Amanhã (29/11/2020) teremos o
segundo turno das Eleições Municipais de 2020, talvez a mais importante da
história da Guarda Civil Metropolitana da Cidade de São Paulo.
Ao longo dos últimos 4 anos
observamos que as políticas de governo para a segurança pública da Cidade de
São Paulo não tiveram como prioridade a Guarda Civil Metropolitana, mas sim a
transferência de recursos do erário ao Governo do Estado com repasse de valores
consideráveis a Polícia Militar para custeio da Atividade Delegada e Diária
Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar – DEJEM.
Não tivemos abertura de concurso
público para ingresso da novos Guardas Civis Metropolitanos para proteção da
sociedade paulistana, repetindo a mesma política de Governo de José Serra
(01/01/2005 à 31/03/2006) e Gilberto Kassab (01/04/2006 à 31/12/2012), que
inclusive foram os responsáveis pela criação da atividade delegada para Polícia
Militar do Estado.
A projeção é que teremos no final
de 2024 um efetivo próximo à 4 mil integrantes ou até menos, caso não ocorra abertura
de concurso para ingresso de Guardas Civis Metropolitanos - 3ª Classe, ou seja, o encolhimento considerável
da Corporação, assim em pouco tempo teremos fechamento de unidades, ausência de
investimentos e inexistência de valorização profissional, ainda enfrentando o
avanço da atividade delegada nas ações de fiscalização ambiental do município, impactando
diretamente nas Inspetorias de Defesa Ambiental.
Mesmo com tantas dificuldades e
sem apoio institucional, diariamente os Guardas Civis Metropolitanos defendem a
Cidade de São Paulo, um força que incomoda demais os Coronéis da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, principalmente aos vinculados a Defenda PM, que
insistem em ações para coibir o desenvolvimento da Guarda Civil Metropolitana,
chegando ao ponto de reivindicar junto ao Secretário de Governo Rubens Rizek:
– que seja anunciado um estudo em
conjunto com o Estado para que a Guarda Civil Metropolitana tenha uma
integração de trabalho com a Polícia Militar, podendo ser acionada diretamente
pelo Centro de Operações da Polícia Militar, para o atendimento de ocorrências
típicas de sua natureza de ação;
– que seja anunciado, como
compromisso do futuro prefeito, que a Guarda Civil Metropolitana não será transformada
em Polícia Municipal, como chegou a anunciar o então prefeito João Dória,
ensejando uma ação judicial por parte da DEFENDA PM, cujo resultado impediu que
tal modificação ocorresse.
Nesse sentido basta uma reflexão
de quem tem maior interlocução com atual administração a Guarda Civil
Metropolitana ou os Coronéis da Policia Militar, e como essa será numa
eventual mudança de Gestão.
O renascimento da Guarda Civil
Metropolitana da Cidade de São Paulo depende de mudanças não somente quanto ao
Chefe do Executivo Municipal, mas sim de toda estrutura da Secretaria Municipal
de Segurança Urbana e da própria Corporação, porém essa mudança vem do seu
voto.
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