Autora: Tatiana Bontay
Graduada em Marketing
Pós-Graduada em Jornalismo Digital
Especialização em Orientação Acadêmica
Especialização em Teologia
Moderadora do Blog "Cidade em noticias e falo de amor quase sempre"
Em novembro de 2012 publiquei um artigo aqui nesse
blog falando sobre o caos na Segurança Pública baiana, o tempo passou, mas
infelizmente pouca coisa mudou, continuamos liderando o ranking de assaltos a
bancos no nordeste pelo 2º ano consecutivo e figuramos entre os 5 + no Brasil,
perdemos apenas para São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso. Em 12 meses
conseguimos registrar 190 ocorrências, destas sendo 42 em Salvador e 148 no
interior do estado, o que é considerado um recorde nessa “modalidade criminosa”
sendo que em 2012 já liderávamos esse mesmo ranking com 167 ocorrências, ou
seja, conseguimos quebrar nosso próprio recorde em apenas 1 ano e até demos um
nome para as quadrilhas de assaltantes “O Novo Cangaço”.
Outro líder desse ranking é ninguém menos do que o
Banco do Brasil que teve nada menos que 79 ataques, seguido do Banco do Bradesco
com 68 e Santander com 13, o motivo para tantos ataques ao Banco do Brasil tem
uma razão logica, no interior da Bahia toda cidade conta com uma de suas
agencias Bancarias.
Para o Diretor de Comunicação do Sindicato dos
Bancários, Adelmo Andrade, o aumento no numero de ataques a bancos se deve a
falta de segurança oferecida pelas agencias, se as mesmas se preocupassem mais
em aumentar o numero de câmeras e seguranças os ataques não ocorreriam com
tanta frequência.
A ousadia dos bandidos é tão grande como pudemos ver
no assalto ao banco de Itaigara em Salvador onde os bandidos fingiram estar com
pinos nas pernas e simplesmente passaram pelo detector de metais, roubaram o
banco, levaram as armas dos vigilantes e claro fugiram. No banco do Brasil de
Várzea Nova a situação foi um pouco mais complexa, a pacata cidade viveu
momentos de terror quando bandidos fortemente armados travaram um tiroteio com
a polícia local em que culminou com 1 morto e 6 feridos todos civis, várias
pessoas foram feitas reféns, usadas como escudo humano, levadas na fuga e
deixadas numa cidade próxima, vários carros foram tomados de assalto e
incendiados na fuga, reza a lenda que 4 bandidos foram mortos pelas estradas do
sertão, mas até hoje ninguém sabe ao certo se tudo não passa de uma lenda
mesmo.
Sabemos que a segurança nas cidades do interior da
Bahia é vergonhosa e com certeza contribui e muito para o aumento desses
crimes, assim como na época do Cangaço não temos segurança o suficiente, só
para se ter uma ideia, uma cidade com cerca de 40 mil habitantes, conta com no
máximo 3 viaturas policiais, sendo que dessas 3, normalmente apenas 1 presta
serviços durante todo o dia devido a falta de condições para mantê-las, ou
seja, não há combustível suficiente, é parece piada mais é isso mesmo, não há
nem combustível, é lamentável mais é a pura realidade. Quando ocorre um assalto
a banco em uma cidadezinha normalmente é pedido reforços nas cidades próximas,
que normalmente ficam em media 40 km de distancia umas das outras, e quando o
reforço chega os bandidos já foram embora e já estão até gastando o dinheiro.
Na visão da maioria da população que sofre na pele a
barbárie do dia a dia, a explicação é obvia, a segurança publica está
agonizando é por mais que o Ilustríssimo Governador Jacques Wagner venha a
publico dizer que vai investir milhões e que já foram criados inumeros
programas para combater a criminalidade e que já obtivemos resultados
formidáveis, sabemos que não é bem assim que a banda toca, até o The New York
Times sabe disso quando cita que Salvador é a capital dos homicídios, muitos
dizem que ha distorções nos números apresentados pelo jornal americano, e que
os reais números seriam bem maiores.
De acordo com o Sindicato dos bancários em 2013
ocorreram 97 explosões, 27 arrombamentos, 38 assaltos e 28 tentativas
frustradas. Para explicarmos melhor o que de fato está acontecendo na Bahia
iremos dividir esse artigo em duas partes: Na segunda parte traremos um artigo
sobre em explosões à caixas eletrônicos, a chamada “Operação Kabum”.
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