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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Legalização da Maconha não é a solução.

Autor: Wagner Pereira
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco

O Movimento pela legalização da maconha iniciou no dia 07/05/11, a manifestação conhecida como Marcha da Maconha, que percorrerá 17 cidades do Brasil, com a proposta de regulamentar desde o plantio ao comércio, justificando que a violência ocorre em razão de sua proibição, conforme destacado na matéria "Marcha da Maconha inicia série de 17 protestos pela principais cidades do país", publicada no Portal UOL.

O judiciário deveria se manifestar se o movimento faz apologia ao crime, vez que o comércio e uso são proibidos, aprofundando as discussões sobre a legalidade de manifestações desta natureza.

A lógica apresentada pelo movimento é de difícil compreensão, pois justifica que deve haver limitadores para compra, o que soa estranho, pois se a substância não causa malefícios essa limitação não seria necessária.

A maconha é classificada atualmente como droga psicotrópica perturbadora natural que altera o funcionamento do cérebro.

O álcool é classificado como droga depressora que diminui a velocidade do funcionamento do cérebro  

Evidente que teremos uma variedade de conceitos que justificam que o uso moderado não traz malefícios, porém, o que era para ser regra se torna exceção, e o pior como identificar e fiscalizar o abuso

A Lei nº 11.705/2008, conhecida como Lei Seca, estabelece a proibição:

Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de  álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência

Acredito que a maconha esteja inserida neste contexto, mas como identificar seu uso?


O exemplo mencionado parece banal e simplório, mas pode causar enormes transtornos, o que precisa ficar claro é se a maconha altera ou não o comportamento de seu usuário, pois nos sentiríamos seguros ao sermos atendidos pelo médico, juiz, professor ou policial que tenha fumado um simples cigarro de maconha antes de iniciar seu serviço?

O odor provocado pela queima da maconha é insuportável para que não a utiliza, seria possível acender um cigarro de maconha em local público?

O tabaco e o álcool são a porta de entrada para o uso de drogas, geralmente iniciadas pelo uso da maconha e do ecstasy, por parecerem inofensivos, razão em que há campanhas mundiais dos órgãos de saúde pela limitação de seu uso e de leis de proibição de propagandas de cigarro.

Atualmente assistimos o alarde causado pelo Oxi, uma nova droga com elevado poder destrutivo, porém que pode ser adquirida por apenas R$ 2,00 (dois reais), conforme noticiado na matéria “Uma droga pior que o crack”, publicada no Portal Diário de SP, preocupação que foi brilhantemente abordada no artigo "Crack ou Oxi, sinônimos de morte", elaborado por Archimedes Marques , demonstrando que algo precisa ser feito urgentemente, provavelmente legalizar drogas não seja a solução.

Um comentário:

  1. Quando falamos em fiscalização nos referimos aos menores, que não capacidade ideológica formada para fazer uso de tal substância, assim como e feito com o álcool e com o cigarro. NUNCA falamos que a erva não faz mal, tudo que em excesso é maléfico, e por isso falamos em fiscalização.
    Quanto ao dirigir, sabemos que o uso da maconha afeta a nossa percepção, aí vai a conscientização como é feito em mídias com a frase "se beber, não dirija", o mesmo seria feito "se fumar maconha, não dirija".
    Pense no dinheiro arrecadado pelo governo e que seria revertido em saúde,esporte e educação, pense e quantas pessoas não iriam arriscar suas vidas indo até uma boca de fumo, em quantas seriam privadas das mãos dos traficantes.
    Outro ponto que você tocou, não defendemos a legalização das drogas e sim da maconha por isso o nome do nosso manifesto é "marcha da maconha", talvez conhecer um pouco mais sobre o assunto te faça refletir melhor, siga o "mandamento" de Nitiezche "Pense por si só". Não estou menosprezando teu ponto de vista, mas acho ele um tanto deturpado.
    LEGALIZE BRASIL 2012.

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