Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito
Pós Graduada em Direito e Processo Penal pela Universidade 9 de Julho
A primeira Delegacia de Defesa da
Mulher foi criada em 1985, na Gestão do então Governador André Franco Montoro, na
Cidade de São Paulo, que em 2015 completará 30 anos, embora tenham se
multiplicado pelo País, são em número insuficiente para atendimento das
vítimas, causando a sensação de impunidade aos agressores, demonstrando a
necessidade de reformulação das políticas governamentais de aparelhamento das
Policiais Estaduais.
As Delegacias de Defesa da Mulher –
DDM subordinam-se à Secretaria de Segurança Pública dos Estados, em quatro Municípios :
Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do sul; Belo Horizonte, em Minas Gerais ; e Olinda,
em Pernambuco, chega a ser atendidas cerca de 3.500 pessoas no ano, vítimas da
violência doméstica.
Dos 5.564 municípios brasileiros,
aproximadamente 400 possuem este tipo de delegacia, ou seja, menos de 10%. No
Estado de São Paulo, com 645 municípios, existem 131 Delegacias de Defesa da
Mulher, sendo 09 na Capital, demonstra-se uma defasagem gigantesca, o mapa de
violência contra as mulheres disponível no Portal da Secretaria de Segurança
Pública do Estado de São Paulo é alarmante, tendo uma média de 54 estupros no
mês de referência agosto/2014 em todo o Estado, sendo 23 deles na Capital, e a
maior incidência nos crimes são de lesão corporal dolosa, num total de 4102
ocorrências no referido mês.
A criação das delegacias
especializadas no atendimento as mulheres foi sem sombra de dúvidas um avanço,
na tentativa de romper com os preconceitos presentes nas outras delegacias, mas
acreditamos ainda que a melhor alternativa fosse sensibilizar e proporcionar
treinamentos, agregando conhecimento a todos os setores da segurança publica
para que as vítimas pudessem receber tratamento especializado em toda e
qualquer delegacia e que todo servidor na área de segurança pública recebesse
treinamento para lidar com a problemática da violência doméstica.
Isso sem mencionar o fato de que a maior parte dos profissionais destacados para essa tarefa não possuem o preparo necessário para lidar com as vítimas o que acaba desencorajando novas denúncias.
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