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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Da Redação - Entrevista: Inspetor Regional Euclides Conradim, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD (Final)


Euclides Conradim ingressou na Guarda Civil Metropolitana de São Paulo em 1987, atualmente ocupa o cargo de Inspetor Regional, se destaca por seu empenho na conscientização da problemática do uso de álcool e outras drogas, participando da coordenação de projetos e das ações socioeducativas e comunitárias da Corporação, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD, Projeto Luz e da Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda, é Multiplicador Nacional de Polícia Comunitária no Programa Crack “é possível vencer”, é Multiplicador de Mediação de Conflitos, é Instrutor No Centro de Formação em Segurança de São Paulo, Especialista em Intervenção Multidisciplinar em Dependência Química, e Conselheiro Municipal de Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas, motivos que o permite abordar o tema e implantar projetos de prevenção às drogas nas periferias da cidade, principalmente nas escolas públicas municipais, seu trabalho se destaca na GCM-SP, tendo profunda respeitabilidade por parte do efetivo. O IR Conradim, como é conhecido, aceitou gentilmente o convite de “Os Municipais” e concedeu entrevista a Wagner Pereira, no dia 08 de julho de 2015, que foi dividida em 4 partes devido a complexidade do tema e a magnitude de seus conhecimentos.


16 – A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo possui programa de orientação ao uso de drogas, álcool e tabaco voltado ao publico interno? Como são tratados os profissionais que possuem dependência química? O tema faz parte da grade curricular de formação de novos integrantes?


Recentemente formou o Programa 1º Passo, coordenado pelo DTOS – Divisão Técnica de Saúde da SMSU - Casa de Atenção com parceria com A.A. - Alcoólicos Anônimos, Comunidade Terapêutica Familiar, Guarda Civil Metropolitana: SOP – Superintendência de Operações e SUPLAN – Superintendência de Planejamento, GEPAD – Grupo de Educação e Prevenção às Drogas, que terá por objetivo realizar ações com os profissionais da GCM visando a recuperação dos mesmos, e a realização de ações preventivas para o público interno.

A equipe do GEPAD recebe muitas solicitações de colegas da GCM com necessidade de orientação e encaminhamentos, o que temos colaborado, é sumamente importante o desenvolvimento de programas voltados para a saúde dos GCM’s, pois além deste problema existem muitos outros problemas relacionados à saúde nossos GCM’s.

Temos intenção de realizar ações preventivas nas Unidades da GCM, visando a prevenção e servir de elo para que nossos integrantes possam receber orientação e apoio, e aliados ao Programa 1º Passo encaminhá-los para tratamento especializado, pois as medidas adotadas nas Unidades da GCM, são na sua grande totalidade medidas administrativas disciplinares.

A última turma formada pelo CFSU não teve a disciplina Drogas, e segundo informes esta disciplina teria sido englobada na disciplina de Técnicas Operacionais.

Em reuniões pedagógicas com o CFSU, solicitamos o retorno desta disciplina e segundo informes seria concedido quatro horas aulas para o retorno da disciplina no curso de formação. Não temos como afirmar como ficou a grade curricular do próximo curso de formação da GCM.

17 – A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo está inserida nos Programas “Braços Abertos”, “Crack é Possível vencer!”, “Guardiã Maria da Penha” e “Mediação de Conflitos”, voltadas a população em situação de risco, vítimas de violência doméstica e conflitos interpessoais privados, o Senhor concorda com a inserção dos Órgãos de Segurança nessas ações? Elas auxiliam o desenvolvimento social?  

- Sim, com o advento da filosofia de Polícia Comunitária a Guarda Civil Metropolitana tem que estar mais próxima da sociedade, juntos ficamos mais fortes e encontramos as respostas e agiremos com mais facilidade no enfrentando das dificuldades e situações que possam advir.

- No caso dos Programas “Braços Abertos”, Crack “é possível vencer”, a Guarda Civil realiza relevante serviço à municipalidade, garantindo a proteção dos agentes públicos no exercício de suas funções, realizando ações preventivas e educativas, através da Ação Comunitária do GEPAD  - Grupo de Educação e Prevenção às Drogas e da Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda, pois o efetivo operacional não consegue abranger todos os próprios municipais que apresentam problemas de segurança, mais especificamente voltado às questões de uso, abuso e tráfico de drogas no ambiente da municipalidade.

- Guardiã Maria da Penha é um projeto inovador e necessário à proteção das mulheres com medidas protetivas, a GCM – Guarda Civil Metropolitana promove a proteção de pessoas, e proteger a este público é de fundamental importância, pois sabemos a deficiência do estado com relação ao atendimento destas necessidades, e a GCM demonstra que está evoluindo em suas ações e divulgando o seu lado inovador, comunitário e expressando seu lema de Amiga, Protetora e Aliada da população, o que muito nos alegra, pois as ações beneficiarão as pessoas indefesas e consideradas mais frágeis neste ciclo de violência doméstica.

- Mediação de Conflitos é a prestação de serviços da GCM por integrantes capacitados em resolução pacífica de conflitos, onde a GCM se destaca pela inovação e atuação comunitária, atendendo aos mais variados conflitos, desde que não caracterizados como crimes, e principalmente restabelecendo ou restaurando a amizade das partes em conflito, este é o maior prêmio ao GCM mediador promover a cultura da paz, Pois o mediador não só foca no problema em si, mas busca compreender o conflito e solucionar pela raiz do problema.

- Então, concluo que estas ações auxiliam o desenvolvimento social.

18 – Que orientação o Senhor pode oferecer às famílias que possuem dependentes químicos? 

1-Inicialmente o diálogo como ferramenta para auxiliar, para orientar, para encontrar as respostas.

2-Apoio familiar é fundamental para a recuperação do dependente químico, entender que ele é um doente que não possui controle sobre si mesmo, não tem controle sobre sua dependência, que agredi-lo, xingá-lo, ofendê-lo não é a melhor resposta, poderá desencadear um processo negativo que o levará ainda mais para este caminho das drogas.

3-Encaminhá-lo e acompanhá-lo para ajuda médico especializada (CAP’s AD – Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas, N.A. - Narcóticos Anônimos, A.A. - Alcoólicos Anônimos, CRATOD – Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas, HSPM - Hospital do Servidor Público Municipal, DTOS – SMSU - Divisão Técnica de Saúde da SMSU, Hospital Santa Casa, entre outros). Procurar conhecer tudo sobre esta doença, e juntamente com o doente participar do tratamento, a família não sabe, mas muitas vezes é co-dependente do doente e necessita de ajuda especializada.

4-Se a dependência ainda está nos seu estágio inicial, um tratamento ambulatorial é o começo, pode ser num CAP’s AD. Se já teve várias recaídas, e complicações sérias de relacionamento, o casos é de certa gravidade, a internação em hospital psiquiátrico é indicada.

5-Ajuda espiritual, religião, independente de qual seja o credo do dependente, importante participar de um grupo social positivo, que inspire fé, determinação, que o auxilie a recuperar sua autoestima, e que o auxilie a não fica mal acompanhado.

6-Ocupação para evitar a ociosidade, desenvolver atividades voluntárias, participar de atividades culturais, artísticas, musicais, entre outras.

7-Evitar pessoas e locais que tem relação com o uso de drogas, pois são grandes indutores para a recaída e retorno à dependência, pois o dependente ainda não possui domínio de suas vontades, e o menor fraquejo o levará a perder tudo que conquistou com muito esforço e tempo.

8-Mudança de comportamento é fundamental, pois a recuperação depende de mudança de atitude e determinação.

9-Frequentar locais saudáveis fortalecerá sua decisão pela qualidade de vida, e reforçara sua iniciativa de ficar bem.

10- Realizar atividades que produzem autoestima, trabalhos voluntários.

11- Enquanto há vida, há esperança, nunca desistir, sempre buscar as respostas e insistir mesmo que o dependente tenha recaído, as recaídas fazem parte do processo da cura, importante não desistir. A cura da dependência química é o controle, manter a doença em estado latente, evitando “cutucá-la”, com uma nova dose da droga, pois a recaída será imediata e trará todos os transtornos novamente, necessários ser abstêmio para o resto da vida, sendo necessário muito domínio de si mesmo.

12- Colocar na mente que “é um doente em recuperação”, quando assim o faz, o dependente sabe que não pode ter contato com a droga, se ele se considerar plenamente curado achará que pode usar a droga, e logo recairá, então a estratégia é considerar-se um doente em recuperação, logo estou doente, logo não posso utilizar–se da droga.

13- Procurar verificar as experiências de pessoas que passaram por este problema e estão recuperados, quais caminhos tomarão, o que as ajudou, importante saber para aplicar e ou adaptar para o dependente em questão.

19 – O Senhor é favorável a legalização das drogas de menor poder ofensivo?

Totalmente contrário a legalização de qualquer droga psicoativa para fins de obtenção de prazer químico artificial. Parece que ser contra a legalização da maconha é ser antiquado, não moderno, ultrapassado, como se tudo pudesse ser liberado, permitido, mas peço a atenção dos leitores para ficarem atentos com as informações, analisarem os aspectos científicos de especialistas renomados e não de pessoas que possuem interesses ocultos, existe um trabalho de alguns setores da mídia e de algumas pessoas e até autoridades que tentam formar a opinião pública para esta linha de raciocínio, é importante discernirmos as consequências futuras e os interesses que estão por detrás destas intenções. Será que não são “oportunistas” e ou “espertalhões” que querem promover este caos social ara lucrar, tirar proveito da situação ? Será que eles estão pensando seriamente na saúde das pessoas ? Se houver a legalização da maconha, fatalmente outras drogas serão legalizadas com o mesmo viés de argumentação, seja o de liberdade de escolha do indivíduo, que as drogas industrializadas não fazem tanto mal para saúde, entre outros aspectos. Como já dissemos anteriormente seria importante visitarmos pessoalmente uma “cracolândia” para verificarmos como ficam as pessoas dependentes químicas, quais os desdobramentos que estas pessoas têm em suas vidas, muitas se prostituem, outras entram no mundo do crime, praticam pequenos furtos e roubos, participam do tráfico de drogas, visando adquirir dinheiro para comprar a droga. 

Será que é isso que queremos para a nossa sociedade ?

20 – Qual a mensagem final que o Senhor gostaria de transmitir aos nossos leitores?

Quando estive na “cracolândia” e vi de perto as pessoas enfermas, dependentes químicas, assemelhando-se a pessoas hipnotizadas, cegas com relação à própria condição de vida devido aos transtornos causados pela dependência, tive a convicção do quanto é importante a prevenção, de quanto é importante a família, de quanto é importante a educação, de quanto é importante as políticas públicas para a população mais carente, de quanto é importante a saúde, de quanto é importante ter o conhecimento e oportunidade para fazer boas escolhas, e de que estas pessoas nestas condições de vulnerabilidade social e doentes são exemplos que marcam a minha vida em aprendizado, e me fortalecem em nunca desistir e motivar as pessoas, os jovens, as famílias, os educadores, os demais representantes de outros setores da sociedade em realizar a prevenção ao uso, abuso e dependência de drogas.

Que os pais estejam presentes na educação de seus filhos, que promovam o diálogo, que demonstrem seu sentimento de afeto, de amor, que imponham limites e disciplina nos momentos necessários de correção e orientação, que conversem com seus filhos sobre as consequências das drogas, que os ensinem sobre valores da vida, respeito a si mesmos e ao próximo, que hes ensinem alguma religião para que depois de adultos façam suas próprias escolhas, que lhe deem bons exemplos de pais responsáveis, que evitem de usar drogas na frente deles, sejam as bebidas alcoólicas, seja o cigarro ou outra droga qualquer, que sejam referências, modelos positivos para seus filhos, que ensinem a eles a lutarem por um mundo melhor. E que diante de uma derrota nunca desistam, pois são elas que nos tornam fortes, amadurecidos, mais resistentes e preparados para a vida, sempre recomeçar, nunca desistir ou retroceder. Se por ventura surgir um dependente químico em nossa vida, buscar as respostas, os caminhos, insistir e conduzi-lo para os tratamentos e auxílios necessários. O mundo é uma grande escola, façamos parte da “corrente do bem”, a um grande campo de oportunidades de trabalho para todos nós, seja voluntário, seja no serviço público, enfim, as oportunidades de auxiliar alguém qualquer que seja o tipo de auxílio existe para todos nós, façamos a “diferença”, essa frase me lembra a história de um jovem que sozinho numa praia com um balde com água nas mãos recolhia todas as estrelas do mar que se encontrava fora da água, pois as estrelas do mar fora da água elas morrem, e incansavelmente ele as socorria, e um homem elegante vestido que por ali passava chamou este garoto e indagou a ele: _ Ei garoto, olha a imensidão deste mar, olha a quantidade de estrelas do mar espalhadas na praia? O garoto não lhe deu atenção e continuou seu trabalho. Novamente o homem não se contentou e perguntou ao garoto: _ Por que fazes isto ? O garoto olhou nos olhos do homem e respondeu após pegar uma estrela do mar em suas mãos: _ Para esta aqui eu fiz a “diferença”! O homem retirou-se, foi para casa, à noite em seu leito não conseguiu dormir, pensava no garoto e na cena que lhe tocava. No dia seguinte, o homem vestiu uma bermuda, uma camiseta, um chinelo, pegou um balde e foi de encontro ao garoto e juntos, retiravam as estrelas do mar da areia e devolviam-nas de volta ao oceano, dando vida a elas. 

Reflexão: Assim somos nós, em algum momento de nossas vidas poderemos fazer a diferença para alguém, seja na família, seja no trabalho, seja na sociedade junto a um desconhecido, seja num encontro extraordinário com alguém, através de um simples gesto, apenas ouvir, aconselhar, orientar, socorrer, encaminhar, dar um pedaço de pão, fazer parte de uma ação voluntária, ser útil em algum lugar, produzir o nosso melhor onde estivermos, poderemos fazer a diferença para alguém, termino deixando esta reflexão de que em algum lugar poderemos fazer a diferença para alguém, basta apenas “boa vontade e atitude”, e sempre fazer o nosso melhor pelo nosso próximo.

Qual é a tua obra de vida ? 
Qual o seu legado ?

Importante colocarmos nosso tijolo na construção de nossa obra. 

Nós todos somos a história da GCM-SP.



Clique para acessar a entrevista: 





sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Violência contra Mulher



Autora: Edvânia Tavares de Melo
Classe Especial da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Serviço Social e  Docência do Ensino Superior pela Universidade Braz Cubas




Ao abordar o tema “violência contra mulher”, encontrei dificuldades, mas também grandes incentivadores, além de possibilitar conhecer e divulgar o Projeto Guardiã Maria da Penha, instituído pelo Decreto Municipal nº 55.089/2014 da Prefeitura do Município de São Paulo, com atuação efetiva da Guarda Civil Metropolitana para proteção da mulher em situação de violência.

O desenvolvimento do tema surge durante uma experiência profissional dentro da Guarda Civil Metropolitana- SP, Instituição uniformizada e armada, formada por homens e mulheres, baseados na hierarquia e disciplina desde 1986, onde tenho a honra de servir atualmente, cujo foco está no combate da violência no geral, com ênfase maior na violência contra a mulher e os meios oferecidos para recorrer depois de sofrer uma violência.

Contextualizando o Serviço Social na contemporaneidade, Iamamoto define que o objeto de trabalho do Serviço Social compõe-se das expressões da questão social, entendidas como as consequências das desigualdades originadas pelo capitalismo e herdadas do patriarcado, assim a violência contra a mulher datada de um período muito distante, não deixa de ser um tema atual, pois a desigualdade de gênero se faz presente em nossa sociedade contemporânea.

A violência manifesta-se de diversas maneiras e nem sempre se mostra como um ato violento, então como romper com o silêncio e o medo gerado pela violência doméstica contra a mulher?

Entende-se, assim, que a violência ocorre numa relação de intimidade e de dependência mútua, em que o agressor é uma pessoa do convívio, na qual a proximidade afetiva entre a vítima e o autor da violência dificulta a denúncia e as intervenções tradicionais das autoridades.

Então, não basta discorrer sobre a questão da violência no geral, mas focar na violência contra a mulher, identificando os reflexos da violência doméstica contra a mulher e entender como o Projeto Guardiã Maria da Penha pioneiro em São Paulo está atuando nesta importante expressão da questão social, cabendo avaliar não só a importância das medidas protetivas, como também a sua intensa necessidade de aplicação.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Da Redação - Guarda Civil Metropolitana completa 29 anos!!!!

Dalton Santos Lima
(1972-2015)
Há exatamente 29 anos, o Prefeito Jânio da Silva Quadros (1917/1992), assinava a Lei nº 10.115 de 15 de setembro de 1986, que inseria a Guarda Civil Metropolitana  no ordenamento jurídico da Cidade de São Paulo, quebrando paradigmas de se criar um Corporação Municipal Uniformizada e Armada para a promoção de Segurança Pública.

A Metrópole Paulistana amanhece em festa por contar com mais de 6.000 Guardas Municipais que diariamente se dedicam com total esmero e elevado grau de profissionalismo para tornar a Cidade segura.

No entanto, no horizonte surge uma nova Corporação, que nos próximos anos enfrentará talvez o seu maior desafio, que a renovação do seu quadro de profissionais, pois boa parte do efetivo fara jus a aposentadoria especial, conquistada a duras  batalhas ao longo desses anos, bem como, terá ainda a árdua missão de se estruturar de forma ao aproveitar o melhor de cada integrante na nova carreira, instituída pela Lei nº 16.239 de 19 de julho de 2015

Arte: Subinspetor Regis Gomes - GCM/SP

Muitos sucumbiram acreditando na Corporação e defendendo em todas as cercanias os ideais Azul Marinho, estes estão eternizados em nossos corações e mentes, por isso simbolizamos, através da maravilhosa pintura da GCMF Andreia Aparecida, nossas homenagens ao nosso Professor Dalton dos Santos Lima, o CD De Lima, único em seus ensinamentos e companheiro de todas as horas, que agora permanece com sua magia ao lado do criador, cabendo a nós honrar o que somos, Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo, Parabéns à Todos!






Autor: Wagner Pereira
Inspetor da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito pela Universidade São Francisco
Pós-Graduado em Direito Administrativo pela Escola de Contas do TCM-SP


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Da Redação - Entrevista: Inspetor Regional Euclides Conradim, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD (Parte III)

Euclides Conradim ingressou na Guarda Civil Metropolitana de São Paulo em 1987, atualmente ocupa o cargo de Inspetor Regional, se destaca por seu empenho na conscientização da problemática do uso de álcool e outras drogas, participando da coordenação de projetos e das ações socioeducativas e comunitárias da Corporação, Coordenador do Grupo de Educação e Prevenção às Drogas – GEPAD, Projeto Luz e da Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda, é Multiplicador Nacional de Polícia Comunitária no Programa Crack “é possível vencer”, é Multiplicador de Mediação de Conflitos, é Instrutor No Centro de Formação em Segurança de São Paulo, Especialista em Intervenção Multidisciplinar em Dependência Química, e Conselheiro Municipal de Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas, motivos que o permite abordar o tema e implantar projetos de prevenção às drogas nas periferias da cidade, principalmente nas escolas públicas municipais, seu trabalho se destaca na GCM-SP, tendo profunda respeitabilidade por parte do efetivo. O IR Conradim, como é conhecido, aceitou gentilmente o convite de “Os Municipais” e concedeu entrevista a Wagner Pereira, no dia 08 de julho de 2015, que foi dividida em 4 partes devido a complexidade do tema e a magnitude de seus conhecimentos.

11 – A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo foi pioneira na criação do Departamento de Educação e Prevenção ao Uso de Drogas - DEPAD, que foi extinto em 2008, porque isso ocorreu? A Corporação necessita de um Departamento com essas características?  Qual o papel das Guardas Municipais na problemática das drogas? Quais as principais ações ou projetos da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo sobre o tema?

- O DEPAD foi extinto por questões políticas, pois todo político quer ser lembrado como autor e ou criador de determinada ação ou projeto, que deve acontecer em sua gestão, como o DEPAD - Departamento de Educação e Prevenção ao Uso de Drogas já existia, os gestores políticos da gestão passada simplesmente extinguiram um Departamento de altíssima relevância neste cenário de aumento de consumo e tráfico de drogas, sejam elas, lícitas e ilícitas, não esquecendo de mencionar que os integrantes do DEPAD encaminharam e auxiliaram muitos colegas de instituição e familiares para tratamento médico especializado, pois nós somos a sociedade e também somos vulneráveis a este mal do século, mas acreditamos que o público mais importante e que necessita de proteção e amparo são as nossas crianças e adolescentes, principalmente aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade social e são residentes nas áreas periféricas, onde há ausência de políticas públicas para a juventude.

- Sim, a Guarda Civil Metropolitana necessita de um Departamento de Educação e Prevenção ao Uso de Drogas, observamos a dificuldade dos colegas em desenvolver suas ações socioeducativas nas escolas e demais instituições, pois a GCM possui inúmeras atividades, muitas vezes apresentam problemas de falta de transporte e de meios, então seria melhor que os integrantes pudessem ter sua Unidade própria para suprir a equipe com os recursos necessários e auxiliá-los no desenvolvimento de suas  ações, sem interromper as ações, ocupando-se com outras atividades operacionais, o que não viabiliza os atendimentos. O Departamento poderá promover  o desenvolvimento das atividades em âmbito externo, e poderá também atender os colegas e familiares da GCM nestas situações, além de promover a capacitação e o aperfeiçoamento dos profissionais da GCM, principalmente aqueles que prestam serviços nas escolas e no Programa Crack “é possível vencer”.

- As Guardas Municipais tem como papel proteger a população de seus municípios em especial nos espaços e repartições públicas municipais, e se assinaram convênio com o governo federal e aderiram no Programa Crack “é possível vencer” deverão realizar a capacitação do efetivo em Polícia Comunitária e tópicos especiais de policiamento e ações comunitárias, monitorar os usuários e servidores, visando garantir a integridade física dos mesmos quando do exercício de suas atividades, para que estes profissionais possam criar vínculo com os dependentes de crack para encaminhá-los ao setor médico competente e tratar de suas enfermidades, através da redução de danos. Se as Guardas Municipais possuírem grupos especializados em prevenção às drogas poderão contribuir realizando ações socioeducativas junto aos alunos de escolas, junto aos educadores, aos familiares dos alunos, e aos demais representantes dos mais variados setores da sociedade. Poderão ainda, realizar policiamento fixo e rondas motorizadas junto às instituições e locais que apresentam índices de vulnerabilidade social que levam para esta problemática, visando inibir o tráfico de drogas, e em sendo o caso realizando as prisões necessárias.

Acredito que a capacitação e aperfeiçoamento profissional dos integrantes da GCM do programa de Proteção Escolar tem que ser diferenciado com mais conteúdo voltado às questões que englobam os problemas que afetam as escolas como: prevenção às drogas, bulling, violência doméstica, relações interpessoais, mediação de conflitos, ECA, Direitos Humanos, Polícia Comunitária, entre outros, e a atuação mais próxima e participava da comunidade escolar: alunos, educadores, famílias, rede proteção escolar.

- A GCM tem ações e projetos que podemos citar: AÇÃO COMUNITÁRIA DO GEPAD – GRUPO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO ÀS DROGAS NA APLICAÇÃO DO PROJETO LUZ – PROJETO SOCIOEDUCATIVO E COMUNITÁRIO DE QUALIDADE DE VIDA E PREVENÇÃO ÀS DROGAS, AÇÃO COMUNITÁRIA CRIANÇA SOB NOSSA GUARDA, MEDIAÇÃO DE CONFLITOS.


1- PROJETO LUZ - PROJETO SOCIOEDUCATIVO DE PREVENÇÃO ÀS DROGAS - APLICAÇÃO PELO GRUPO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO ÀS DROGAS DA GCM - GEPAD

Trata-se de um grupo de integrantes da GCM especializados na prevenção universal, prevenção primária e secundária, que atuam nas escolas e demais segmentos sociais, como igrejas, ONG’s, Instituições que assistem jovens em situação de vulnerabilidade, entre outras.

Nas escolas, a equipe do GEPAD atua com os seguintes objetivos:

1- Na implantação de projeto, programas e ou ações de promoção de qualidade de vida para a prevenção às drogas;

2- Sensibilização, orientação e capacitação dos professores com conhecimentos necessários para auxiliá-los na implantação do projeto na escola e para auxiliá-los em atuar como agentes multiplicadores da prevenção às drogas;

3- Sensibilização, informação, orientação, e desenvolvimento do senso crítico dos alunos com relação às consequências das drogas, enfocando com mais ênfase os fatores de proteção, objetivando colaborar na formação de cidadãos, protagonistas de sua qualidade de vida de saúde;

4- Esclarecimento, orientação, sensibilização e reflexão sobre a responsabilidade dos pais e ou familiares com relação à educação dos filhos, enfocando a importância da estrutura familiar, do diálogo, do afeto, da educação, do modelo e exemplo dos pais, do fortalecimento da relação pais e filhos, com ênfase nos fatores de proteção;

5- Assessoramento e consultoria às escolas e corpo do docente, para realizar a implantação de projetos, programas e ou ações de qualidade e vida direcionados aos alunos com envolvimento dos educadores e comunidade;

6-  Orientação e encaminhamento de usuários de drogas / dependentes à rede de proteção, seja, para tratamento especializado, entre outras ações pertinentes. 

7-  Orientação os familiares sobre a doença dependência química, sobre os locais de atendimento e sobre como a família lida com o apoio e  recuperação dos dependentes, e ou tratamento dos usuários, e como poderemos fomentar a ampliação e fortalecimento da rede de parcerias frente aos problemas sociais que afetam a sociedade.

12 – Quais os objetivos do projeto “Criança sob nossa Guarda”?  Ele se restringe aos equipamentos públicos? O que deve ser feito para participar do projeto? 

A AÇÃO COMUNITÁRIA CRIANÇA SOB NOSSA GUARDA atende prioritariamente as escolas municipais que atende às crianças e pré-adolescentes, mas atende com seu Teatro de Bonecos a qualquer segmento social, cujo público seja o infanto-juvenil. Necessário que seja realizado um contato via telefone ou via e-mail, ofício podendo ser através:

1-SUPLAN – Email: econradim@prefeitura.sp.gov.br - Fone: 3396-5841 - Contato Inspetor Regional Conradim;

2-COL – Comando Operacional Leste – Email: gcmcoladm@prefeitura.sp.gov.br - Fone: 2042-4299 contato Inspetora Luzmeire

3-Ação Comunitária Criança Sob Nossa Guarda - CD Carlos – Parque do Carmo – Espaço Educacional da GCM – Portão 3 - Fone: 2042-4299 contato Inspetora Luzmeire

O Projeto Criança Sob Nossa Guarda é um projeto socioeducativo de cultura da paz para a infância e juventude que visa atuar na prevenção da violência e criminalidade, com ações preventivas voltadas para o público infanto-juvenil, abordando temas transversais, objetivando colaborar na formação de cidadãos.

O projeto é desenvolvido por integrantes que possuem perfil de educadores que aplicam estratégias pedagógicas lúdicas que facilitam a criação de vínculos e a transmissão das informações e ensinamentos.

O projeto visa atingir os seguintes objetivos específicos:

- Conscientizar as crianças da necessidade de preservarmos o meio ambiente e o patrimônio público.
- Conscientizar as crianças e os adolescentes sobre qualidade de vida.
- Educar nossas crianças para o trânsito, os pedestres de hoje serão os motoristas do amanhã.
- Alertar os jovens do perigo sobre prevenção às doenças contagiosas, sobre doenças sexualmente transmissíveis, sobre gravidez indesejável.
- Preparar os jovens para situações de emergências.
- Despertar nas nossas crianças o espírito de civismo, cidadania, solidariedade, companheirismo, respeito aos mais velhos, amor pela natureza, amor ao próximo e acima de tudo amor à vida.

Público alvo: alunos, crianças e adolescentes.

Utiliza-se de quinze horas aulas junto aos alunos.

Metodologia: O processo se dá através da utilização das diferentes linguagens de comunicação e da ludicidade, onde, com atividades esportivas, teatros de bonecos, gincanas, passeios, brincadeiras e outros, o Guarda Civil Metropolitano tem a oportunidade de exercer suas funções educativas, ampliar o universo simbólico da criança e do adolescente, estabelecendo vínculos e limites que contribuirão para a formação de um sujeito emancipado.

Recursos pedagógicos:  Ludicidade, Áudio Visual, Gincanas, Brincadeiras, Cartilhas, Pintura, Palavras Cruzadas, Caça Palavras, Música, Teatro, Passeios.

13 – Como funcionam as Casas de Mediação da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo? Há casos envolvendo o uso de drogas e álcool?

A Casa de Mediação é mais um serviço da Prefeitura da Cidade de São Paulo que visa estimular as pessoas em situação de conflito à busca de resolução pacífica para os de desentendimentos. 

Assistidos por um mediador imparcial, especialmente treinado para garantir um ambiente seguro e justo, onde as pessoas possam participar ativamente do processo de resolução de seus próprios problemas por meio do diálogo, estimulando o restabelecimento das relações de convivência entre as partes em conflito.

Todas as pessoas residentes na cidade de São Paulo podem requerer os serviços de mediação da rede, bastando demonstrar o interesse na resolução de seus problemas de forma rápida e sem burocracia, desde que não configure crime. 

A mediação é realizada com o auxílio de profissionais habilitados, num ambiente propício ao diálogo, visando a obtenção de uma solução por consenso.

Articulada com os demais órgãos do poder público local e com as demais forças atuantes na comunidade, as Casas de Mediação de Conflitos podem receber demandas oriundas das mais diversas origens, sempre que as causas dos conflitos possam ser tratadas fora da esfera judicial.

O objetivo da Rede Municipal de Mediação de Conflitos é contribuir para o estabelecimento de uma cultura de paz, auxiliando as pessoas a resolverem seus problemas sem o emprego da força ou da violência, garantindo assim a cidadania a todos os que optarem por essa modalidade de serviço público, contribuindo para uma maior rapidez na solução de controvérsias entre as pessoas, e contribuindo para um menor número de encaminhamentos às Delegacias, Tribunais e a outros serviços públicos indevidamente.

Poderão ser encaminhados às Casas de Mediação problemas tais como: Perturbação de sossego, brigas de vizinhos, queixas de barulhos, intolerâncias, entre outros tipos de conflitos. Fatos considerados como crimes, não comportam mediação.

Os serviços estarão à disposição em 31 endereços das Unidades da Guarda Civil Metropolitana.. O serviço é totalmente gratuito, não havendo necessidade de advogado, e o sigilo e a privacidade, bem como o voluntariado são garantias oferecidas.

O cidadão poderá obter informações diretamente nesses locais ou por meio do telefone da SUPLAN – Coordenação da Mediação Inspetor Guilherme, fone 3396-5841.

Além de realizar a pacificação das partes, os mediadores de conflitos orientam e encaminham pessoas com necessidades especiais, no caos atendem dependentes químicos e alcoolistas, familiares desorientados recebem instruções e são encaminhados aos locais especializados, pois a mediação de conflitos possui uma rede de parceiros para troca de experiências e direcionamento para estes serviços da população necessitada.

Endereços das Casas de Mediação:

Sé - Praça da Sé (Próximo Metrô Sé) - Telefone: (11) 3101-8784

Campo Limpo - Rua Manoel José Pereira, nº. 300 - Jd. Gismar - Telefone: (11) 5511-4053

Vila Mariana - Rua Capitão Macedo, nº. 553 - Telefone: (11) 5086-0711

Ibirapuera - Avenida República do Líbano (Portão 7) - Telefone: (11) 5573-1329

Santo Amaro - Rua Darwin, nº. 221 - Telefone: (11) 5687-2514

Santana - Praça Heróis da FEB - Telefone: (11) 2221-4962

Pinheiros - Rua Dr. Frederico Hermann Júnior, nº. 653 - Telefone: (11) 3813-0106

Mooca - Rua Taquari, nº. 635 - Telefone: (11) 2081-1844

Itaquera - Avenida Prof. João Batista Contil, nº. 285 - Telefone: (11) 2522-8592

Guaianases - Rua Fernandes Palero, nº. 301 - Telefone: (11) 2555-2043

São Miguel - Avenida Pires do Rio, nº. 1349 - Telefones: (11) 2051-6495/(11) 2051-8826

Vila Prudente - Rua Iamacaru, nº. 131- Telefone: (11) 2703-0855

Ipiranga - Rua Breno Ferraz do Amaral, nº. 415 - Telefones: (11) 5058-3323/ (11) 5073-0799

Freguesia do Ó - João Luís Calheiros, nº. 40 - Telefones: (11) 3921-8003/(11) 3921-9931

Parelheiros - Avenida Sadamu Inoue, nº. 5.252 - Telefone: (11) 5921-4217

M’ Boi Mirim - Rua Tuparoquera, nº. 2220 - Telefone: (11) 5894-4625/5920-0236

Jaçanã/Tremembé - Rua Adauto Bezerra Delgado, n°. 210 - Telefone: (11) 2991-1732

Butantã - Praça João Pisani, nº. 449 Telefone: (11) 3721-2671

Bom Retiro - Avenida Santos Dumont, nº. 767 - Bom Retiro - Telefones: (11) 3313-7792 / 3313-1685

Consolação Pacaembu - Rua João Guimarães Rosa s/n. – Telefone: (11) 3159-3733

Lapa - Rua Major Paladino, nº: 180 – Vila Leopoldina – Telefones: (11) 3801-4206/ 3801-4224 

Perus - Rua Ilídio de Figueiredo, nº. 492 – Perus – Telefones: (11) 3919-2584/3919-2585/3919-2586

Vila Maria/Vila Guilherme - Travessa Simis, nº. 09 – Carandiru – Telefones: (11) 2221-4353/2221-5116/2223-0228 

Casa Verde/ Cachoeirinha - Rua Xiró, nº. 266 Telefone: (11) 3966-5557 

Aricanduva - Praça Aroldo Daltro – Telefone: (11) 2295-9953

Cidade Ademar - Rua Sebastião Afonso, nº 828 - Telefone (11) 5622-2159

Capela do Socorro - Avenida Atlântica, nº: 2.450 - Telefone: (11) 5523-3278

São Mateus - Praça Tanque do Zunega, 31 – Jardim Roseli - Telefone: (11) 2731-6970

Penha - Rua das Províncias, 218 - Vila Marieta - Telefone: (11) 2957-9637

Pirituba/Jaraguá - Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, nº. 5.093 - Telefone: (11) 3974-9635

Itaim Paulista - Avenida Marechal Tito, nº. 3.012 - Telefones: (11) 2586-3117/(11) 2584-3824

14 – Quais as diretrizes do “Projeto Luz”?

1- PROJETO LUZ - PROJETO SOCIOEDUCATIVO DE QUALIDADE DE VIDA E PREVENÇÃO ÀS DROGAS - APLICAÇÃO PELO GRUPO DE EDUCAÇÃO E PREVENÇÃO ÀS DROGAS DA GCM - GEPAD

Trata-se de um grupo de integrantes da GCM especializados na prevenção universal, prevenção primária e secundária, que atuam nas escolas e demais segmentos sociais, como igrejas, ONG’s, Instituições que assistem jovens em situação de vulnerabilidade, entre outras.

Nas escolas, a equipe do GEPAD atua com os seguintes objetivos:

1- Na implantação de projeto, programas e ou ações de promoção de qualidade de vida para a prevenção às drogas;

2- Sensibilização, orientação e capacitação dos professores com conhecimentos necessários para auxiliá-los na implantação do projeto na escola e para auxiliá-los em atuar como agentes multiplicadores da prevenção às drogas;

3- Sensibilização, informação, orientação, e desenvolvimento do senso crítico dos alunos com relação às consequências das drogas, enfocando com mais ênfase os fatores de proteção, objetivando colaborar na formação de cidadãos, protagonistas de sua qualidade de vida de saúde;

4- Esclarecimento, orientação, sensibilização e reflexão sobre a responsabilidade dos pais e ou familiares com relação à educação dos filhos, enfocando a importância da estrutura familiar, do diálogo, do afeto, da educação, do modelo e exemplo dos pais, do fortalecimento da relação pais e filhos, com ênfase nos fatores de proteção;

5- Assessoramento e consultoria às escolas e corpo do docente, para realizar a implantação de projetos, programas e ou ações de qualidade e vida direcionados aos alunos com envolvimento dos educadores e comunidade;

6- Orientação e encaminhamento de usuários de drogas / dependentes à rede de proteção, ou seja, para tratamento especializado, entre outras ações pertinentes. 

7-Orientação os familiares sobre a doença dependência química, sobre os locais de atendimento e sobre como a família lida com o apoio e recuperação dos dependentes, e ou tratamento dos usuários, e como poderemos fomentar a ampliação e fortalecimento da rede de parcerias frente aos problemas sociais que afetam a sociedade.

I-Diretrizes do GEPAD nas escolas para aplicação do Projeto Luz:
1- Sensibilização da Direção Escolar
2- Diagnóstico da Escola
3-Implantação do Projeto Luz 

II-O Projeto Luz será aplicado nas escolas por meio de quatro módulos:

1º Módulo:  Educadores - Curso de capacitação de agentes multiplicadores objetivando capacitá-los para realizarem a implantação de projeto de prevenção na escola;

2º Módulo: Reunião com pais e familiares para orientação, esclarecimento e discussão sobre os fatores de risco e fatores de proteção, objetivando fortalecer a relação pais e filhos.

3º Módulo: Reunião com os alunos, visando desenvolver o senso crítico dos jovens com relação aos efeitos das drogas na saúde, na família e na sociedade, colaborando na formação de cidadãos que buscam melhor qualidade de vida.

4º Orientação aos familiares e dependentes de álcool e outras drogas sobre o que fazer e sobre o tratamento médico especializado na rede de atenção às drogas – CAP’s AD, Comunidades Terapêuticas, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos.

5º Módulo: Assessoria à unidade escolar na implantação de projeto de prevenção e fortalecimento da rede de proteção às crianças e adolescentes.

Durante os atendimentos, caso surja alguma solicitação de orientação e auxílio para dependente de álcool e outras drogas, a equipe do GEPAD orienta e encaminha estas pessoas para receber ajuda especializada. A abordadgem é humanizada, empática e com objetivo de auxiliar a pessoa, seja ela jovem ou adulto, para tratamento junto às instituições especializadas, CAP’s AD, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Comunidades Terapêuticas, e outras.

O GEPAD atende qualquer segmento da sociedade, adaptando-se à necessidade da instituição solicitante, direciona suas ações expositivas, oficinas, e ou ações sociopedagógicas visando atender as instituições.

Participa ainda, de SIPAT’s e outros tipos de solicitações.

Contatos para solicitação:

Solicitações:
SUPLAN – Email: econradim@prefeitura.sp.gov.br
Fone: 3396-5841 / 5858 / 5860
Coordenador das Ações Comunitárias da GCM-SP
Inspetor Regional Conradim

1-GEPAD COL – Comando Operacional Leste 
Email: gcmcoladm@prefeitura.sp.gov.br
Fone COL: 2042-4299 contato Inspetora Luzmeire
GEPAD COL: GCM Firmino, GCM Donizete, GCM Eugênio e GCM Torres.

2-GEPAD COOC – Comando Operacional Oeste Centro
Email: gcmcoocadm@prefeitura.sp.gov.br
Fone COOC: 3978-5110 / 3976-8936 contato Inspetor Arnaldo
GEPAD COOC: GCM Nilson

15 – Como funciona o Programa “De Braços Abertos”?

O nome De Braços Abertos foi escolhido em assembleia realizada no ponto de apoio criado bem antes da desmontagem da favela, com participação dos próprios usuários em 14 de janeiro de 2014.

O programa De Braços Abertos – iniciativa da prefeitura de São Paulo que oferece moradia, emprego, alimentação e tratamento a dependentes químicos. 

Iniciado em janeiro deste ano, após acordo com moradores de 147 barracas que ocupavam as ruas Helvetia e Dino Bueno, o De Braços Abertos atende, atualmente, 422 beneficiários cadastrados. Por meio do programa, prefeitura oferece moradia em oito hotéis, três refeições diárias, oportunidade de emprego com renda de R$ 15 por dia, além de tratamento contra o vício com acompanhamento.

Até junho a prefeitura realizou mais de 28 mil atendimentos de saúde aos dependentes químicos, que hoje ocupam oito hotéis da região. De janeiro a junho foram 1.333 atendimentos médicos aos usuários do programa, 764 atendimentos médicos de rotina e outros 2.020 realizados pelas equipes multidisciplinares. Além disso, foram realizadas 7.183 abordagens em hotéis da região, outras 1.987 na tenda instalada e mais 11.474 no chamado “fluxo”, onde alguns usuários se concentram para consumir drogas.

As equipes de saúde bucal já realizaram 125 tratamentos e outros 135 atendimentos foram realizados em ações coletivas. As 12 unidades e serviços de saúde da região, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) do Complexo Prates e o da Sé, fizeram juntas 987 atendimentos desde o início do programa. Outras 634 pessoas foram encaminhadas ao Consultório de Rua.

O programa agora passa por um processo de descentralização da política pública iniciada na região do bairro da Luz conhecida como Cracolândia incluindo as subprefeituras da Vila Mariana, Lapa, Santo Amaro, Santana e Cidade Tiradentes, com adaptações conforme as características de cada região.

Crimes em baixa – Os índices de criminalidade registrados na Cracolândia caíram no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Crimes como furtos gerais e furtos de veículos diminuíram, respectivamente, 32,3% e 47,4% na comparação entre os primeiros seis meses de cada ano.

Os dados são do Sistema de Informações Criminais (Infocrim), da Secretaria Estadual de Segurança Pública, com base nos registros em 14 ruas da região. A queda coincide com a implementação do Programa De Braços Abertos, que também tem a GCM-SP com efetivo neste local, policiando 24 horas diuturnamente.

Nesta área de cenas de uso “cracolândia, os agentes de saúde e serviço social atuam diariamente aplicando a metodologia de redução de danos, e a GCM participa com um policiamento fixo reforçado, onde várias viaturas com guarnições são estacionadas em todo o perímetro da cracolândia, o que colaborou na redução destes índices de criminalidade. O objetivo da GCM é o de manter uma sensação de segurança para que os agentes sociais e de saúde possam trabalhar com tranquilidade, assim como, os agentes de zeladoria urbana. Mas a GCM-SP possui um elevado índice de atendimento de ocorrências que vão desde ações sociais, de prestação de ocorro, como de crimes de furto, roubo, agressão e captura de presos. 

Carteira assinada - Em agosto, 16 participantes do De Braços Abertos, assinaram contrato de trabalho com a empresa de limpeza Guima. As pessoas tiveram a carteira de trabalho assinada e fazem serviços de limpeza em Centros de Referência de Assistência Social, com jornada diária das 7h às 16h45, de segunda a sexta-feira. Recebem salário de R$ 820,00 por mês, vale-refeição de R$ 9,00 por dia, cesta básica no valor de R$ 78 e vale-transporte.

Clique para acessar a entrevista: 




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Campanha de Solidariedade ao Adolescente Felipe Gabriel

O Adolescente Filipe Gabriel é da Cidade de Camacan-BA. Ele tem 14 anos e uma doença rara chamada MAROUTEAUX-LAMY( MUCOPOLISSACARÍDEOS TIPO VI). 


Trata-se de uma doença degenerativa, com vários sintomas como por exemplo:
Baixa estatura
Características faciais grosseiras - nariz largo, achatamento da ponte nasal, macroglossia e aumento do volume dos lábios, macrocefalia, pescoço curto e protusão ocular
Córnea opacificada (camada externa do olho)
Infecções freqüentes nos ouvidos, nos seios da face ou pneumonia
Respiração ruidosa ou tendência a ficar facilmente com falta de ar
Sopro cardíaco, que pode ser detectado pelo médico durante ausculta com estetoscópio
Abdome saliente, causado pelo aumento do fígado e/ou baço
Hérnias de umbigo ou virilha
Rigidez nas articulações dos ombros, cotovelos, mãos, quadris e joelhos
Mudanças nas formas de vários ossos, entre outros.

Ao contrário do que acontece com algumas doenças intimamente relacionadas, a MPS VI não afeta a inteligência. Apesar da aparência diferente e das limitações físicas resultantes da doença, as pessoas com MPS VI em geral têm inteligência normal. 

A irmã  dele Letícia morreu com a mesma doença aos 15 anos, sendo assim, cada crise que tem, o garoto acredita que irá morrer e implora aos pais para viver. 

Ele usa um aparelho que o ajuda a respirar. A bateria para o aparelho custa R$2.924,91, conforme foto em anexo, porém, ele necessita trocar o aparelho que custa R$11.000,00 (Onze Mil Reais a vista), pois o dele já passou da validade e começou a dar defeito. 

O Advogado informou que necessita entrar com uma ação judicial para que a Rede Pública possa disponibilizar o aparelho, porém salientou que essa ação pode prejudicar o fato de ele ter conseguido na justiça o medicamento; correria o risco de suspenderem a medicação, até que tudo fosse resolvido, o que causa receio na família, já que o garoto não tem como ficar sem o remédio. Sendo assim, a família iniciou uma campanha na Internet com o apoio de diversos amigos, onde já conseguimos 5 mil reais e necessitamos com urgência dos outros 6 mil, pois estamos correndo contra o tempo, já que a falta do aparelho deixa o garoto fragilizado, sofrendo com noites mal dormidas, prejudicando o seu dia e causando sofrimento a toda a família.

Obrigada pelo seu apoio!

Doações:

BRADESCO (PATRÍCIO GOMES DA ROCHA)
AG. 3015-5 -  CP. 0025594-7

CAIXA ECONÔMICA (FILIPE GABRIEL GOMES DA ROCHA)
AG. 3529  - OP. 013 -  CP. 9540-7  

"Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar".





Edna Cerqueira Santos Camilo
Responsável pelo Texto