir-mos a sobrevivência da corporação e da legalidade institucional. Continuems na luta!!!!

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  8. siderlei.

    fico feliz por vc ter atingido este grau em tão pouco tempo, mas todos nós náo podemos se abater por diversos obstáculos, impossibilitando o crescimento na nossa instituição, vamos sim continuar olhando para frente executando da melhor forma nossas obrigações para com nossos profissionais e população, jamais desistir.

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  9. A GCM nunca precisou estampar na viatura POLICIA pra fazer o serviço, esta no sangue, polícia propiamente dito; é o pleno exercício da função policial não a propaganda POLICIA, e o maior nteressado na resolução dos problemas da Segurança Pública ou Urbana, seja qual for a política é toda a população das cidades do Brasil!!!

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  10. Devemos tudo isso aos nossos queridos Inspetores, "excelentes profissionais", com "valores morais" e "aspirações", "profissionais bem quistos pela tropa" de "trabalhos e passados gloriosos, sem mácula"...E hoje ao olhar o desfile de 7 de setembro em blog oficial, observei as fotos e analisei uma em particular, e que vi é triste, onde nos colocamos e em que prioridade estamos na atual gestão.....

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