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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

A Violência, fenômeno universal.



Autora: Edvânia Tavares de Melo
Classe Especial da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Serviço Social e  Docência do Ensino Superior pela Universidade Braz Cubas




A violência é um fenômeno universal que aflige todas as nações do mundo. Martin Luther King (1963) afirma que “hoje não temos, mas a opção entre violência e não violência. É somente entre não violência ou não existência”.

Analisando esta afirmativa, o autor demonstra sua desesperança em relação a esse fenômeno global que atinge cotidianamente a humanidade – a violência.  Que foi construída ao longo dos tempos, através de um discurso do poder e superioridade, tendo como característica o homem histórico, que vive em sociedades complexas, tomando proporções diferentes das vivenciadas por nossos ancestrais, que só a usavam como modo de sobrevivência, dentro de uma agressividade necessária, tendo como forma natural de defesa.

A violência naturalizou-se de tal maneira que se transformou em uma forma de ver e viver o mundo do ser humano, tornando-se um fenômeno universal que atinge e afligem todas as nações do mundo, tendo como caráter cultural, devido ter sido construído ao longo do tempo, mas sendo mascarada como poder e superioridade.
Segundo Odalia (1983):

A violência está de tal modo arraigada em cada um dos passos e gestos do homem moderno que não se pode deixar de indagar se ela é um fenômeno típico de nossa época; se é um traço essencial que individualiza nosso tempo. Isto é, será a violência, em nossos dias, um elemento estrutural que permite diferenciar nosso estilo de vida, nossas condições de viver em sociedade, daquelas que vigiaram há cem, duzentos ou trezentos anos atrás? Resuma-se a questão: a violência hoje é um modo de ser do homem contemporâneo?

O viver em sociedade foi sempre um viver violento. Por mais que recuemos no tempo, a violência está sempre presente, ela sempre aparece em suas várias faces. (ODALIA, 1983, p.9).


A Idade Média é o retrato mais puro de um período, em que a violência nas suas mais diversas formas, era utilizada como meio ameaçar, assim garantia-se a soberania dos reis e suas ideologias. A própria tradição greco-romana, de onde a cultura ocidental buscou suas raízes, tem em sua história repleta de violência, fazendo de seu prisioneiro de guerra um escravo e submetendo a mulher a um papel inferior.

Odalia (1983) retrata que no Brasil, atos de violência são expostos claramente, se pensarmos no tratamento que fora dispensado aos índios, sendo necessária uma Bula Papal, para que eles fossem declarados possuidores de alma e os negros também subjugados, sendo tratados como mercadorias, objetos que podiam ser vendidos.

Temos sucessões de fatos e relatos de povos, formas de viver, de relações desiguais que, nos apresentam a violência institucionalizada, social, politica, revolucionária, como um fenômeno generalizado, universal, histórico, cultural, na qual seu enfrentamento caracteriza-se como um grande desafio.

O crescimento da violência se torna cada dia mais preocupante e independe-se de faixa etária ou classe social. A brutalidade das guerras no mundo inteiro, às brigas nas ruas e no transito, os assassinatos nas escolas, entre outros, torna a violência um fenômeno de tal complexidade que seria impossível abraça-lo como um todo. Assim, tornou-se necessário direciona-lo pelo objetivo da pesquisa, para possibilitar um melhor entendimento e compreensão dos dados obtidos e de seu teor metodológico. Então, serão apresentados alguns conceitos de violência, de diferentes autores para um melhor entendimento dos reflexos da violência, que vivenciamos todos os dias.


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