Autor: Wagner Pereira
A esperança de moralidade no resultado das eleições 2010 naufragou, não tivemos ficha limpa e muito menos seriedade na verificação da alfabetização do parlamentar mais votado do país.
O vexame nacional da entrevista promovida por Paulo Henrique Amorim da Rede Record de Televisão, em que Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, expõe não só a fragilidade do sistema de eleitoral brasileiro, mas a insanidade de 1.353.820 eleitores paulistas que trataram seu voto como brincadeira, pior foi a postura do Judiciário em permitir sua diplomação, defendida pelo Chefe do Executivo Nacional, que também pouco se dedicou aos estudos.
Utilizando o bordão “pior que ta não fica”, podemos lembrar o velho Lobo, “fomos surpreendidos novamente”, com a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que julgou improcedente a ação contra Paulo Maluf, abrindo caminho para sua diplomação como Deputado Federal, convalidando 497.203 votos, neste caso não poderíamos afirmar que foi uma insanidade do eleitorado, mas sim falta de moral e ética, ausentes na maioria dos seguimentos da sociedade brasileira.
Tiriricamente falando, para que serve mesmo um Deputado Federal, quem sabe o nobre Francisco Everardo Oliveira Silva possa nos explicar isso um dia...
De fato, essas eleições mostraram a fragilidade do sistema eleitoral brasileiro. A população ao eleger o palhaço Tiririca fez uma forma de protesto de forma que eu considero irresponsável. Creio que não foi só isso, como mostrou a fragilidade da democracia no país. Pois eu vejo que a democracia, mesmo que representativa, deva ter como eixo referencial a participação popular o que vai muito além do que o voto na urna, mas as manifestações, militâncias políticas e as iniciativas populares, como foi o caso da Lei Ficha limpa que foi praticada muito timidamente nessas eleições.
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