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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia de Finados da Segurança Pública


Autor: Wagner Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco

No dia 02 de novembro é celebrado o dia de finados, foi introduzido pela Igreja Católica e tornou-se uma tradição mundial, sendo uma forma de homenagear a memória dos entes queridos que partiram para um plano superior.

O Brasil vive uma onda de violência em que a população se encontra a mercê de um “ESTADO” paralelo que diariamente demonstra o enfraquecimento das Instituições Públicas, em que o "estado" demonstra uma passividade ante o caos, porém não mede esforços para propagar que tudo está sobre controle, porém o que assistimos pasmos é um total descontrole, que não atinge somente nossas famílias, mas agora aos agentes policiais que passaram serem alvos e caçados pelo crime organizado.

Estarrecedora a estatística publicada na matéria “Brasil tem um policial assassinado a cada 32 horas”, do Portal Folha de São Paulo, totalizando 229 policiais “ASSASSINADOS” no país, sendo cerca de 80% em horário de folga.

Os famosos especialistas ou técnicos em segurança pública continuam propagando suas falácias, pois atribuem essas mortes em razão do policial estar no “bico”, porém são 98 policiais mortos no Estado de São Paulo, ou seja, 43% desse total nacional, mas justamente onde há atividade delegada, em que o Policial Militar trabalha no seu dia de folga para a Prefeitura, medida que reduziu a criminalidade onde foi implementada e protegeu esses policiais da ação do crime organizado.


Na maioria dos casos divulgados constatamos que os policiais foram mortos em emboscadas, em sua maioria não tiveram a oportunidade de esboçar qualquer reação, quanto aos locais da atividade delegada, o registro de ocorrências tem aumentado, pois o dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Publica do Estado de São Paulo, contabilizam até setembro de 2012, sendo que num comparativo ao ano de 2011 esse números são bem próximos.

No 8º Distrito Policial na Região do Brás, registrou 7 casos de homicídios dolosos em 2011 e 6 em 2012, no 1º Distrito Policial ma Região Central, onde se encontra o maior aparato policial do país, registrou 11 casos de homicídio doloso em 2011 e 14 em 2012. Os números acumulados na Capital são alarmantes foram registrados 1014 homicídios dolosos em 2011 e 919 em 2012, no Estado foram registrados 4.194 casos de homicídio dolosos em 2011 e 3329 em 2012, o que permite ao Governo do Estado comemorar a redução na taxa de homicídios.

Nesse caso paira a dúvida se a atividade delegada funciona apenas fora da Capital, pois no interior ocorreu a redução dos números de homicídio dolosos, porém nem todos os municípios adotaram esse modelo de segurança, como explicar esse fenômeno.

Na matéria “Onda de violência já matou 60 na Grande São Paulo”, publicada no Portal Agora SP, registra apenas o período de uma semana, mas o que chama atenção é que 36 pessoas ficaram feridas, caso algumas dessas venham falecer, não entram na estatística, pois os dados são coletados através dos boletins de ocorrência, portanto os números da violência são bem mais alarmantes do que os divulgados. 


Nesse dia de finados, as famílias estarão prestando homenagens aos seus entes queridos, muitas delas com a dor não só pela perda, mas pela barbárie que acontece diariamente no país, que ceifa vidas inocentes ou aquelas que têm seu dever de proteger o cidadão, mas ficam vulneráveis ao crime, em razão de um Estado que não consegue estabelecer políticas públicas para a segurança, que não investiu em tecnologia, equipamentos e principalmente no material humano e fica balbuciando ser detentor exclusivo da Segurança Pública, enquanto isso a população e seus policiais morrem nas ruas.

2 comentários:

  1. Estamos a mercê dos bandidos, excelente texto, pena que as autoridades competentes não estão nem aí, para a situação do cidadão e muito menos com os policiais. Em qualquer país civilizado do mundo, os bandidos já estariam presos ou mortos.

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  2. Direitos Humanos do Cidadão (POLICIAL).
    O cidadão em família, estuda, procura conhecimento, informação, formação acadêmica e ao viver em sociedade, aprende que tem “direitos”.
    O que fazer com o direito à liberdade, se hoje até mesmo o profissional de segurança pública ( PRESO EM SEU TEMOR E DE SUA FAMILIA), após concorrer com milhares de candidatos, conquista vaga para defender a sociedade.
    Na deficiência do Estado não investindo adequadamente e sem planejamento, não consegue assegurar seus próprios defensores (o policial).
    Deus abençoe ...

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