Fato de indignação a ser rigorosamente pensado pelos agentes aplicadores da lei foi mostrado pela mídia em 20/01/10. Trata-se do caso de um borracheiro de matou a ex-mulher com sete disparos de arma de fogo, em plena luz do dia, na cidade de Belo Horizonte, dentro de seu estabelecimento comercial, na frente de testemunhas e diante das câmeras de segurança.
Consta da reportagem que a ex-mulher do borracheiro já havia feito OITO Boletins de Ocorrências Policiais com naturezas de ameaças e agressões.
Mesmo tendo sido previamente avisada por OITO vezes, nem assim a polícia conseguiu impedir aquele homicídio que, de fato, aconteceu, e da forma mais ousada que se poderia imaginar.
Talvez por ter sido tão berrante aquele fato, virou notícia. E quantos outros já ficam no anonimato?
O que um boletim de ocorrência poderia evitar? Se não foi possível proteger aquela vítima que noticiou OITO vezes o risco que corria, como seria possível proteger os que ainda estão em seu primeiro B.O.? E os que ainda nem fizeram o B.O., com que tipo de proteção policial poderia contar? A quem mais aquela vítima poderia ter recorrido para poder ter a proteção que deveria ser obrigação do Estado?
Talvez a polícia esteja de mãos atadas! Pode ser que seja um problema de legislação! Será o caso de adoção de providências? Sei lá!
Para que o Estado vai se preocupar em colocar as mãos neste “vespeiro” se, em pouco tempo, como sempre, tudo cairá no esquecimento? Para saber mais sobre o fato, segue um link com a matéria: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1456668-16021,00-HOMEM+MATA+EXMULHER+DIANTE+DE+CAMERAS+DE+SEGURANCA.htm
Autor:
Marcos Bazzana Delgado
Bacharel em Ciências Jurídicas
Pós-Graduado em Segurança Pública
Inspetor da GCM-SP
É lamentável a ineficiência dos meios, e justamente por culpa da nossa legislação ultrapassada, da péssima educação fornecida pelo governo, a qual produz seres humanos indignos até para habitar zoológicos.
ResponderExcluirCulpa nossa também: Votamos sempre nos mesmos políticos...nunca escolhemos aquele que consideramos melhor, e sim votamos naquele que julgamos o menos pior (se é quer isso é possível) dentre os mais cotados nas pesquisas.
O fato ocorrido é simplesmente revoltante!
Nãoserve para nada, a não ser para gastar papel.
ResponderExcluirA Justiça não funciona aqui no Brasil.
Marcos, na sua opinião como Pós graduado em Segurança Pública, consegue entender pq quem tem o poder nas mãos de mudar a legislação, não faz nada nesse sentido?
ResponderExcluirPenso que bons políticos devem enxergas as necessidades e oportunidades de mudar o que está insatisfatório em uma sociedade.
ResponderExcluirEste caso é um exemplo de uma oportunidade que não é seguida pela Prefeitura de São Paulo, apesar da Prefeitura manter convênio com instituições de amparo à mulher vítima violência, não há uma ação preventiva eficiente.
Ou seja, a Prefeitura possui um órgão de Segurança Pública, mas este não recebe investimento para agir neste sentido.
O que poderia haver é a criação de grupos treinados para estas ações, que estariam nas Inspetorias e que seriam acionados via 153.
A mulher vítima de violência além de procurar a polícia judiciaria para ao registro da ocorrência ainda acionaria esta equipe que passaria a atender esta vítima com ações presenciais e em caso extremo a retirada desta para uma das instituições de abrigo.
Outra oportunidade que perdemos é o roubo e furto de telefones moveis.
Principalmente na região central, os GCM são acionados para coibir a famosa feira do rolo, em que são comercializados inúmeros objetos de procedência duvidosa, inclusive os telefoneis moveis.
Se a GCM criasse um cadastro de aparelhos roubados/furtados/extraviados em que o cidadão informasse o numero de série dos aparelhos com certeza a receptação destes seria muita mais difícil e consequentemente teríamos uma redução nestes crimes
Mas a quem interessaria a redução dos roubos e furtos de celulares?
Aos fabricantes de aparelhos?
Às empresas que oferecem serviço de rastreamento?
A quem?